E parece que o Rolezinho virou de vez a cabeça dos brasileiros. Em meio a episódios bem mais graves, como o da violência-e-repressão policial brutal contra cidadãos protegidos da Cracolândia paulistana, a Igreja Católica se rende de corpo e alma aos encantos do gênero musical negro mais irreverente e provocador da atualidade – o funk brasileiro.
Um salve de FAROFAFÁ ao padre Hewerton de Castro Alves! (Santa Barba Recortada, Batman!)
P.S.: aqui, notícia do Diário de Pernambuco sobre o assunto. Abaixo, a paródia do “Show das Poderosas”, de Anitta, na voz máscua padre Hewerton (com grifos nossos).
Prepara
Que agora é hora
Do Cristo poderoso
Que desce, encarna
Afronta os inimigos
Só os que incomodam
Expulsa os invejosos
Que ficam de cara quando toca
Prepara
Se não tá mais à vontade, sai por onde entrei
Quando começo a louvar, eu te enlouqueço, eu sei
Meu exército é pesado, a gente tem poder
Ameaça coisas do tipo
Você! Sai!
Solta o som, que é pra me ver louvando
Até você vai ficar rezando
Para o baile pra me ver louvando
Chama atenção à toa
Perde a linha, fica louco
PUBLICIDADE
Saudações de Belo Horizonte!!
Tremendo MAU GOSTO. Podia ter escolhido qualquer canção do repertório do Padre Joãozinho (@padrejoaozinho) ou do Diácono Nelsinho Corrêa (@DiaconoNelsinho), que teria feito BONITO.
Sei lá… Tem gente com a “Síndrome Padre Fábio de Melo”: é sacerdote, mas na verdade MESMO parece querer ser Super Star… (O tal padre até manda beijo pras fãs no final!)
Outra coisa: aula de CANTO já! Desafinado pacas.
~~~
Eu discordo de você. Não levanto bandeira dizendo que sou católico, até porque não tenho seguido a religião, mas acho que a tentativa do padre ao fazer a paródia foi aproveitar a popularidade da letra da música e do funk entre os jovens e passar uma mensagem diferente ou evangelizadora. Religiosos presos a conceitos antigos não conseguirão na minha opinião atingir as pessoas, principalmente os jovens, e mantê-las na igreja ou ao menos por perto…
Parece ser uma cerimônia de casamento e vendo que as imagens não são de uma Igreja e sim de um salão o padre pode não ser da Igreja Católica Apostólica Romana e sim da chamada Igreja Católica Brasileira.
Pego fácil esse padre.. que gato !!!! humm
Beijinho no ombro
pro recalque passar longe…
O padre canta mal, mas acho interessante a postura dele em trazer para a igreja, com letras adequadas, a “música do momento”. Tomara que para além das músicas a igreja se modernize em outros aspectos. Parabéns, Padre Hewerton.
Sim, não gosto do gênero musical, mas fiquei pasmo ao ver a frase “encantos do gênero musical negro mais irreverente e provocador da atualidade – o funk brasileiro”. O Funk no Brasil é um fenômeno étnico que se espalha por várias classes sociais. Sua origem na música Norte Americana de maioria negra, tendo como expoente James Brown dentre outros, foi deturpada com o tempo. Causa-me desconforto uma revista séria usar o termo negro em destaque para tal gênero musical, com tom sarcasmo e como gênero musical fosse somente de uma dada “raça” – conceito, por sinal, errôneo do ponto de vista científico e preconceituoso do ponto de vista ético.
“Igreja Católica se rende de corpo e alma aos encantos do gênero musical negro mais irreverente e provocador da atualidade – o funk brasileiro.” … É fantasia da matéria. Pior: “Quando começo a louvar, eu te enlouqueço, eu sei” – Quanta bizarrice… Esse senhor está travestido de padre. Jesus falou que seu reino não deste mundo. Portanto cai por terra fazer tal paródia musical. A Igreja é sempre atual sem se desvincular de seus ensinamentos doutrinários. Ela nunca foi direcionada para ricos ou pobres, negros, brancos ou amarelos; jovens ou velhos. É direcionada a todos sem preconceito. Tem erros terríveis na sua história porque é formada por homens santos e … pecadores. “Deus amou de tão forma o mundo que deu seu Filho Unigênito para que todos aquele que Nele crê tenha a vida eterna. E não pereça jamais”
E essa música nojenta que é feita aqui não tem nada a ver com o funk americano! Quem gosta desse tipo de música quer ser tratado(a) como tal, como objeto descartável…
“Nojenta” porque é feita por pretos, Bruno? Você é racista explícito ou enrustido?