Jurei pra mim há alguns anos que não falaria mais sobre este assunto. Um, por ser óbvia a minha posição a respeito disso. Outro, porque cada um faz o que bem entender de sua vida e carreira.
Eu não vi rap na TV durante minha infância e adolescência. Vi em casa, meu pai sonhando em ser DJ, sem ter lugar pra tocar, coitado, amava o rap como eu e você, mas não tinha onde mostrar seu talento. O resultado? “Crisântemo“, seu Miguel foi pra um abismo de frustração, onde encontrou o alcoolismo como fiel parceiro e o fim já contei mil vezes, todos sabem.
Quantos igual ao meu pai sucumbiram sonhando em mostrar seu dom pro mundo através do hip-hop? Muitos, muitos mesmo. Só eu conheço mais de 20 histórias tristes de irmãos que abandonaram seu sonho, por não haver um circuito que exponha essa demanda. Dá pra escrever um livro sobre isso. Em “Então Toma” eu disse – “vou me levantar por todos que caiu” –, é isso o que faço. Levo minha verdade onde for respeitado, mostrando que existem outras versões do Brasil que precisam ser expostas urgentemente. Se não para vencer de vez o racismo, a desigualdade social e os preconceitos, pelo menos amenizar e criar pontes para que os ouvintes/espectadores façam isso.
Resolvi escrever porque me enviaram um email com um texto supostamente escrito pelo Edi Rock explicando por que foi ao Caldeirão do Huck. Fiquei triste, pois se o Edi Rock/Racionais precisa explicar que tá do nosso lado, então tem algo muito errado no hip-hop Brasileiro.
A TV é uma ferramenta de distribuição de informação, em sua maioria ruim, concordo, mas vamos perder a oportunidade de colocar verdade ali dentro, até quando? Por que o Datena e o Rezende já estão lá, aplaudindo uma polícia que mata pretos/pobres nas periferias do Brasil inteiro. Essa é a programação ideal? Pois, se for, já conquistamos e podemos comemorar nossa vitória. Eu acho que não conquistamos nada, NADA MESMO. Digo com propriedade pois sou dono da única empresa que é fruto genuíno do hip-hop brasileiro e acho que o Brasil tem que invadir a mídia de verdade.
Temos 500 anos de mentiras ali e muito me orgulha ver isso ser destruído aos poucos pela maravilhosa força construtiva do hip-hop do Brasil.
Sabe o que o hip-hop no Brasil está virando? O hip-hop no brasil está virando um cara com um punhado de sementes nas mãos, que invés de plantar, cuidar e ver crescer uma nova floresta, deixa que estas sementes morram longe de onde podiam germinar, pois está muito ocupado caçando quem está cortando árvores por aí e, não encontrando um cortador de árvores que lhe dê atenção, ele vira pra outro semelhante com outro punhado de sementes e começa a brigar porque ninguém planta mais.
Agora eu te faço a seguinte pergunta (voz do Rezende): qual foi a a última vez que você viu um show grande foda com os maiores nomes do rap? Qual foi a última vez que viu um evento grande de hip-hop? Eu te respondo: faz tempo que não tem. Digo com propriedade porque eu organizei alguns, talvez a maioria dos que ocorreram sem nenhum incentivo público ou privado. Tirei do bolso pra fazer e não é fácil trabalhar duramente sendo apedrejado por quem não constrói nada. É foda.
Ninguém é obrigado a assistir a TV, ninguém é obrigado a concordar com ninguém, mas todo mundo é obrigado a se respeitar. Mas cadê o respeito pela diferença de opiniões quando alguém pensa diferente de você? Você quer que as pessoas sejam livres ou que elas sejam livres pra concordarem com você?
Aí me vem o argumento de que o Racionais disse que não iria na TV. Sim, disse, em 1988, no século passado, eu me lembro. Mas aconteceram algumas coisas entre 1988 e 2013 que podem ter feito algumas pessoas no mundo mudarem de ideia, certo? E todos mudam de ideia, com exceção dos idiotas. Esses abraçam orgulhosamente um pensamento atrasado e afundam com ele junto à âncora de seu egoísmo.
Malcolm X mudou de ideia. Em uma viagem, ele entendeu ao ver brancos que não eram racistas que o problema não era a cor, era o pensamento racista. Foi aí que ele se ligou que uma coisa é vingança e outra coisa é justiça. Sabe um cara que nunca mudou de ideia? Adolf Hitler.
Hip-hop, seja feliz e conte sua verdade, propague a beleza do nosso povo, nosso foco deve ser nos fortalecer cada vez mais, física e mentalmente para podermos construir o Brasil que queremos. Nosso pior inimigo é o nosso próprio descuido e o hip-hop anda descuidado. A cultura aqui é uma criança e ninguém notou o abandono. Lembre da beleza e da superação, de se aprender a dar um moinho de vento, fazer um graffiti, um scratch ou uma rima e use esta beleza como força pra subir lá no ringue e vencer. Porque ser preto e morrer esquecido na miséria é fácil, é isso que o sistema quer. Eu particularmente quero mais é ver vocês milionários.
A rua é nóiz (gloriosamente).
Muito bem!!!! Alguém ai lúcido e inteligente, chega dessa ignorâcia de perder a oportunidade de levar a cultura hip hop para os programas de TV. Se a TV só passa lixo, pq não tentar melhorar se tiver oportunidade!!! Salve a periferia!
Salve o Edi Huck
Para mim o Edi Rock teria de explicar outra coisa: cara, por que o preço do seu cd está tão alto? O Racionais lançou um cd duplo a mais de 10 anos atrás com o preço de r$ 24,90 na capa para que os fãs não fossem roubados e o seu a gente não encontra por menos de r$ 30,00, mais caro até do que os lançamentos gringos…Por que, Edi Rock? Por que?
Mas, Cleibson, essa lenga-lenga de preço de CD, para sempre?… Ouve música lá da “Rádio Farofa” que é de graça! ;-))
Pode me chamar de antiquado, Pedro, mas eu ainda compro cds e é por isso que eu acho que este preço do lançamento do Edi Rock me parece contraditório com o que ele prega, inclusive por ser um cd independente e bancado todo pelo cara…
Cleibson, se você for num show do emicida, você vai pagar quinze couro no cd dele na barraquinha que ele vende lá fora. você tá com o pensamento errado, falando bosta.
Cara, pensa no preço de tudo a 10 anos atrás e agora… se você achava o preço de antes justo e ele só subiu 5 reais, você deveria ta achando MUITO JUSTO….
Big Mac a 10 anos era 3x mais barato… de R$6,50 ta R$17,50
Cara, está bem mais barato se produzir e comercializar um cd hoje do que a 10 aos atrás, a tecnologia ficou mais acessível e barata…A conta que você está fazendo não tem o mínimo sentido!
ótimo texto (Y)
o que mata é o “a rua é nóiz” no final…
~Mata~ por que, Fao?
Licença poética ,caro Fao…
“É Noiz!”
Não há problema em mudar de opinião, mas viver se contradizendo.
Excelente post.
Humildemente gostaria de dizer que sou muito a favor dos atos de ocupação. Penso que lugares podres somente continuam sendo podres enquanto gente podre os ocupa. Isso vale para a televisão ou para o congresso nacional.
Mostrar a cultura da rua na TV, embora seja algo que demande ótimos estômagos ao lidar com boa parte das pessoas envolvidas nesse meio, pode ser um ato de ocupação do meio e quem ocupa transforma.
Boa sorte
O Rap Nacional ainda tem salvação, como já diria o Criolo: “Ainda há tempo irmão, ainda há tempo”…
“Em troca de dinheiro e um cargo bom tem mano que rebola e usa até batom / vários patrício falam merda pra todo mundo ri, pra ver branquinho aplaudi!!!”
Pois é cara, por dar a devida importância pra palavra, o maior inimigo do RAP é a contradição. E o mano Edi Rock se contradiz forte quando vai na tv que desmoraliza o povo que ele representa. Mas, como disse o cara que escreveu o texto aí, cada um faz o que quer.
Qual o problema se o Edi Rock quer ser sócio do Instituto Millenium?
Qual o problema se o cara ignora que esta sendo manipulado pelo meio de comunicação mais mentiroso do país?
Sim, usado, porque o autor do texto só esqueceu de mencionar que pra ocupar espaço nessa tv, o preço pago é a manipulação. Nada na TV é por acaso, tudo tem um motivo e a globo não colocou o Edi Rock lá porque de um dia pro outro passou a gostar de RAP. Falou.
Lembro de uma expressão, não sei de quem, que se você não escutou é porque não era pra você escutar. RAP é isso, feito pra periferia, não pra um saco de alienados que não abrem mão da desinformação que a plim plim oferece.
Abraço.
Perdoe me intrometer, Demetrius, mas detesto quando, num debate, começam a chamar o opositor de burro. Não é arrogância demais supor que fulano ou sicrano vão à televisão sem ter noção do que ela significa?
Fala Pedro,
cara não quis dizer que o Edi Rock é burro não, desculpa se dei a entender isso.
Claro que o cara sabia o que tava fazendo e mesmo assim fez, tinha um motivo forte, mas enfim, cada um cada um.
Eu apenas utilizei a mesma linguagem que o Edi Rock neste episódio da globo, a ironia.
Abraço.
Perfeito camarada, sua colocação é perfeito e eu assino embaixo.
Sabe qual é o maior problema disso tudo parceiro? Tem muita gente falando de RAP e não sabe o que diz.
Gente que se diz do meio do RAP por que usa um boné tal, com um tênis tal e escuta Projota, Emocida e etc…e ja acham que sabem de alguma coisa.
Lamentavel mas, bom saber que temos cabeças pensantes como a sua
Cara, você diz que o texto do Emicida é bom e critica ele no mesmo post (Emocida)? Tô entendendo nada!
Hum, Leonardo, mas e se o cara gostar de usar batom?… 😉
Cara, eu concordo absolutamente com o texto do Emicida.
Aliás, dificilmente discordo das opiniões dele.
Exceto em um ponto, que em parte tem há ver com este texto.
O Emicida abraçou o “Funk Ostentação”, cantando junto com o MC Guimê:
Nóis quer carrão e mansão, hein, por que não?
Essa eu discordo pra caralho.
1º – Funk Ostentação instiga o pobre a consumir como um rico, o que pra mim, é uma baita de uma idiotice. Prefiro as mensagens de superação do Emicida.
2º e esse não me sai da cabeça – Se o pobre diabo que adora um funk ostentação, mas não tem renda pra pelo menos degustar o estilo cantado pelos MC´s, será que isso não pode levar um cara a entrar pro crime? Pra não ser leviano, tenho que ser claro: Não estou citando uma verdade, que uma coisa leva a outra. Estou criticando apenas a possibilidade.
Por citar neste texto que o Hip Hop tem mais é que infestar a televisão, o que tem o meu apoio e incentivo, de fato acho que devemos também nos preocupar com a mensagem a ser passada.
Mas isso acontece mesmo, é real, não só uma possibilidade. Conheço vários manos que roubam para exibir a “sua hornet” o “seu carrão”, o “seu ouro” é fato, instiga inconscientemente ao crime nas mentes fracas.
Como ele mesmo diz em uma de suas musicas, ‘se explica demais para quem acha que tem razão’.
Não tiro o direito dele ir atrás do sonho, afinal quem hoje quer fazer voto de pobreza? ninguém! E defender a mídia que cada dia que passa tem destruído o senso critico de todos que assistem, não há nada de interessante nessa mídia, que tem dono e os interesses são diferentes da sociedade, então é muita explicação sem coerência, o nome dessa explicação toda se chama ”DINHEIRO” , ambição, simples, não precisa ficar nessa frescura toda não. Só quero ver todos terem acesso, acho difícil, ele pela sabedoria do seu texto, deveria destacar mais essas ideias, não ficar bancando o coitadinho que sofreu, como se fosse o único. Admiro muito o Emicida, escuto suas musicas e suas batalhas antes do lançamento da musica Triunfo, que considero um Hino do Rap, mas acredito na causa social, no bem estar de todos, com boa educação, especialmente de uma boa musica, que nos despertem esse senso critico, mas não acredito que todos vão se tornar Neymar ou Jay-Z, essa mentira eu não tenho coragem de contar.
Tudo bem Emicida, mas Caldeirão do Huck é foda de alienação.
Uma coisa é ir para a Tv falar oque a midia não quer ouvir,outra coisa é mudar a letra para ir para a midia assim como Ed Rock e outros o fazem
HIP HOP NACIONAL FRACASSO TOTAL
Meu irmão! Eles não sabem quem nós somos! E ainda não precisam saber! Obrigado pelas tuas palavras!!!!! Meu filhos agradecem!!!!! Nego Jorge
Certo mano, certo.. Assim como tem de haver respeito pela opinião do Edi Rock, é preciso ter o mesmo por aqueles que nao mudaram de opinião. Nao sao idiotas, isso chama-se convicção. Hitler realmente nao mudou de opinião, e quer saber, Cristo tb nao. Muita coisa aconteceu entre 88 e 13 sim, e ainda sim a mídia e a Globo passam longe de ser o lugar em que desejamos nos ver. Eles mostram o rap e a favela qdo o interesse deles existe, nao pq seja um espaço conquistado. Vc nos quer ver milionários.. 2pac foi milionário e tb morreu como o sistema quis… Felicidade pra todos e respeito máximo ao Edi Rock, msm discordando de sua escolha.
Realmente não há problema algum utilizar os meios. O unico problema está em utilizar os meios para capitalizar a si próprio e ao mesmo tempo posar de “Rua é nois” ou mesmo de arte/politica…….
Levantar a bandeira do MST enquanto calça Nike no pé me parece no minimo uma contradição!
Por que um cara não pode “capitalizar a si próprio”, Sergio?
Ele pode capitalizar a si próprio, mas ai não deveria cultivar uma imagem de “artista engajado”…………
E quem é você (ou quem sou eu) pra dizer o que o outro cara “deveria” ou não “deveria” fazer, Sergio?
Pedro, realmente não somos ninguem. Somente pessoas exercitando seus posicionamentos criticos, levantando questões tendo em vista o debate que seu espaço diz pretender. A questão que levanto, e voce parece insistir em não compreender é simples:
O rap, Hip Hop como diversas outras manifestações culturais POPULARES em sua origem e contexto são manifestação de enfrentamento frente a uma arte rendida e progandeada pelo capital……
Emicida quando decidi utilizar sua imagem para realizar publicidade ou mesmo aparecer junto a determinadas, marcas contribui para o que ele mesmo diz combater………..
É justo que ele faço que acha mais correto com sua “carreira” vida e etc…….ele só não pode achar que estaria livre critica ao estar servindo o principe….ao mesmo tempo que faz cara de engajado……
Não sou só eu que pareço insistir em não compreender, Sergio…
Até hoje o eduardo do facção é uma voz ativa e extremamente respeitada do rap nacional… pergunta pra ele o que ele acha disso tudo ai.. pergunta pra ele também qual é o ponto de vista dele sobre campanha politica mistura com rap…
não sou contra o rap na tv, mas é mais conveniente alguem que não esteja na carona do momento do rap na novela mostrar sua opinião, pois as redes sociais tá cheia de gente escrevendo sobre a rua, sem nunca ter saído do condomínio…
Muito bom o seu texto, parabéns!
Há um tempo li uma matéria na Folha, na qual mostrava um show que o Racionais fez na Zona Sul para uns Playboys, aí compartilhei a notícia na Facebook e uma amiga veio dizer que eles (os Racionais), principalmente o Brown, não passa(m) de um (bando) de Playboy pagando de aliado dos pobres e fazendo discursos esquerdistas quando na verdade, o Brown, por exemplo, construiu uma mansão na quebrada dele e não fala mais com quase ninguém com quem ele falava antes de enriquecer. rs Eu achei bem irônico o que ela disse tratando-se uma pessoa que mora em bairro nobre e que faz toda questão de mostrar que gosta de Rock. Aí eu disse: “Ué! Mas não é o que todo mundo faz quando ganha dinheiro!? E outra, o “jogo” não é esse, ganhar dinheiro?” Ela retrucou dizendo que não era aquilo que estava tentando dizer, até expressar a opinião dela a respeito do Brown no sentido de que ele é um “asqueroso”. rs Nem debati mais, naquele momento vi que se tratava de atitudes de uma reacionária que não suporta vê um pobre, favela, preto ou que não esteja dentro dos padrões, se dando bem, ganhando dinheiro e falando a verdade que muitos não gostam de ouvir.
E como saber se as ~informações~ trazidas pela sua amiga são precisas e verdadeiras, não é, Edson? Esse papo de “mansão”, quem sabe se isso é verdade?…
O hip hop cresce como deveria crescer. Nas periferias há shows de pequenos grupos, exposições em muros, discotecagem de toda musica preta e oficinas de danças em centros culturais (no centro também).
Iniciativas Institucionalizadas ou privadas, dinheiro do próprio suor ou do contribuinte o universo hip hop – e suas extensões como literatura – ainda é hegemônico na periferia e se faz crescer e tomar outras formas. então pra mim, este universo ainda continua a crescer como se pensava em 88, e se expandiu como nunca se pensou.
Agora medir sucesso e crescimento do hip hop pela exposição na TV – que curiosamente desde muito antes de 88 que não confiamos mais – é querer esse universo em expansão em um cubo fixo que se mede em polegadas. tenho certeza que se voltar à rua é muito mais efetivo e real.
Eu sinceramente nem fiquei puto com o fato de cantar na Globo, fiquei puto mesmo com o agradecimento que o Edi Rock fez para o Luciano Huck, agradecendo pela oportunidade, pelo respeito, etc. Pelo amor de Deus, esse Luciano Huck é o lobo na pele de cordeiro, esse cara está metido em tanta mutreta que chega a dar nojo, e ver o Edi Rock babar ovo desse cara realmente me deixou preocupado, pois ou a gente muda o meio, ou o meio nos muda, é aquele velho ditado, diga com quem andas e te direi quem és. E digo mais, alguém do porte do Edi Rock não precisa de TV, hoje a internet chega muito mais longe e vai cada vez chegar mais e a TV chegar menos.
A mídia q precisa do edi rock! O programa saiu ganhando se pesássemos numa balança.
Falou tudo. Se ao menos tivesse ido à TV pra falar o que precisa ser dito e o que eles não querem ouvir, concordaria. Mas a TV o usou e ele ainda agradeceu.
Não sou contra ir à TV, mas a forma como se deixam ser “modificado” para aparecer na televisão. Sem essa submissão não estariam lá. Foi o que aconteceu com MV Bill, que deu sua cara para chancelar uma novela racista (Malhação) sob o pretexto inocente de mudar a realidade da representação do negro na TV ao inseri-lo na trama sendo ele negro. O que aconteceu após sua participação ? A TV GLOBO deu aula de como ser sutil no estilo sugerido pelo eugenista Monteiro Lobato. Segue a descrição da sutileza. Um dia desses vi nessa novelinha uma “promoção de beijo inter-racial” para combater o racismo. O beijo teve a frieza necessária para demonstrar a piedade, falta de naturalidade e a distância que a emissora acha que o negro tem que estar do branco. Estou falando daquela naturalidade sonhada por Martir Luther King, aqui neste caso: duas pessoas se beijando sem levar em conta a cor de suas pele. ou sem que isso interferisse na paixão do beijo. Então, continuando a descrição da cena, minutos após o beijo interpretado com precisão para parecer forçado, o par romântico da “novelinha”, ambos brancos, deram um beijo de verdade, com as línguas se tocando e sendo captadas pela câmera, com a representação da naturalidade, do desejo expresso neste ato. Sutil não é ? Poucos entenderam, e ainda bateram palmas por pensar que se tratava realmente de combater o racismo. Isso para não falar da TV GLOBO segregando os negros na “senzala” chamada “Esquenta”, enquanto os retira gradativamente e sutilmente do restante da grade de programação que seria a “casa grande”. Emicida já foi lá no programa da Regina Casé fazer uma visitinha, já que não pode entrar na “Casa Grande” da grade de programação. Alguém acha que deveríamos ter batido palmas para os senhores de engenho do seculo XVI por permitir que os escravos fiquem na senzala ? Muita gente não percebe o apartheid promovido pela TV GLOBO, que com sutileza abre espaço ao negro, e muito espaço, mas demarcando onde ele pode pisar. É como deixar uma vaca comer no pasto, porem a colocando separada em um cercado, de forma que seja fácil controlar sua interação com as demais. Essa mesma “técnica” sutil foi usada para promover o preconceito contra os obesos, mas com o premio no final, quem vai dizer que se trata de discriminação, afinal, a personagem vai ficar com o cara considerado mais galã. Sutil…Por isso que admiro os RACIONAIS, especialmente o Mano Brown, não é qualquer pessoa que resiste a sedução dos holofotes que como um ladrão de carteira, tenta roubar princípios e valores de quem não esta esperto. Respondendo ao autor deste artigo: não se trata de ser intransigente como Hitler e recusar a televisão, mas ser intransigente em não prostituir seus valores em troca da oportunidade de estar lá para divulgar seu talento e ideias. Porque quando colocamos na balança, perde-se mais aparecendo lá do que ganha; algo que a curto prazo ninguém percebe. Talvez algum dia o MV BILL faça essa conta e perceba se ganhou ou perdeu.
Meu irmão! Eles não sabem quem nós somos! E ainda não precisam saber! Obrigado pelas tuas palavras!!!!! Meu filhos agradecem!!!!! Nego Jorge
o início do fim do rebelde
repare seu tom messiânico meu rapaz, vc não é o legítimo herdeiro do trono do rap nacional, aliás, não existe esse reino……..vc não inventou o rap, não segurou o rap nacional até hj, é mais um como qualquer outro……seu talento é admirável, sensacional, mas tente perceber a soberba e a prepotência disfarçada, vc passa e o rap segue, como tantos outros mto maiores….
e mais, vale a pena ir a tv num programa que é a cara e a voz do inimigo? (ah, não existe inimigo, a globo dá voz a todos, quá quá quá)
seu desejo reprimido de ser o que seu pai não conseguiu pode te colocar em contradições bizarras…..tal como conciliar com os causadores da frustração do seu pai
quem vai a tv quer fama, pois jamais darão microfone na tv para alguém dizer as verdades que precisam ser ditas
o microfone é só para rebeldes cordeirinhos
Meu irmão! Eles não sabem quem nós somos! E ainda não precisam saber! Obrigado pelas tuas palavras!!!!! Meu filhos agradecem!!!!! Nego Jorge
Eu particularmente sou contra uma entrada massiva do hiphop na TV e não concordo com a ideia de que nela só ha lixo, na verdade, no meu entendimento a tv – que faz parte de uma industrial cultural muito maior que inclui todas as formas de comunicação de massa inclusive a internet – não produz lixo, alias ela não produz nada, ela apenas reproduz incessantemente uma certa “cultura” até transformar esta cultura orgânica vinda da massa ou popular em “lixo” assim sucessivamente criando novas tendencias para novos consumidores. Existe ao meu ver um perigo em o rap tornar-se algo que sempre combateu de forma direta ou indireta, o consumo, o fetiche por realização material, deixando de lado o seu entendimento como individuo, a sua emancipação em saber o seu lugar no mundo, conhecer o mundo que não quer e saber o mundo que se quer. Realmente quando falamos especificamente de RAP, o mc em sua origem é um poeta, e o poeta em sua essência descreve, sente, observa, absorve e vomita a sua percepção da realidade através da arte poética escrita – muito mais que musical – deixando em segundo plano técnicas para atrair publico – produção, presença de palco, luz, fotografia, pesquisa, vestimenta – e os signos e tendencias de moda que trás com elas – todas vindas da racionalização dos processos de quem projeta arte ao publico e não de quem produz – talvez criar seria a palavra mais apropriada – a arte em si. Hoje os processos que levam um rapper vinculado a grandes emissoras e sua poesia e musica até a nossa TV são iguais a linhas de produção industriais com produção em série, metas,
, temas a serem abordados, etc, subvertendo o mc que é agente principal na construção da sua arte em mero funcionario de uma industria. Por outro lado é significativa a abrangencia que as grandes emissoras dão a música e ao músico, assim como as condições de trabalhar a arte através do acesso a ferramentas de “benfeitoria” – microfones, mesas de som, estudio, computadores, softwares, mídias e palcos melhores – e é claro um salário. Respeito as duas visões mas para os meus ouvidos prefiro o que ainda não é “viral”.
Quanto ao rap eu sou apenas um admirador. Tenho amigos bem ativos em todos segmentos da cultura hip hop, mas eu sou apenas um apreciador, por isso não vou bater no peito e pagar de quebrada porque nunca fiz nada pelo rap além de participar como ouvinte e espectador, mas confesso que qualquer forma de massificação de cultura me deixa um pouco cabrero e nisso ainda prefiro a idéia do Facção “não é moda da Yves Saint Laurent,pra ta no cliente do táxi aéreo da TAM”
Em tempo: massificação de cultura é (bem) diferente de levar cultura as massas e talvez essa seja a maior diferença entre as supostas intenções das partes envolvidas.
Belas palavras! Compreendi o pensamento.
É necessário sim invadir o “sistema midiático” e atacar de dentro pra fora como o Emicida citou, pois o “estrago” causado que no caso seria na verdade uma reconstrução de valores é muito maior dessa forma.
Porém isso não que dizer mudar de 8 para 80, é preciso entender a intenção de cada programa que convida os representantes da cultura!
Estudar cautelosamente os programas pois na maioria existe censuras de temas ou pautas especificas, ou seja , se não houver oportunidade de somar não adianta meter a cara na mídia como um simples “produto Hip Hop”.
Não vai adiantar ir a um programa “x” com uma carta de alforria do RAP nas mãos e uma mordaça na boca!
A anos o RAP vem rimando, cantando e gritando e ritmo de protesto e o opressor já notou que no momento isso da pontos de audiência porque “o Brasil acordou”. Logo vai tentar arrumar um meio de transformar nossos gritos de dor em “Jingles”.
É um momento de entrar em um novo campo de batalha, por isso atenção cautela guerreiros!
Rap Hael
É fácil…
Falar que é contra TV e playboy, sem imaginar que um dia faria tudo isso por dinheiro. Show na Royal e Edi Rock no caldeirão. Era isso que queriam?Ser íntegro é tão difícil assim?
O problema não é mudar de opinião, o problema é se contradizer.
Porque vcs não mudam a font (letras) não dá pra ler nada, esta horrivel!
Rodrigo, por favor, veja se melhorou.
Cada um é cada um
cada um sabe com quem anda……
e no que acredita……..
Primeiro a sedução em pensamento. Depois a lógica da sociedade de consumo. Mudança estrutural nada, devido às concessões. Daí vem a higienização cultural, a submissão às composições dominantes, conciliatórias e ao conformismo.
Resistir é lutar contra um status quo opressivo. É querer mudar consciências e esquemas metalinguísticos de uma sociedade de privilégios, de satisfação do individualismo, inclusive artístico, da cultura do prazer imediato. É se iludir com transformações a partir da personificação e de um poder inexistente em explícito antagonismo às ações coletivas e reflexivas, sejam elas políticas, culturais e de justiça, no mais amplo conceito.
O pensamento pós moderno justifica tudo, a partir de sua construção nos ideais da elite estratificada e de mediação de conflitos. Ou seja, relativisa para se chegar às conclusões sofistas, que parecem lógicas, mas são argumentativas e permeadas por contradição. Integrar não é contrapor. É aderir ao sistema de massa e de domínio, que estabelece conceitos, preconceitos, homogeiza a cultura a partir de seus costumes, além de oprimir e fazer apologia à repressão e exclusão nas mais variadas formas e facetas.
Excelente Zé Roberto.
Chego a pensar que o Edi Rock, com essa atitude subestimou a inteligência daqueles que ouvem a música dele e dos Racionais.
Abraço.
Zé Roberto!!!! Obrigado!
Já dizia o sábio McLuhan que ” o meio é a mensagem “…Por mais “autêntico” que seja, qualquer artista acaba diluído na estupidez do programa do Huck. Nada contra ir à TV desde que o programa visitado não seja a antítese daquilo “representado” pelo artista. O Edi Rock acaba não se diferenciando das belas bundas rebolativas que aparecem no Caldeirão porque naquele ambiente não há autenticidade e discurso que resista à plasticidade, por mais que o Edi diga o contrário.
Pra falar a verdade, eu comprei e paguei o preço que custavam os CDs mais recentes do Edi Rock, do Emicida, do Rashid. Prefiro mil vezes gastar neles que no mais “novo” CD do pessoal do Procure Saber.
Texto com aspectos bem bacanas. Mas, por favor, não nos queira todos “milionários”. A existência do “milionário” é o que garante a perpetuação da violência e morte de pretos pobres favelados. É um fundamento sobre o qual as coisas estão organizadas: impossível ricos, sem pobres. Nos queira espertos ou nos queira honestos, de preferência, nos queira unidos para que sejamos iguais. Não acho que manifestar esse desejo para todos, o que me soa como uma tentativa de legitimar de maneira amigável uma “conquista pessoal”, seja necessário. Acho que enfraquece o discurso! Não vejo problema algum em um artista ter retorno pessoal pelo seu trabalho. Não acho necessário nenhum voto de pobreza e acho, sim, que todos que tiverem oportunidades honestas de melhoras seu padrão de vida devem fazê-lo sem titubear. Agora, daí a utilizar exatamente essa palavra, que em si só traz uma infinidade de significações dos maiores problemas da nossa sociedade, acaba virando uma reprodução dos mesmos signos usados pelos do lado de lá para nos seduzir: o nosso máximo, onde está o que aprendermos a reconhecer por sucesso, o que aprendermos a reconhecer por prazer, e o que nos ensinaram ser o “reconhecimento de nosso árduo esforço”… isso tudo colocado dentro de uma palavra que, no fundo, só quer dizer dinheiro. E numa boa, amigo, você sabe melhor que eu qual é exatamente o problema central da nossa merda toda.
OLha… Tenho pena nao… Eles criaram esse monstro. Todo mundo achou da hora ser anti sistema. Um publico imenso comprou esses discos por conta disso… Os milhoes de cds do Racionais vieram desse publico, criado com essa mentalidade. Entao, tem que se justificar mesmo. Tem que pedir licença para trair aqueles que acreditaram no discurso… Esse grupos de Rap nao só disseram que nao iriam como rimaram sobre tudo isso em diversos hinos do tal RAP NACIONAL. Entao, agora que esse publico nao da mais tanto lucro tem que mudar o modus operante? E vale ressaltar, tem que tirar a palavra Hip Hop quando se fala dessa filosofia do RAP. Pois foi o RAP que decidiu nao ir a midia. Os outros elementos sempre tiveram outra postura. Hip Hop nao é o RAP (ou ele nao define o que é Hip Hop). Ele nasceu no Hip Hop mas nem sempre anda junto com os outros elementos…
Sou branco, filho de um português fugido do pós-guerra e de uma retirante do nordeste. Nascido no Jd. Três Marias e Ambientado no Itaim Paulista, ambos no extremo leste de SP. Fotógrafo, já tive a oportunidade de registrar vários nomes do hip-hop, como o próprio Emicida.
Pq eu disse tudo isso? Pq não é o preto ou o branco que fazem o Rap e a cultura Hip-hop, é nosso modo de vida e o nosso modo de vida tem que mudar, evoluir, crescer e se expandir!
As lacunas na cultura popular brasileira são evidentes. A bunda, a mulata, a prostituição gratuita no horário nobre e as controvérsias dos telejornais já não estão satisfazendo por completo o público. E o que colocar no lugar? A Bunda? Não a minha! É por isso que o espaço tem que ser tomado com coisas boas, que façam pensar em construir e não se destruir no banheiro.
A cultura do complexo de vira-latas não deixa que eu e você ganhe dinheiro, compre um carro do ano e more confortavelmente. É isso que os caras lá de cima querem! “Se você ficar quietinho, abanar o rabo e sentar quando eu pedir, te dou este pedaço de osso para você roer”, e você roê satisfeito. Sabe porque? Porque a gente só conhece o osso, a carne sempre fica com eles.
Você está satisfeito com o osso? Então fica aí na sua esquina resmungando blá-blá-blás e deixa os caras seguirem para cima!
Guerreiro, seja livre!
Ao invés de perder tempo pensando em oque escrever aqui pra ser impactante ou pra parecer um intelecto preocupado com o futuro do país..
Levanta a bunda do pc e vai agir irmão…tem um cara ou alguma mulher ou criança sentado em qualquer esquina por aí, passando frio, passando fome, preto , branco, amarelo, vermelho…quantos de vocês tem discursos revolucionarios na ponta da lingua, mas passam por um irmão que passa necessidade e nem pensam em ajudar?…me deixa puto discursos moralistas sobre racismo e desiguldade social, vindo da boca de quem se encontra dentro da sua zona de conforto e pouquissimo faz pro bem da humanidade, planeta ou país…
Não estou apontando dedo pra ninguem, não conheço ninguém, mas se a carapuça servir, repense seu jeito de levar a vida…
Lamentável mano, lamentável.
Gabriel o pensador tava certo desdo inicio…porra meu parça não precisava,mas, tô contigo.
“…Dá liçença aí…Dexa eu chegá…” Peço aqui permissão para participar dessa (dolorosa) discussão. Digo dolorosa pq realmente envolve mexer com o aspecto emocional de muitos artistas que sonham (têm esperanças) em divulgar e viver de sua própria arte; Mexe também com várias outras coisas igualmente dolorosas de se comentar. Note que diferenciei ‘SONHAR’ de ‘TER ESPERANÇAS’ pq realmente são duas coisas bem distintas…Uma coisa é alguém gostar de cantar, tocar um instrumento, pintar um quadro, atuar num palco ou dançar, etc.; Outra coisa bem diferente é a pessoa conseguir transformar esse gosto pessoal e/ou talento numa forma de angariar recursos e poder viver disso. Note que o problema não é exclusivo do Rap Nacional, envolve em geral praticamente todas as artes e mesmo na época em que não existia a distribuição de material artístico gratuíto via internet, muitos artistas reclamavam das gravadoras, editoras e produtoras, por acharem-se injustiçados em como sua arte era ‘vendida’ ao grande público (vide o caso do Tim Maia por Ex.). Como se vê aqui SONHAR em ter sua arte valorizada e poder viver dela é bem diferente da realidade concreta na qual muitos trabalham e TÊM ESPERANÇAS de (talvez) um dia conseguir viver do que amam fazer artisticamente falando. Já que a realidade é assim, vejamos agora o lado PRÁTICO da coisa. O artista deveria ter maior domínio do aspecto COMERCIAL da arte. E obrigatoriamente para se comercializar um produto é necessário que esse produto tenha VALOR. Envolve também aptidão para os negócios. Muitos artistas não tem esse conhecimento ou aptidão. Acham que ter talento em uma determinada arte já é suficiente. Históricamente os grandes grupos empresariais sempre se aproveitaram dessa ‘ingenuidade’ comercial de muitos artistas para explorarem monetariamente a arte deles, seja na TV, no rádio, com a venda de CDs, livros, quadros, etc. Os poucos artistas que além do talento tinham alguma visão comercial da coisa conseguiram de certa forma, sobreviver razoavelmente bem de sua arte (vide Tim Maia novamente), mas mesmo assim com muita luta, reclamações, processos, etc. Ajudaria se pelo menos a maioria dos artistas não se ‘vendessem’ tão barato! Ajudaria se eles próprios valorizassem o produto que querem vender. Ajudaria se ao invés de ‘espumarem pela boca’, loucos de vontade de aparecer e satisfazer a vaidade (que muitos têm) de estar sob os holofotes num programa de TV ou em cima de um palco, ampliassem o conhecimento das coisas que giram ao redor da arte que exercem. Ajudaria se os artistas tivessem maior estabilidade financeira e emocional a fim de que os ‘coletivos’, oportunistas, charlatães, apresentadores e políticos em geral não se aproveitassem de tais fragilidades em benefício próprio. O mundo artístico infelizmente na maioria das vezes se pauta por excessos. De AMBIÇÃO, DISPUTAS, INVEJAS, VAIDADES, ÁLCOOL, DROGAS, etc. E os grandes grupos comerciais e oportunistas em geral, souberam (e sabem) muito bem como tirar proveito desses excessos e da ambição exacerbada de muitos atores, DJs, cantores, instrumentistas, etc. Numa ocasião, presenciei uma briga entre dois cantores que disputavam a atenção do público no palco de uma apresentação de música (e nem sequer esses caras estavam recebendo para tocar e cantar). A excessiva ‘ingenuidade’ comercial, aliada à vaidade, ânsia de exposição e falta de noção de muitos, colaboram para que grupos muito bem organizados COOPTEM e EXPLOREM tais artistas. Pq uso o temo ‘COOPTAR’? Pq é exatamente isso que acontece no caso de artistas em cuja obra há um componente ‘IDEOLÓGICO’ embutido…Nesses casos há uma ação semelhante a de muitos organismos biológicos. Envolve-se a ‘vítima’ a fim de absorvê-la e destruí-la. É assim que muitos grupos que controlam a exposição de conteúdo artístico com ampla influência sobre a juventude agem. Primeiro ‘ABSORVEM’, depois destroem. Absorver para destruir. Essa é a tática. A ‘tv dos marinhos’ sabe a influência que os Racionais têm sobre a juventude da periferia das grandes cidades. E sabe também o quão difícil é para se sobreviver do Rap Nacional sem grandes eventos comerciais, ou venda de CDs que financiem e mantenham tal estilo artístico firme no mercado da música. Que fizeram os ‘rappers’ gringos para sobreviver comercialmente? Os gringos patrocinaram-se mutuamente e valorizaram-se comercialmente falando. Nunca ouvi dizer que numa festa de rap gringo algum DJ sacasse de sua “quêizi” um som brasileiro ou russo por exemplo, para tocar para os pretos de lá. Eles falam o idioma deles. Cantam no idioma deles. Os DJs de lá tocam e divulgam o som deles. Construíram uma base artística e musical na mentalidade dos jovens de tal forma, que um jovem preto de lá pode, trabalhando como entregador de pizza por Ex., PAGAR um ingresso para ver seus ‘idolos’ pretos tocando numa casa noturna ou numa apresentação qualquer; Ou seja, HÁ UM ESPAÇO COMERCIAL de som preto por lá. Há um LASTRO onde os artistas pretos podem se apoiar. Há um mercado para os produtos derivados do rap de lá (camisetas, bonés, roupas, etc.). Mas é só ver o tipo de msg que tais ‘idolos’ gringos estão passando em sua arte prá perceber o quanto foram cooptados pela mídia de lá. O preto gringo hj canta exatamente aquilo que sempre os ferrou. Apóiam e divulgam aquele tipo de estilo de vida que jamais os pretos do gueto irão atingir. Quanta falta faz o componente ideológico e a condução de líderes como Martin Luther King por lá…Mas isso é outra história! O que fizeram os ‘DíJêis” brasileiros nas décadas de 60,70,80,90 e por ai vai? Qual o som que eles ajudaram a promover, divulgar e estabelecer como arte musical preta no imaginário da periferia popular paulistana e carioca? E qual era a fonte de onde eles tiravam a ‘inspiração’ para fazer tamanha besteira e dar um tiro no próprio pé? Qual a emissora de tv que eles assistiam? Alguém poderia me explicar pq os DJs brasileiros fizeram e fazem (ainda) tanta questão de divulgar e promover de graça nos bailes ‘bléqui’ o som dos gringos e não o dos brasileiros? Alguém poderia me explicar pq o Rap Nacional divulgou tanto o som de fora e não criou UMA BASE DE SUSTENTAÇÃO no imaginário artístico dos pretos para que estes fossem EDUCADOS a gostar de samba soul, samba rock, Rap Nacional, etc e se dispusessem a pagar um ingresso para, num fim de semana qualquer ir dançar ao som dos ritmos dos pretos do Brasil? Para que se dispusessem a comprar os ‘ARTIGOS’ dos artistas pretos do Brasil e não os que vem de fora – uma camiseta com o Dexter na frente e não com o tupac, por Ex. Um boné do Cassiano e não do “UTêimClêin” – Teve um show do branquelo do ‘eminem’ no jóquei club paulistano. Os ingressos eram caríssimos. Teve preto da periferia que vendeu a mãe para poder ir. Tem show de Rap Nacional nos interlagos da vida a R$ 20,00 e muitos poucos pretos vão prestigiar. Qual é a força da influência da música gringa na mente dos pretos do Brasil? Quem ajudou a promover e a construir tal imaginário artístico? Ser influenciado no mundo da arte é coisa inerente ao artista, mas viver do que se produz impõe a valorização da arte que se quer vender! Pq a força de consumo da periferia não foi direcionada para a arte preta nacional? Se assim fosse, hj nós teríamos um MERCADO CATIVO que poderia sustentar aquela esperança que eu citei no comêço de que os artistas nacionais pudessem viver de seu trabalho de uma forma consistente e a não depender dos lucianos ‘rúlquis’ ou da boa vontade do secretário da cultura estadual, ou das leis rouanets da vida a fim de promoverem esse ou aquele trabalho artístico. Se um cara que não gosta de música sertaneja e vai trabalhar com o pai na boléia de um caminhão e, de tanto ouvir música sertaneja começa a gostar e até compra os CDs e vai nos rodeios dos ‘peões’ e consome produtos e mantém um mercado que movimenta milhões, sustentando centenas de artistas é possível no Brasil, pq o mesmo não poderia valer para o Rap Nacional? Ninguém se engane, a geração que está por vir consumirá a cultura que lhe for ensinada e essa molecada de hj tem a mente muito mais afiada, o raciocínio muito melhor e aprendem muito mais rápido do que a geração anterior. Talvez a arte preta nacional esteja perdida para a geração que passou mas (quem sabe?) talvez a próxima geração possa (se bem orientada) corrigir essa distorção. Como aprende-se a gostar de uma determinada coisa? Tendo contato saudável e construtivo com essa coisa! E são milhões de potenciais consumidores de cultura (artes plásticas, teatro, livros, música, dança, etc.). Se cada jovem que gosta de som preto nacional gastasse R$20,00 por mês comprando seja um ingresso de um show, seja uma camiseta, boné ou CD de algum artista nacional, já daria prá manter o sistema funcionando, sabe pq? Pq os PRETOS, PARDOS, MULATOS da periferia SÃO A MAIORIA, SÃO MILHÕES, e não os ‘bóis’ dos condomínios de luxo. A MAIORIA DOS HIPOTÉTICOS CONSUMIDORES DO RAP NACIONAL SÃO OS PERIFÉRICOS, não os que moram em bairros nobres. Quem ensinou e quem educou esses milhões de jovens a NÃO gostarem, NÃO se interessarem e principalmente a NÃO consumirem a arte preta nacional? Quem foram? Foram os DJs do “bléqui” nacional das décadas passadas e ainda de hj em dia. Foram eles os culpados! E o pior é que eles NUNCA SE DERAM CONTA DISSO. As décadas de 60,70,80,90, etc. foram perdidas para A MÚSICA NEGRA nacional comercialmente falando. Houve toda uma geração e depois dela outra que cresceu ouvindo nos bailes, os ‘sucessos’ gringos dessas décadas. E pq raios esses DJs insistiram tanto em fuçar aqui e acolá para trazer as ‘novidades’ gringas e tocar nos bailes? Quem induziu esses DJs a matarem no criadouro a música preta do Brasil? Quem incentivou e incentiva nas ‘malhações’ e nos ‘fantásticos’ da vida um preto descer do morro e ir passar um dia de ‘príncipe’ como se fora branco e rico? Quem divulga e promove em alguns programas a ‘maravilha’ sonora, ‘artística’ e ‘ideológica’ que é o “funk” carioca? (haja aspas). Quem serviu de canal à divulgação da música negra gringa no Brasil? Resposta? A gravadora e a emissora dos ‘marinho’! Para provar minha tese tá aí o pagode, que tem um mercado de shows em muitos lugares e tem muitos artistas que sobreviveram graças à VALORIZAÇÃO que alguns deles tiveram em relação à arte que praticam e comercializam. O Zeca Pagodinho vendeu milhões de CDs e cobra muito caro por uma apresentação. E tem muita gente que vai. E tem pretos e (brancos) que pagam o ingresso e compram o CD. Vc já viu algum pagodeiro cantando samba em inglês ou espanhol? O público do pagode quando vai num baile, ouve samba cantado em português. O artista ou o público do Rap Nacional quando vai nos bailes ‘bléqui’, ouve rap gringo (!!!) Pq os DJs das décadas passadas insistiram tanto em tocar para o público os temas das novelas da tv dos marinhos? Pq essa geração não foi condicionada a gostar de ir num lugar qualquer, poder pagar um ingresso e ouvir o som negro do Brasil? Pq os DJs de antigamente não criaram eles mesmos um sistema de divulgação e distribuição do som preto nacional? Ou será que não se poderia cobrar (digamos) R$10,00 para se tocar num baile uma música nova de algum grupo que está começando? Ao invés de depender das gravadoras e pagar o ‘jabá’ para as rádios, os artistas poderiam reservar algum dinheiro para os DJs tocarem suas músicas nas pistas diretamente para o público que curte esse tipo de som e qual DJ não gostaria disso? Pq os DJs se sujeitaram a tocar de graça o som dos gringos sabotando a criação de um espaço alternativo para a música preta brasileira? Caberia então ao DJ com sua bagagem cultural e de conhecimento sonoro, selecionar aqueles trabalhos que poderiam (digamos) ‘dar maior retorno’ tanto para o DJ como para o artista que produziu o trabalho. Quem deve selecionar o que vai para as pistas e para o ouvido dos pretos deveria ser quem tem conhecimento cultural e artístico para tanto, e não o executivo de uma gravadora ou o dono de uma rádio. Pq ao invés de ir em lojas comprar CDs os que curtem Rap (ou samba rock ou samba soul, etc), não poderiam ir nos bailes e comprar os CDs direto de quem produziu a música sem intermediários? Pq não criou-se um sistema sustentável e a longo prazo de divulgação e comercialização do som preto brasileiro livre das gravadoras, rádios e especialmente da tv dos marinhos??? Vamos agora ao motivo que me levou a escrever esse comentário…É triste! É lamentável que nessa fase de sua vida, o Sr. ‘EdêÍ Érrió Cecá’ faça exatamente o contrário do que falou e passe a mensagem diametralmente oposta que costumava passar como artista negro brasileiro. Eu poderia dar outros exemplos sobre a arte negra no Brasil. Poderia até escrever um livro direcionado aos pretos falando desses e outros assuntos e vender num camelô a R$4,00. Mas seria inútil! Sabe Pq? Pq os pretos brasileiros não lêem. Os pretos do Brasil não se informam. Os pretos brasileiros têm preguiça de ler e não gostam de ler. Quantos pretos chegaram a ler até esse ponto de meu comentário? Quantos irão conseguir entender a problemática do assunto que estou tratando aqui? Nossos pretos não se interessam em saber a real causa das coisas! Os pretos brasileiros não gostam de si mesmos! Não se interessam pelo estudo! Não se interessam pelo conhecimento! Prá ter médico preto no Brasil, só se vier de cuba! (Quantos pretos no Brasil sabem onde fica Cuba e qual sua história? Quantos pretos brasileiros conhecem a ‘salsa’ ou o ‘merengue’ ou como vários artistas de lá sobreviveram graças a esses estilos musicais e de dança? O que os pretos nacionais sabem a respeito da cultura de outros países que não os ‘enlatados’ norte americanos que a tv dos marinhos passa?) O que nossos pretos sabem do Brasil? O que os pretos sabem fazer no Brasil…? (…) Os pretos sabem consumir álcool (aos milhares de litros), e como é doloroso ver o estrago que o álcool faz na mente do preto brasileiro (O Sr. “Cocão” que o diga!!!). Numa entrevista, o Sr. ‘EdêÍ Érrió Cecá’ disse que não iria na ‘tv dos marinhos’ num bar com várias garrafas de cachaça ao fundo (!!!) – (https://www.youtube.com/watch?v=qixXw1hBmJs) – Que grande noção da causa real das coisas tem o Sr “Nego Drama”. Que maravilha de discernimento tem o Sr. Edivaldo Pereira Alves (!!!). Que mais fazem Os pretos brasileiros nas horas de folga e lazer? Que mais sabem fazer os pretos no Brasil? Os pretos sabem ir presos prá cadeia! Qual a porcentagem de negros na população penitenciária do Brasil? Que mais sabem fazer os pretos? Os pretos sabem fumar a ‘erva’ e dizem que “…Só quem é loco se identifica…”. Os pretos sabem acessar o ‘Fêicibúqui’! Os pretos sabem fazer o “gato” na rede de TV por assinatura para ver os filmes norte americanos que eles não puderam assistir na tv dos marinhos! Os pretos sabem sonhar em casar com a loira que eles viram na ‘malhação’! Sabem sonhar em ser jogador de futebol ou um pagodeiro famoso! Nunca aprenderam a ‘sonhar’ em ser um médico, engenheiro ou advogado…Quem ensinou, educou e induziu os pretos brasileiros a não gostarem de si mesmos, e a valorizarem ao extremo os bens materiais e a imagem, a aparência e o exterior em detrimento da personalidade, do conteúdo e do conhecimento cultural e científico? Resposta? Foi a tv dos marinhos!!! Quem ensinou, educou e induziu os DJs brasileiros a formarem toda uma geração de pretos na expressão artística musical norte americana? Foi a tv dos marinhos!!! Os pretos assistem à tv dos marinhos! Os pretos amam a tv dos marinhos!!! Assistem uma emissora que ajudou a divulgar a obra de literatura chamada ‘ESCRAVA ISAURA’. Na novela, a personagem principal, uma ‘escrava’ branca (!!!) que toca piano (!!!) que é bela e celestial (!!!) e fala outros idiomas (!!!), enquanto uma outra escrava é má, burra e…Preta (!!!). Assistem fielmente uma emissora de TV que de vez em sempre, produz programas e séries, fazendo lembrar aos negros sua condição de escravos no Brasil colônia! (Que maravilha de homenagem!). Que mais sabem fazer os pretos brasileiros? Os pretos sabem ir nos bailes ‘bléqui’ usando correntes enormes como ‘enfeites’ prá ouvir som gringo sem ao menos saber o que dizem as letras! Onde os pretos brasileiros aprenderam que precisam de correntes enormes imitando ouro ou prata pendurados no pescoço a fim de que a ‘carne mais barata do Brasil’ tenha (pelo menos nos bailes) algum valor? Resposta? Nos filmes gringos! Que passam onde? Na tv dos marinhos! Os pretos brasileiros do Rap Nacional amam o rap gringo! Pq os pretos brasileiros do Rap Nacional amam o rap gringo? Pq são carentes em todo e em qualquer sentido (carentes de estruturas – emocional, psicológica e financeira; carentes de conhecimentos, de referências, de condução ideológica e por ai vai…)! Há coisa mais moldável que a massinha escolar que os filhos dos pretos usam na creche ou na escola estadual sem professor nas sextas-feiras? Sim! Sabe o que é? É a mente dos pretos! Não tem nada mais fácil de se manipular no Brasil do que a mente dos pretos pobres da perifeira…Vejam o que assistir à tv dos marinhos fez com a mente dos pretos pobres das favelas do RJ. Vejam o tipo de conversa deles. Vejam o tipo de conteúdo “artístico” que eles produzem. Olhem a opinião deles sobre qualquer assunto.! Vejam quais são as coisas que eles valorizam e querem. Olhem as letras do “funk” carioca… E o que o Rap paulista fará? O mais importante no Rap não é a mensagem? Não é a letra? Quantos pretos sabem falar inglês e entendem o que estão ouvindo nos bailes ‘bléqui’? Tem várias outras coisas que os pretos brasileiros sabem fazer? Os pretos supostamente ‘intelectuais’ no Brasil lêem obras de escritores pretos gringos…Pq os os pretos supostamente intelectuais no Brasil precisam ler ‘Máucôun Équis’??? Quem ensinou a eles que precisam ler isso??? Pq alguns pretos lêem isso???Resposta? Pq o preto ‘intelectual’ brasileiro não lê mais nada! Alguém falou prá ele que tem um tal de ‘Máucôun Équis’ por ai e ele vai lá ler…O preto nacional não analisa, não interpreta o contexto histórico, não sabe o que fala, não sabe o que pensa, não conhece a história da África, das colônias inglesas, não conhece a história do Brasil colonial, não sabe o que é SOCIOLOGIA, não conhece a si mesmo, não conhece nada! ‘No Brasil é a tv que educa você’ já dizia o Dexter…No Brasil ‘preto e cultura’ são palavras mais rivais do que ‘preto e dinheiro’! As camisetas e os bonés dos pretos deveriam trazer a imagem de um Cassiano, ou de um Tim Maia (o verdadeiro Rei da música nacional e não o ‘roberto’ que a tv dos marinhos enfiou goela abaixo da periferia e dos pobres em geral no Brasil). As camisetas dos pretos brasileiros deveriam trazer a imagem de um ‘Dexter’, de um ‘Sombra’ , de um “Sabotage”ou de vários outros e NUNCA de qualquer artista preto gringo! Vá nos estados unidos e procure nas camisetas dos guetos de lá a imagem de algum artista preto brasileiro! Deveria haver um mercado para o som preto nacional e para os que querem e precisam viver de seu trabalho artístico…Alguns acham que o fato de um integrante dos Racionais ir na tv dos marinhos é mera formalidade ou algo sem importância…Na verdade a coisa é muito mais profunda e abrangente do que isso…A realidade e os contextos inerentes a ela são muito mais complexos do que a pobre mente de nossos pretos pode assimilar ou processar…O que faziam alguns ‘Emicís’ outrora? Diziam que não iriam na tv dos marinhos! O que fazem os ‘Emicís’ agora? Eles vão mendigar atenção e divulgação…! Onde? Na tv dos marinhos (!!!) Que grande noção da causa real das coisas tem o Sr. “Nego Drama”. Que maravilha de senso e discernimento tem o Sr. Edivaldo Pereira Alves!…Há coisa no Brasil mais frágil, instável e manipulável que a mente dos pretos da periferia? Há pessoa mais suscetível à dependência do álcool no Brasil que o negro? Lembre-se Sr. ‘EdeÍ Érrió Cecá’, a garrafa de cachaça é a mamadeira dos fracos! Lembrem-se fãs do rap gringo e da ostentação, do luxo e prazer sem limites; O hedonismo é o último refúgio dos futuros suicidas…! Se ‘preto e cultura’ e ‘preto e dinheiro’ são palavras rivais, ‘preto e álcool’ e ‘preto e fraqueza’ são palavras excessivamente irmãs…E irmãs gêmeas infelizmente…
Tenho esperanças que a próxima geração de pretos e pretas do Brasil possa (quem sabe?) ter maior discernimento, conhecimento, sabedoria e fortaleza do que seus pais tiveram. Que possam crescer saudáveis, longe do álcool, do crime, da cadeia, das drogas e especialmente longe da tv do “bispo” macedo ou da tv dos marinhos. Que a eles se ensine o conteúdo das letras antigas dos Racionais Mc’s…Que eles possam gostar de si mesmos e valorizar seu país e sua cultura, e se isso é utopia, quão linda utopia ela é…
“…O verdadeiro negro tem que ser capaz
de remar contra a maré, contra qualquer sacrifício.
Mas com você é difícil: você só pensa no seu benefício.
Desde o início, me mostram indícios
que seus artifícios são vícios pouco originais,
artificiais, embranquiçados demais.
Ovelha branca da raça, traidor!
Vendeu a alma ao inimigo, renegou sua cor…” JÚRI RACIONAL – (Edi “rock” – Racionais Mc’s)
Paulo!
TU AFUNDOU O CHÃO!!!!!!!!!
Puta que pario! To escreveu de preto …pra preto!
Meus filhos agradecem!
Obrigado!!!! Muito obrigado!!!!!!
Nego Jorge
Sr. Farofafá…
Pq meu comentário não está visível?
Às vezes a gente demora um pouco pra aprovar os comentários, Paulo – mas aprova!
Paulo!
Tu é forte meu irmão,
Solicito a tua permissão para enviar teu texto aos meus amigo pretos!
Eles necessitam ler isso, para se fortalecerem, nessa semana DOLOROSA!
Abs! Grato
Nego Jorge
O texto está na internet, portanto está disponível para ser distribuído para quem quiser…ABRAÇO!!!
Sempre fui fã dos Racionais Mc’s e gostaria muito de poder tirar as aspas da palavra ‘rock’ referida ao Sr. Edivaldo P. Alves…
Tenho esperanças de que o Sr. Edivaldo P. Alves faça (ainda) jus ao apelido que tem (‘róqui’)
SEJA UMA ROCHA SR. EDIVALDO !!! SEJA HOMEM !!! SEJA FORTE !!!
Amigo_Virtual_P.G.L@hotmail.com
Esse emicida não engana ninguém com esse caô. Precisa lavar muito essa boca pra falar de hip hop com essa propriedade toda. Vai aprender o movimento com o GOG seu vacilão …