[p.s. (só num blog para o post scriptum vir antes do scriptum, né?…): a parte 2 deste tópico agridoce foi incluída posteriormente, na tarde de sexta-feira 3 de agosto, porque lembrei que ajudava e complementava o assunto-ben-jor, e todos os outros acres & doces das redondezas.]

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“carta capital” 450, de 27 de junho de 2007. voa, jorge, voa.

(mas como é que a gente vai traduzir o fato de que, em plenos anos 2000, o autor de “país tropical” e “brasil, eu fico” foi morar em miami? iracema voou?)

O “EFEITO FÊNIX”
Com 44 anos de estrada, Jorge Ben Jor divide-se entre o culto à originalidade da obra que criou e o desgaste de fórmulas

POR PEDRO ALEXANDRE SANCHES

Jorge Ben Jor, 65 anos, se debate no palco da Casa Fasano. O objetivo é entreter uma platéia composta majoritariamente por espectadores de terno e gravata, num show fechado exclusivamente para clientes da Terco Grant Thornton. Até mesmo a assessora de imprensa da empresa de auditoria e consultoria estranha a escalação e palpita que um show de bossa nova combinaria bem mais com o público em questão.

Na madrugada, depois de extrair dos engravatados algum nível de animação, Jorge comenta a apresentação: “Está todo mundo ali, diretor, presidente da companhia. O pessoal fica comportado, até para dançar”. Diz que a inibição alheia não o inibe: “Não faz diferença. A gente toca porque tem que tocar. Isso é que é a prova dos noves, fazer esse público gostar da sua música e dançar”. O presidente da empresa e a esposa acabam subindo ao palco e caindo na dança.

Não é situação de exceção: shows chiques e fechados costumam aprimorar a sobrevivência não só de Ben Jor, mas da maioria dos astros pop. Mas enfrentar situações de deslocamento como aquela é a tônica de 44 anos de carreira profissional do autor de Fio Maravilha e Taj Mahal.

Parceiro do artista quando ele se chamava Jorge Ben e cantava acompanhado pelo Trio Mocotó, entre 69 e 72, João Parahyba remonta o desconforto aos primórdios: “Ele já ficava meio deslocado em tocar Mas Que Nada no Beco das Garrafas (o templo da bossa nova em que Ben estreou, em 63). O som moderno da época era o jazz, que não se encaixava bem na cabeça dele. Ele vivia muito com o pessoal do rock, Os Incríveis, Roberto e Erasmo”.

Das origens fala também Wilson Simoninha, filho de um amigo próximo de Jorge, o controverso Wilson Simonal, ídolo popular que caiu em desgraça sob acusações de ser colaborador do regime militar e em 74 acabou perseguido e preso pelo mesmo regime.

“Roberto, Erasmo, Jorge, Simonal e Tim Maia eram todos caras periféricos, sem formação universitária, numa época em que a formação universitária era tudo. Sofreram bastante com isso, como também Elis Regina. Foram patrulhados e tiveram que aprender a lidar com isso. Todos foram em casa visitar meu pai quando ele voltou da prisão”, diz Simoninha.

“Jorge sempre foi presente. Talvez não ficasse tão próximo mais por culpa do meu pai, que carregava o receio de estar prejudicando pessoas de que gostava”, continua. “Por muito tempo esqueci isto, mas quando meu pai foi preso Jorge foi o cara que ia em casa todos os dias para brincar comigo. Foi chocante para mim, com 8 anos, os policiais em casa, a história no Jornal Nacional.”

No início dos nos 90, Simoninha se integrou à Banda do Zé Pretinho de Jorge. E foi um dos articuladores de mais uma retomada, dessas que um amigo de décadas, Washington Olivetto, chama de “efeito Fênix”. O publicitário fala de Jorge: “Ele tem as mesmas maluquices que as pessoas creditam a Roberto Carlos e Tim Maia. Só faz o que quiser, na hora que quiser. É o único artista brasileiro que se relançou quatro vezes com o mesmo êxito. Ciclicamente, se reinventa, ou é reinventado”.

O triunfo, na ocasião, veio com a massificação do funk W/Brasil (Chama o Síndico), inspirado pela agência de propaganda de Olivetto. Os envolvidos garantem que W/Brasil não foi gestada por nenhum golpe de marketing. “A gente fazia muitos shows pelos subúrbios, que em São Paulo chamam de periferia, e todo mundo cantava. Foi pegando, saiu das ruas para o rádio”, descreve Ben Jor.

Mas, logo após a explosão, a carreira passou a ser administrada por Manoel Poladian, um dos mais vorazes empresários musicais do País. “Começou a trabalhar daquela forma conhecida, Jorge ganhando dinheiro a rodo, Poladian botando dinheiro a rodo”, afirma Simoninha.

Poladian rebate, por e-mail, a idéia de que a exploração do êxito de W/Brasil tenha exaurido a imagem do artista: “Só um leigo pode classificar de superexposição a execução de uma música de qualidade. Nenhum artista tem desgaste enquanto faz um bom trabalho”.

Olivetto focaliza outro aspecto: “Foi a partir daquele estouro que se solidificou o Jorge ‘cult'”. Abria-se, para o cantor, uma fase de inédita valorização da obra anterior. Mesmo sob desgaste, se consolidava, com uma geração de atraso, a compreensão da colossal originalidade de discos formadores da identidade musical brasileira, como Samba Esquema Novo (63), Força Bruta (70), Negro É Lindo (71), A Tábua de Esmeralda (74), África Brasil (76).

No ambiente musical, de Marisa Monte ao mangue bit, quase todos que então surgiam pediram a bênção, declararam influência, ocasionalmente clonaram o mestre. Na periferia paulistana, os Racionais MC’s surgiram sob nenhuma identificação com a música brasileira, a não ser a de Tim Maia e Jorge Ben. “Mano Brown escreveu para mim, analisando A Tábua de Esmeralda, letra por letra. O que ele faz é bom, honesto. Alguém tem que prestar atenção no que fazem, nas letras deles.”

Ao participar de um show dos Racionais no Sesc Itaquera, em 2004, conheceu os filhos de Brown, batizados em homenagem a ele e à esposa. “Fiquei emocionado quando conheci o Jorginho e a Domênica, naquele dia.” Por causa dele também se chama Jorge o filho recém-nascido do músico Max de Castro, outro filho de Simonal e quase-filho de Ben Jor.

Diz Max: “Ele foi se mantendo em altos e baixos. Voltou, sumiu, voltou. Sobreviveu a modas e movimentos, sempre na paralela. Tocou no Beco, mas não era da elite da bossa nova. O mesmo com a jovem guarda, a tropicália, o samba-rock. Nos anos 90, até Chico Buarque começou a falar que Jorge Ben era demais. Foi uma redenção até para aquela geração, que teve esse descuido com ele”.

“Ele foi muito machucado, muita gente o menosprezou após o sucesso de Mas Que Nada“, concorda Simoninha.

“Durante muito tempo, foi um artista exilado no próprio país. Hoje mora em Miami, o que para mim é algo inaceitável”, diz João Parahyba. Max aborda o tema sob outro registro: “Jorge mora em Orlando, num condomínio onde moram atores de Hollywood. Vem para o Brasil só para fazer show. Um cara que todo mundo achava que era um mané, um louco, é o grande pop star brasileiro”.

O pop star volta à terra natal vez por outra, para cantar no Fasano ou prestigiar o lançamento de Recuerdos de Asunción 443, CD de raridades dos anos 80 que se encerra com uma única canção nova, Emo, em citação a uma das tribos roqueiras em voga, de adolescentes que adotam roupas pretas, maquiagens carregadas, rock pesado, mas emotivo, e muita melancolia. Parecem infelizes, mas são felizes/ (…) parecem ilegais, mas são legais, canta, ensaiando mais um deslocamento, o missionário de alegria, simpatia e balanço que, segundo alguns, nunca fez uma música triste.

Jorge desafia o clichê: “Eu sou um emo. Sou o tio emo”. Ora diz que dedicou o disco a jovens emo que são seus vizinhos, ora dá a entender que, pai dos jovens Tomás e Gabriel, convive com o imaginário emo sob o mesmo teto: “Eu via isso lá em casa. Em cinco minutos alguém ficava bravo, depois ficava triste, depois alegre…”.

João Parahyba belisca o assunto ao tecer impressões sobre o ex-parceiro: “Tenho a impressão de que se tornou um cara muito reservado, retraído, fechado, com medo do que os outros vão falar dele. Talvez hoje seja um artista triste. Talvez se sinta deslocado musicalmente, entre mundos”. Inicialmente duro, o depoimento deságua em emocionada declaração: “Ainda gostaria de fazer um show com ele, ou uma música que seja, porque sempre gostei muito dele. Mas isso é a vida que vai realizar, ou não”.

Ao final da entrevista, Jorge se descontrai. Fala sobre os cachorros. “Bota aí os quatro, senão vão ficar com ciúmes. Pumpkin e Spring são da raça lhasa apso. Aí tem uma maltês, a Tessy, e um poodle, Tuca Calvin”. Fala sobre os filhos. “Não tem nenhum músico. Tomás se formou agora na Flórida, em business administration. Está mandando currículo, de férias, jogando golfe, que ele gosta muito (assim como o próprio Jorge). Gabriel está indeciso entre fazer (faz uma pausa, suspira) ciências políticas e jornalismo”.

E ele, gosta de política? “Não, sou apolítico”, responde o padrinho de um dos filhos de Roberto Carlos. “Faço meu dever cívico, dou meu voto, às vezes me arrependo.” Tem se arrependido recentemente? “Agora, por enquanto, não. Pensei que ia me arrepender, mas não. Mas gostaria que o dólar voltasse a valer um real. Os empresários não gostam, mas é bom para o povo”, divaga o criador de País Tropical, antes de partir rumo à madrugada.

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“carta capital” 446, de 30 de maio de 2007.

UMA NOVA TRILHA
Reformulada, a gravadora Som Livre não quer mais depender exclusivamente dos discos das novelas da Globo

POR PEDRO ALEXANDRE SANCHES

Uma fera adormecida dá sinais de acordar no terreno minado da indústria fonográfica brasileira. Ao longo das últimas duas décadas, a gravadora Som Livre se recolheu ao papel de braço musical coadjuvante da empresa-mãe, a Rede Globo. Desfez-se de um garboso elenco e se concentrou quase exclusivamente num jogo encenado em parceria com as gravadoras multinacionais, transformadas em fornecedoras de sucessos musicais para trilhas sonoras de novelas e outras compilações.

“Agora, na diretoria, é todo mundo de jeans e camiseta. É tudo DJ”, alegra-se o músico Jorge Ben Jor, que integrou o elenco quando ainda se chamava Jorge Ben e está de volta à casa após 21 anos. “Eles tinham um cast (elenco) com músicas nas novelas, e de uma hora para outra demitiram todo mundo. Chamaram um por um, ‘vocês estão liberados’, só ficaram com as novelas e a Xuxa”, lembra.

Ao falar de DJs de jeans e camiseta, Ben Jor se refere à nova geração que assumiu a Som Livre no final de 2004, após o afastamento de João Araújo, pai de Cazuza e desde os anos 60 um dos mais ativos chefes locais de gravadoras. São DJs profissionais o diretor artístico da nova Som Livre, André Werneck, de 40 anos, e o gerente de projetos especiais Marcus Vinícius Castro, 37 anos.

“Sou DJ há 17 anos. Já passei por todos os segmentos: festa de debutantes, de pessoas mais velhas, bodas. Hoje sou DJ de eletrônica, atuo no final de semana”, explica Castro.

Não é o mesmo caso do atual presidente da companhia, Gustavo Horta Ramos, de 37 anos, ex-executivo da cervejaria Molson, da Cera Johnson e da L’Oreal. “Vim da área de produtos de consumo, que, afinal, também é o caso dos CDs e DVDs, enquanto ainda são produtos tangíveis”, diz.

O histórico dos três revela a mudança de comportamento da Som Livre, mais evidente nas últimas semanas, enquanto a empresa joga no mercado discos inéditos de veteranos que andavam desgarrados das gravadoras, como Raimundo Fagner, Nana Caymmi, Renato Teixeira, Dadi (ex-integrante do grupo A Cor do Som), Lulu Santos, Guilherme Arantes. A novidade contrasta com os anos em que a gravadora se limitou a recolher fonogramas de artistas de outras gravadoras para veiculá-los maciçamente nas novelas e vendê-los reunidos em compilações.

“A queda do mercado no primeiro quadrimestre de 2007 foi muito mais dramática do que a gente esperava. Começamos a ver que é necessário ter conteúdo. Se a música for para celular e download, a função do compilador perde a razão de ser. Achamos que a compilação ainda durava, mas vimos que temos que testar bastante coisa, mais rápido”, afirma o presidente.

A visão mercadológica não deixa de ser a mesma que assolou a indústria a partir dos anos 80, quando diretores ligados à música foram gradualmente substituídos por especialistas em marketing, egressos de quaisquer áreas.

Horta Ramos, porém, chega à conclusão óbvia que outros dirigentes de gravadoras hesitaram durante anos em aceitar: as novas tecnologias fazem estremecer os modelos de música tratada como item de prateleira supermercado, e obrigam a indústria a ir buscar no baú, ao menos para efeito de discurso, a palavra “conteúdo”.

“As gravadoras caíram muito na mão de mauricinhos. Não dá, eu não seguro”, queixa-se Fagner, antes de elogiar a casa nova, que abraçou o CD Fortaleza, após uma tentativa frustrada junto à Sony BMG: “Estou imbuído no projeto de fazer da Som Livre uma gravadora grande, como foram as outras, a minha casa. Estou vestindo a camisa. É muito melhor, a Sony BMG teria que gastar com o que ali já temos de graça”.

Fagner se refere à vitrine divulgadora que é a tela da Rede Globo e à engrenagem que move em sincronia as diversas marcas do grupo. Horta Ramos comprova: “Nos interessam artistas com produtos de conceito editorial claro, que se explique em poucas palavras, simples de vender. Aí não dependo das rádios, consigo explicar via televisão, boto dentro da engrenagem, de tevê, rádio, jornal”.

“Quando tem alguma coisa para dizer você precisa do veículo, para que as pessoas escutem. Você não quer saber a ideologia do piloto, só quer que ele leve você de lá para cá”, diz o músico Renato Teixeira, compositor de sucessos de novelas como Romaria e Frete (da série Carga Pesada). Também publicitário, ele entregou à distribuição da Globo o projeto de “folk brasileiro” No Auditório Ibirapuera, em CD e DVD.

A mera tarefa compiladora norteou a ação da Som Livre, mas também viciou as demais gravadoras, até hoje atoladas na busca imediatista de lucro com intermináveis coletâneas, acústicos e retrospectivas ao vivo. Na tentativa de modificar o hábito, entram em ação os executivos-DJs.

“Buscamos algo diferenciado, não o varejão focado só em compilação e compilação e compilação. O objetivo é sair da imagem de gravadora dos oportunistas, que só colocam sucessos dos outros no mercado”, define o gerente Castro, que descobriu, por exemplo, um reservatório de faixas perdidas de Ben Jor nos anos 80, e construiu o inédito Recuerdos de Asunción 443 (rua Assunção, 443, é o endereço carioca da Som Livre, agora abertamente exposto na capa de um CD).

As compilações oportunistas agora dividem prioridade com projetos como a reedição histórica dos discos de estréia de Elis Regina, Chico Buarque, Djavan e Raul Seixas e reedições de títulos importantes do acervo. A série mais recente, Grandes Vozes, reúne 15 coletâneas, mas desta vez de nomes do passado há muito ejetados das lojas, como Agostinho dos Santos, Nora Ney, Jorge Goulart, Leny Eversong, Dick Farney e outros.

Uma terceira ponta em que a gravadora se diz disposta a investir é o da renovação. O esforço mais reluzente deve ser o lançamento, em junho, do CD de estréia da Orquestra Imperial, grupo novo celebrado no Rio, mas menos conhecido no resto do Brasil. “Gustavo chegou à gente sem os cacoetes da indústria, de modo transparente. O que já foi um grande lobo mau se revelou um grande amigo”, descreve Berna Ceppas, membro da Orquestra Imperial e dono do selo Ping Pong, que bancou a gravação do CD e o compartilhará com a máquina global.

Ceppas fala da inusitada associação entre “lobo” e “cordeiros”: “Fizemos o disco do jeito que queríamos. Aí tínhamos que distribuir, e não éramos muito vitoriosos nisso. A Som Livre oferece um poder de sedução forte. Fizemos um contrato convencional de distribuição. Os comerciais da Globo não são um ativo da Som Livre, então essa parte não entra no contrato. É um apalavramento entre empresas irmãs”.

O novo modelo, que suprime a cultura anterior de contratos milionários, vale para os iniciantes, mas também para os mais experientes. “Tenho um estúdio em Fortaleza, estava com os músicos lá e fui fazendo, durante um ano. Dei o CD pronto, eles lançam”, conta Fagner. “Vivemos um baque enorme num mercado que era fabuloso. A gente fazia contratos malucos para cinco discos, ficava na obrigação. Muitas vezes era o desejo da gravadora, e o artista ia junto. Agora é mais uma relação de cumplicidade que de bajulação por causa de contrato”.

Renato Teixeira vai na mesma direção: “Nos anos 50, quando eu ligava o rádio, ouvia Meu Mundo Caiu. Um dia tocou O Barquinho, olha que transformação absurda. Vi o Brasil sair da fossa e ir para o sol, de um dia para o outro. O que acontece agora no mundo do disco é um pouco isso, está saindo de uma coisa cinzenta, para uma coisa mais dinâmica e justa. Acho melhor assim, porque o controle está cada vez mais voltando para nossa mão”.

Se uns encontram libertação nas fórmulas de parceria com a Som Livre, outros vivem ali a primeira experiência de se ancorar ao sistema fonográfico. É o caso da Banda Calypso, egressa da indústria musical informal do Pará e hoje o grupo que mais vende discos no País, até aqui sem apoio de nenhuma gravadora. Pois a Som Livre distribuirá o projeto 100%, ligado à Rádio Globo, uma compilação em CD e DVD de sucessos tecnobrega da Calypso.

A aproximação denota, por parte da Globo, uma antena conectada aos fenômenos informais que se desenvolvem às margens da indústria fonográfica, como o funk carioca (que já aparece em diversas coletâneas da Som Livre) e o tecnobrega paraense. “Se pagarem imposto, os discos desses grupos deixarão de ser apreendidos, terão visibilidade. É uma cooptação para o bem”, crava Horta Ramos.

Outros projetos por vir se relacionam à música das diversas regiões do País, o que parece colocar a Som Livre em sinergia com conceitos das Organizações Globo, como a regionalização, o documento Conteúdo Brasil e a entrada no mercado cinematográfico, com a Globo Filmes. Faltava a música, eis ela aí.

Mas seria esse um projeto de tomada de poder, no combalido ambiente fonográfico? “Deus me livre”, o presidente afasta de si esse cálice. “Não temos a menor fixação com market share (a participação de cada gravadora no mercado total). Mas temos com lucratividade, em primeiro lugar, e com relevância para a cultura, em segundo. A pré-condição é não perder dinheiro.”

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