Em novo rap, Emicida (na foto, durante o evento #ExisteAMORemSP, na praça Roosevelt, no domingo 21 de outubro) faz homenagem ao baterista de samba, bossa e suingue Wilson das Neves.

Além dos já inúmeros serviços prestados ao rap, o paulistano Emicida tem se demonstrado um artista essencialmente estudioso – de política, convívio, cultura pop, música popular brasileira.

“Ô, Sorte!”, sua nova música, não só homenageia Wilson das Neves, como conta com a participação – e com o sorriso – do homenageado, uma lenda viva do samba e do suingue made in Brazil.

“Ô, Sorte!” vai mais longe. Cita Lupicínio Rodrigues, autor de “Se Acaso Você Chegasse”, que Elza Soares regravou em 1968 sob o balanço da bateria de Wilson. Chama “Bebete, Vambora” (1969), de Jorge Ben, que Das Neves gravou em 1970, em interpretação sambalanço, no álbum Samba Tropi, também mencionado textualmente por Emicida.

Entre tantas outras citações esxcondidas nas rimas em rap, Emicida termina trazendo de volta à baila “Moeda, Reza e Cor”, de Dom Salvador e Marcos Versiani, gravada por Salvador em 1969, por Wilson em Samba Tropi, pelo big combo black Dom Salvador e Abolição em 1971 e, em versão cantada, pela loura Claudia, também de 1971.

Tudo isso, nos diz Emicida, é História, com H maiúsculo: história da Música Negra Brasileira.

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