Já estão em São Luís a Cisne Negro Cia. de Dança e o Quinteto Villa-Lobos, atrações da nona edição do Festival Música na Estrada – que acontece até amanhã (19), com programação que inclui apresentações e oficinas.
Tanto a Cisne Negro quanto o Villa-Lobos são exemplos de longevidade: a companhia de dança foi fundada em 1977 e o concerto do quinteto continua as celebrações por seus 60 anos de estrada – o grupo foi fundado em 1962.
As apresentações acontecem hoje (18) e amanhã (19), sempre às 20h, no Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol, Centro). Toda programação tem classificação indicativa livre e é gratuita, devendo os interessados retirar os ingressos a partir de duas horas antes do início dos espetáculos.
Hoje a Cisne Negro Cia. de Dança apresenta “Ziggy – Tributo a David Bowie” (2016), de Mário Nascimento, e “Trama” (2001), de Rui Moreira. O primeiro é uma homenagem ao múltiplo David Bowie (1947-2016), um dos maiores ícones da cultura pop em todos os tempos; o segundo aborda um Brasil mestiço, através de retratos parciais de brincantes, festas populares e personagens místicos por meio da dança, num universo de mistério e magia.
Além de já ter percorrido boa parte do mapa do Brasil, a Cisne Negro também já levou a dança contemporânea brasileira e toda sua filosofia de originalidade, tradição e formação de plateia a países como África do Sul, Alemanha, Argentina, Canadá, Chile, Cuba, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra, Moçambique e Uruguai, entre outros.
O Quinteto Villa-Lobos surgiu com a proposta de divulgar a música de câmara brasileira e ao longo de sua trajetória se aproximou de gêneros mais populares, como o choro, transitando com igual desenvoltura por estas searas.
Entre os diversos álbuns do grupo, destacam-se “Vanguarda” (Odeon, 1972), com o pianista Luiz Eça (1936-1992), “Quinteto Villa-Lobos” (1977) – lançado pela gravadora Discos Marcus Pereira, com repertório de Anacleto de Medeiros (1866-1907), Benny Wolkoff (1921-1995), Ernesto Nazareth (1863-1934), K-Ximbinho (1917-1980), Patápio Silva (1880-1907), Paulinho da Viola e Zequinha de Abreu (1880-1935) –, “O Grande Palhaço” (1979), trilha sonora do filme de William Cobbett, “Airton Lima Barbosa” (CBS, 1981), com repertório do fagotista (1942-1980) fundador do grupo que empresta nome ao álbum, e “Rasgando Seda” (Selo Sesc, 2012), com o violonista Guinga.
Atualmente formado por Rubem Schuenck (flauta), Rodrigo Herculano (oboé), Cristiano Alves (clarineta), Philip Doyle (trompa) e Aloysio Fagerlande (fagote), o Quinteto Villa-Lobos apresentará amanhã (19) um programa com peças de Hermeto Pascoal, Radamés Gnattali (1906-1988) e Ronaldo Miranda, além do imprescindível Heitor Villa-Lobos (1887-1959), que empresta nome ao grupo.
A programação completa, inclusive oficinas, pode ser acessada no site do festival.