A essência do eterno em novo álbum de Lelo Nazario

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"Eternesense". Capa. Reprodução
"Eternesense". Capa. Reprodução

Fundador de um dos mais cultuados grupos brasileiros de música instrumental, o Grupo Um, o compositor e pianista Lelo Nazario acaba de lançar “Eternesense”, seu novo álbum solo, uma suíte para piano e eletrônica em quatro movimentos.

Autor solitário do repertório, Lelo Nazario assina também piano, piano preparado e samples das faixas, valendo-se de sintetizadores analógicos e virtuais, efeitos sonoros e samples de instrumentos de percussão, violão, flauta, violoncelo (Tina Guo) e voz (Adey Bell).

Instigante e ousado, como é praxe na obra de Lelo Nazario, “Eternesense” alia música tonal, atonal e eletroacústica contemporânea. Os quatro movimentos da suíte representam as fases da vida humana: infância, juventude, maturidade e velhice.

A capa revela o centro do tronco de uma árvore, em diálogo com o título esperto, que aborda justamente a resiliência dos organismos vivos e a forma como se organizam para sobreviver e se tornar eternos, geração após geração, como ele mesmo anota no texto de divulgação do álbum, disponível para audição e compra na plataforma Bandcamp.

“Eternesense” foi concebido e gravado entre 2022 e 2023 no Estúdio Utopia, do autor. Ao longo do álbum, elementos sonoros também remetem à floresta, não por acaso uma espécie de sinônimo de vida, em formas diversas.

Unindo as pontas, os mais de 40 anos de carreira de Lelo Nazario eternizam-no, numa floresta habitada por sons em que a diversidade e a experimentação são centrais, com sua marcante fusão de vanguarda e ritmos tradicionais do Brasil. Sua música é sinônimo de vida, quem é vivo sabe.

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