A presidência da República condecorou, há uma semana, o jogador Neymar da Silva Santos Junior, do Paris Saint Germain e da Seleção Brasileira de futebol, com a Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco, uma das mais destacadas comendas do Estado brasileiro, instituída em 1963. Neymar participou de live de Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral, manifestando seu apoio à reeleição do presidente, e declarou seu apoio em outras situações, prometendo dedicar seu primeiro gol na Copa do Mundo do Catar ao atual mandatário. Mas não cumpriu a promessa ao marcar contra a Coreia do Sul, de pênalti.
A lista da Ordem de Rio Branco foi divulgada no dia 1º deste mês. Além de Neymar, Bolsonaro condecorou 10 de seus próprios ministros, além de 5 pastores evangélicos (entre eles, Silas Malafaia, furibundo partidário do governo que o presidente chegou a levar consigo para o funeral da Rainha da Inglaterra). Os outros pastores são Claudir de Goes Machado (da Igreja Batista Atitude de Brasília), Clecio da Silva Sousa (Vice-Presidente da Assembleia de Deus do Lago Norte), Romildo Ribeiro Soares (o R.R. Soares, fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus) e David Martins de Miranda (fundador da Igreja Pentecostal Deus é Amor).
Além de correligionários, Bolsonaro distinguiu com a comenda 13 generais, 8 almirantes, 10 capitães, 5 tenentes da PM, dois senadores e dois deputados. No Esporte, além de Neymar, foram condecorados Rebeca Andrade, Martine Grael, Kahena Kunze e o lutador de jiu jitsu Samy Al Jamal.
Concedida pelo Ministério das Relações Exteriores, a Ordem de Rio Branco é outorgada, em princípio, no dia 20 de abril (Dia do Diplomata, data de nascimento do Barão do Rio Branco, patrono da diplomacia). É destinada a distinguir aqueles que, por qualquer motivo ou benemerência, se tenham tornado merecedores do reconhecimento do governo brasileiro (seja por ações e feitos de honrosa menção como serviços meritórios e virtudes cívicas). Pode ser conferida a pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras.