Disco de formação

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hv sessions - vol. 1. Capa. Reprodução
hv sessions - vol. 1. Capa. Reprodução

Herbert Vianna revela-se nu e cru em “hv sessions – vol. 1”, seu novo álbum solo, disponibilizado hoje (23) nas plataformas de streaming

Retrato: Mauricio Valladares
Retrato: Mauricio Valladares

“Minutos depois de Herbert Vianna entrar no estúdio e se acomodar na cadeira de couro, o produtor Chico Neves posiciona dois microfones em frente ao músico — um pra sua voz, outro pro seu violão. A partir daí, tudo que ele toca é gravado. E ele toca por horas, num fluxo guiado unicamente pelo prazer de fazer soarem as notas de canções que ama, suas e de seus ídolos”, revela o release do jornalista Leonardo Lichote sobre o processo de gravação do disco.

Aquelas sessões resultaram, antes, em “Victoria”, disco lançado pelo Paralama em 2012. Ao que o título do lançamento de hoje indica, vem outro volume por aí.

Todo cantado em inglês, “hv sessions – vol. 1” transita entre clássicos e lados b do pop rock, coisas que fizeram a cabeça de Herbert Vianna entre a infância e o início da idade adulta. “São músicas que Herbert gostaria de ter feito”, sintetiza o produtor Chico Neves, também de acordo com o release.

Em 10 faixas, Vianna passeia por Beatles (“While my guitar gently weeps”, de George Harrison, e “And I love her”, de John Lennon e Paul McCartney), Squeeze (“Tempted”, de Christopher Difford e Glenn Tilbrook), Jimi Hendrix (“Purple haze”), Elvis Costello (“Opportunity”), Carpenters (“Kind of hush”, de Christopher Difford e Glenn Tilbrook), Ray Charles (“Wichita lineman”, de Jimmy L. Webb), Eric Clapton (“Sunshine of your love”, parceria com Jack Bruce e Pete Brown), Santana (“Europa”, parceria com Tom Coster, única instrumental do disco) e The Who (“Pinball wizard”, de Pete Towshend, que abre o disco).

“”Pinball wizard” é absolutamente fundamental no meu entusiasmo pela obra do The Who e pelo trabalho do Pete Towshend, a quem eu cheguei ao extremo, por exemplo, de aprender a imitar a coisa da rodada de braço dele e tal, pela sonoridade, pela atitude e pela virilidade crua com a qual ele sempre escreve as canções. Isso é uma referência muito, muito forte pra mim”, afirma o músico em vídeo de divulgação do disco.

Herbert Vianna (voz, violão, guitarra e percussão) é acompanhado apenas de Chico Neves (minimoog, harmonium e bateria eletrônica). A única participação especial do disco é de Daniel Jobim, que toca minimoog na introdução da faixa de abertura, e aconteceu de modo inusitado: ele foi gravado pelo produtor, brincando com o instrumento no estúdio. Depois, Chico Neves percebeu que a brincadeira se encaixaria perfeitamente no arranjo de “Pinball wizard” e ele mesmo só foi avisado da participação surpresa, depois que o disco já estava gravado.

“hv sessions – vol. 1” dá um panorama da formação de Herbert Vianna. Ajuda a responder perguntas feitas a artistas reiteradamente sobre influências. Embaladas por arranjos delicados, ornados por poucos instrumentos, esse punhado de canções reflete o cantor, compositor e instrumentista inspirado que já estávamos acostumados a ouvir em seus discos solo e com Os Paralamas do Sucesso, uma das mais importantes bandas do pop rock nacional em todos os tempos.

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Ouça “hv sessions – vol. 1”:

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