Cena de Brazyl: Poema Anarco-Tropicalista
Cena de Brazyl: Poema Anarco-Tropicalista - Fotos Eduardo Petrini

O cineasta José Walter Lima, um dos fundadores do Grupo Experimental de Cinema da Bahia, em 1965, estreia no teatro com a peça Brazyl: Poema Anarco-Tropicalista. O baiano, também produtor e artista plástico, assina o texto e dirige o espetáculo que entra em cartaz dia 14 e vai até 1º de dezembro no Teatro Oficina, dentro da programação do Projeto Tropicália – Marginália III.

A peça é um painel-manifesto sobre o Brasil atual, explicado pela sua história. O espetáculo bebe na fonte do tropicalismo e também do movimento antropofágico, de Oswald de Andrade. Promete seguir os rituais das montagens do Oficina, sempre com muita musicalidade e experimentações cênicas. Neste espetáculo, composto por 28 esquetes, as transições de cenas terão coreografias de Luciana Bortoletto a partir de marchinhas de carnaval, composições de Heitor Villa Lobos, Caetano Veloso e funks como Atoladinha Relaxe na Bica.

O projeto Tropicália – Marginália III ao qual a peça de Walter Lima faz parte inclui uma mostra de filmes clássicos do cinema brasileiro, sob curadoria da cineasta Tamy Marraccini, com sessões gratuitas de quinta-feira a sábado.

Os filmes da mostra:

14/11, quinta-feira, 19h

Cabeças Cortadas, de Glauber Rocha

Sinopse: Sua família esteve no comando do país por gerações, mas as tentativas de derrubada do poder são constantes. Os delírios que Diaz II normalmente têm começam a crescer quando ele percebe que já não consegue exercer nenhum poder, o que fará com que haja de forma insana.

15/11, sexta-feira, 19h

Os Herdeiros, de Cacá Diegues

Sinopse: Para ganhar um neto, o decadente Barão do Café Joaquim resolve casar a filha com Jorge, um repórter da capital. Anos depois, Jorge trai o sogro, foge com a mulher e deixa o filho na fazenda.

16/11, sábado, 19h

Rogério Duarte, O Tropikaoslista, de José Walter Lima

Sinopse: Conheça a vida e a obra de Rogério Duarte e do indivíduo que existe por trás da personagem. Acompanhe a trajetória de uma das figuras seminais das artes e do pensamento brasileiro dos últimos 50 anos. Músico, compositor, artista gráfico, um dos criadores do Tropicalismo, Rogério sempre esteve por trás de tudo que havia de mais moderno e contemporâneo na cultura brasileira nos vitais anos das décadas de 1960 e 1970.

21/11, quinta-feira, 20h

O Rito Do Amor Selvagem, de Lucila Meirelles

Sinopse: Com um acervo inédito e falas originais do romancista, cineasta e dramaturgo José Agrippino de Paula, o documentário traz lembranças, impressões e recordações que ficaram na cabeça das pessoas sobre o espetáculo Rito do Amor Selvagem, um dos primeiros eventos performáticos e multimídia do Brasil. Ele foi montado em 1969, por Agrippino, com sua mulher, a coreógrafa Maria Esther Stockler, com a participação de Stênio Garcia e do grupo Sonda, no Theatro São Pedro.

22/11, sexta-feira, 19h

Tropicália, de Marcelo Machado

Sinopse: O documentário mostra um olhar contemporâneo deste importante movimento cultural que explodiu no Brasil na década de 1960. Mistura um valioso material de arquivo recuperado especialmente para a produção, com os ícones do movimento.

23/11, sábado, 19h

Hélio Oiticica, de Cesar Oiticica Filho

Sinopse: Este documentário conta a história do artista plástico Hélio Oiticica através de fitas que o próprio gravou durante os anos de 1960 e 1970. As Heliotapes foram encontradas por seu sobrinho Cesar Oiticica Filho quando preparava uma exposição sobre a vida e obra do tio. O filme aborda diversos aspectos da biografia de Oiticica, como suas aspirações anarquistas, sua temporada em Nova York e seu contato com as drogas.

28/11, quinta-feira, 19h

Futuro do Pretérito, Tropicalismo Now, de Ninho Moraes, Francisco Cesar Filho

Sinopse: Este documentário traz um olhar direcionado para um dos movimentos culturais mais efervescentes da história do Brasil, a Tropicália. O filme reúne entrevistas e intervenções artísticas de eventos ocorridos no final da década de 60 até o presente.

29/11, sexta-feira, 19h

Torquato Neto, Todas as horas do Fim, de Eduardo Ades, Marcus Fernando

Sinopse: O documentário explora a vida e as múltiplas frentes do poeta, que atuou ainda no cinema, na música e no jornalismo. O piauiense também se engajou ativamente na revolução que mudou os rumos da cultura brasileira nos anos 1960 e 1970, sendo um dos pensadores e letristas mais ativos da Tropicália, parceiro de Gilberto Gil, Caetano Veloso e Jards Macalé.

30/11, sábado, 19h

O Homem do Pau Brasil, de Joaquim Pedro de Andrade

Sinopse: A trajetória do escritor Oswald de Andrade, ícone do modernismo brasileiro. Lançando-se à busca de mulheres e ideias, está sempre dividido entre diversas figuras femininas.

01/12, domingo

O Rei Da Vela, de José Celso Martinez Correa, Noilton Nunes

Sinopse: Filmagem da montagem histórica da peça de Oswald de Andrade, onde milionários decadentes, filhos depravados, capitalistas corruptos e implacáveis são os personagens interpretados pelo Grupo Oficina, em uma célebre apresentação teatral realizada no ano de 1967, gravada fundamentalmente em 71 e lançada mais de dez anos depois.

Projeto Tropicália – Marginália III

Brazyl: Poema Anarco-Tropicalista. No Teatro Oficina ((Rua Jaceguai, 520, São Paulo), de 14 de novembro a 1º de dezembro de 2019, às quintas-feiras e sábados, às 21 horas, e domingos, às 20 horas. Ingressos a 40 reais.

  • No feriado de 15 de novembro, o custo do ingresso será no modelo pague quanto puder.
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