Este FAROFAFÁ nasceu sob o signo da luta pela liberdade em 13 de maio de 2011. Mais uma vez sob o signo da busca da liberdade, nesta véspera do Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, temos a alegria de anunciar que é tempo de crescer, mesmo no olho do furacão de instabilidade e incerteza que varre o Brasil e o planeta neste terrível ano de 2016.

O trio que compõe este site de jornalismo sobre música e cultura brasileira, formado pelos experientes repórteres (e chefes de si próprios) Eduardo NunomuraJotabê Medeiros Pedro Alexandre Sanches, consolida a partir desta Semana da Consciência Negra uma parceria inovadora com a revista CartaCapital e com o portal CartaCapital (ao qual já estamos ancorados desde 30 de julho de 2013).

O trio FAROFAFÁ pilotará, a partir da edição 929 de CartaCapital, a editoria de cultura da revista. Forneceremos conteúdo jornalístico para as seções Plural e Bravo!, que constituirão ponta-de-lança para um projeto virtual comum entre CartaCapital FAROFAFÁ, adequado aos novos tempos e em consonância com os fundamentos lançados pela publisher Manuela Carta no manifesto “Os novos sócios de CartaCapital“.

Estamos completamente afinados com os objetivos definidos por Manuela (e pelo homem-escola de jornalismo denominado Mino Carta, em plena atividade aos 83 anos à frente da CartaCapital) no seguinte trecho: “O objetivo é evoluir para um modelo de portal de notícia, análises e entretenimento que abrigue a diversidade de pensamento, dê voz às minorias, consolide um espaço diário e fundamental de debates sobre a realidade e estimule a produção audiovisual inovadora”.

Ainda que representemos uma minoria (ou melhor, várias minorias), nos espelhamos na coragem jornalística e ética de Mino e equipe em acusar o golpe de Estado de 2016 enquanto os mais escandalosos chapas-brancas do pedaço festejam o Palácio do Alvorada com um usurpador ao som da “Roda Viva” (1968) de Chico Buarque. Mesmo que para sempre minoritários, nos sentimos  representados no papel divergente de CartaCapital, jamais temerosa, ao longo de 22 anos de vida, em desafinar o coro dos contentes políticos do Brasil (e do BraZil), seja em tempos de calmaria ou de borrasca.

A âncora de FAROFAFÁ sempre foi e continuará a ser a cultura, especialmente a música (mas nunca só ela), principalmente brasileira (mas jamais só ela). Com perplexidade, testemunhamos no passado recente e continuamos a testemunhar no apavorante momento presente o ocaso do jornalismo cultural (mas não só ele, nem principalmente ele) “independente e comprometido com os valores de uma sociedade moderna, plural e madura”, de novo segundo a fala de Manuela.

Nos interessamos por cultura e por arte à mesma medida que nos somamos às vozes de resistência contra o golpe, contra os golpes. Custamos a crer que a maioria de nós – jornalistas, artistas ou outras brasileiras quaisquer – se resignará a retroceder a condições escravistas de um, dois e mais séculos atrás. A luta pela liberdade continua e continuará a ser nosso signo-guia.

O desafio de FAROFAFÁ de agora em diante será singrar este oceano revolto lado a lado com a sempre valente e destemida CartaCapital. Em texto e vídeo. Em reportagem e interpretação. Em diversão e concentração. Em entretenimento e cultura. Em parcerias que surgirão e serão transparentemente anunciadas – inclusive com as leitoras e leitores que sempre foram e sempre serão nossa razão de existir. Pois, com toda a dor provocada neste momento histórico por gente sinistra que parece querer assassinar o BraSil, a hora que teima em parecer a pior pode virar também a melhor para gritarmos a plenos pulmões: viva a cultura brasileira!

 

P.S.: Estamos 100% abertos a contatos, ideias, sugestões de pautas – ou seja, ao diálogo amplo, geral e irrestrito, rumo a uma comunicação realmente coletiva e cidadã. Nosso e-mail conjunto é [email protected]. Os individuais são [email protected], [email protected] e [email protected]. Boa viagem para tod@s nós!

 

 

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