Superstar ou Superfail?

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SuperstarE daí que o programa Superstar virou o assunto mais comentado do Twitter por causa de um apagão no aplicativo que colhia o voto do telespectador para bandas musicais? O único problema é que restará a dúvida se a interação prometida pela TV Globo não passou de uma grande farsa levada ao ar.

No domingo (6), estreou o novo reality show que procura revelar uma banda musical ao gosto do público brasileiro. No programa, o telespectador tem participação decisiva, já que ele contribui com 79% das chances de o grupo passar para a próxima fase. O voto do público é feito por um aplicativo que deve ser baixado no smartphone ou no tablet. Já os jurados Ivete Sangalo, Fábio Jr. e Dinho Ouro Preto assistem às apresentações e cada um pode contribuir com um voto de 7%. Avançam no programa as bandas que alcançarem 70% de aceitação (público + jurados).

Mas, afinal, quem conseguiu votar? Nas redes sociais, não faltaram comentários reclamando do #superfail. “Não funciona esse app do #superstar”, reclamou Roger, da banda Ultraje a Rigor. “Meu app não funciona!!! Ahhhhhh #SuperStar”, afirmou o jovem Renê Silva Santos. “Queria saber como esse povo votou no #superstar se o app tá com erro de servidor”, questionou a internauta Celine Reis. “Amando #Superstar (to assistindo no caminho do show) … Só não consigo votar”, disse a cantora Anitta.

No Google Play, entre 100 mil e 500 mil pessoas baixaram o aplicativo e mais de 35 mil fizeram comentários sobre ele. A quase totalidade reclamando. “Péssimo!!! O APP não abre!!!! Está prejudicando as bandas!!! Parece q estão eles mesmos A GLOBO escolhendo!!!!! Tá uma merda!!! Programa manipulado!!!!….”, afirmou uma telespectadora. A nota dos usuários do sistema Android foi de 2,5, um indicativo da insatisfação dos usuários. No iTunes, não havia reclamações porque não foram publicados comentários de domingo – mas havia muitas insatisfações de que o app travava antes mesmo de o programa ir ao ar.

Banda Fake Number, eliminado do Superstar - Foto: Divulgação
Banda Fake Number, eliminado do Superstar – Foto: Divulgação

Fãs da banda Fake Number, com quase 80 mil seguidores no Twitter, passaram a madrugada reclamando da eliminação precoce. Com vocal feminino de Elektra, o grupo toca pop/rock desde 2006 e possui inúmeros videoclipes na internet. Um deles, “Primeira Lembrança”, tem mais de 1 milhão de visualizações. Dinho Ouro Preto, um dos jurados, comentou que já conhecia o som deles. O Fake Number, que cantou “O Portão”, de Erasmo Carlos, foi eliminado com 57% de votação, mesmo obtendo o voto dos três jurados. “Fake Number só não passou porque o app não estava funcionando. #SuperStarNaGlobo”, protestou o internauta Júlio.

Outros três grupos também não alcançaram os votos necessários: o sertanejo universitário da Villa Baggage, o tecnomelody da Banda Batidão e os rappers do Freeside. Embora nas redes sociais, o bombardeio de pessoas insatisfeitas com o apagão da Globo só crescia, nada foi dito durante o programa. Se tivesse acontecido em um programa noticioso, como o Jornal Nacional, o telespectador seria alertado: “Desculpe a nossa falha técnica”.

No Superstar, o show deveria continuar. Mas até Fernanda Lima, a apresentadora, se mostrou surpresa com a eliminação de algumas bandas. A cantora Preta Gil garante que votou: “Amei o #superstar, muito bacana o tom de descontração dos apresentadores e jurados, eu consegui votar”. E postou uma foto que não garante que o aplicativo estava funcionando.

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Preta Gil “anuncia” que conseguiu votar no programa da Globo

Foram classificadas as bandas Malta, Tarcísio Meira’s Bad, Yute Lions e Tô de cara. Se poucos, pouquíssimos, telespectadores conseguiram votar, quem eram aqueles rostos que apareciam no telão, indicando que as bandas estavam sendo votadas? Podem ter sido votos reais, podem não ser. No Twitter, a TV Globo dizia que o aplicativo estava funcionando, e postava imagens para dizer que o serviço estava no ar. Mas não se viram imagens de pessoas usando o app, somente de telas do sistema de votação.

O programa foi criado em Israel com o nome de Rising Star e licenciado para vários países. No Brasil, a direção de núcleo será de Boninho, que também assina o comando do The Voice Brasil e do BBB. O vencedor do programa de entretenimento levará 500 mil reais, um contrato com a gravadora e a exposição midiática da maior emissora do país.

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15 COMENTÁRIOS

  1. 1. Em tempos de Google, este nome “SuperStar” é péssimo. Não acha fácil.
    2. Apresentadores sem carismas, duros e sem graça. Ficaram se elogiando, tentando levantar o astral mas dava pra ver o quanto estavam perdidos.
    3. Jurados fracos, a interação entre os do TheVoice era muito melhor. O que o Dinho e Fabio JR. entendem de música?!!! Dinho só vai ter graça quando ficar mais velho, será o Ozzy Osbourne brasileiro, o cara não consegue formar uma frase!!!
    4. A Globo ganha rios de dinheiro. Poe a Shakira de jurada.
    5. Sobre as fotos que aparecia no telão… teve relatos de pessoas que apenas baixaram o aplicativo, mas nem assistiram o programa e a foto deles estava aparecendo lá. Fui mutreta com certeza, abriram a porteira depois que perceberam que não tinham quorum minimo.
    6. Tomara que no proximo a banda consiga 70% dos votos, mas nenhum jurado tenha batido. Aí quero ver a merda.

  2. O programa super star apresentou uma estrutura muito boa, mas os jurados deixaram a desejar que vergonha fiquei por eles, as bandas são de altissimo nível musical, impecáveis, desculpem dinho, fabio e ivete respeito a história de vocês, não deu. A fernanda lima implorava por objetividade na justificativa do apadrinhamento e os três pareciam perdidos.

    Ed Motta, Lobão e Maria Rita, deixo minha sugestão para jurados.

  3. Competição musical onde temos Ivete com toda sua teoria musical para julgar o que é música e o que não é. Triste ver que alguns pensam que música é um produto onde deve ser competido.

    Bach e Beethoven se remexem nos túmulos.

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