Quem ainda não teve um? O meu irmão Vicente teve, o amigo do amigo do meu irmão também teve. O Lula teve. O Jotabê Medeiros também teve e até o ex presidente do Uruguai, José Mujica, teve um que sai muito bem nas fotos.
Marcos Santilli tem um branco que foi do pai dele. Ah, ele também foi de Fusca para o Chile em 1971. Aurea Leminski disse que seu pai tinha um com o nome Verdura que foi comprado com o dinheiro dos direitos autorais da música Verdura, interpretada por Caetano Veloso. Um dos palestrantes da mesa Fusca, Flip e outros pioneiros (no último dia 3, em Paraty, durante a Flip) contou que, no tempo dos carrões americanos, quando ele subia de Paraty para Cunha, os carrões ferviam a água e o fusquinha passava livre e faceiro fazendo poeira. Era resfriado a ar.
Também, né, foram produzidos 3,3 milhões de fuscas no Brasil entre 1959 e 1996, e mais um tanto de Besouros (apelido carinhoso do fusca) durante o governo Itamar Franco.
Uns e outros afirmam que a fabricação do Fusca iniciou a nova era industrial paulista.
No livro Fusca Reflexões, que vai ser lançado no dia 7 de agosto, às 19 horas, na Galeria Imã, Vila Madalena, em São Paulo, com fotos e textos do Marcos Santilli, vocês vão poder folhear e/ou comprar um ou mais exemplares, pra presentear os amigos e amigas. Tenho certeza que vai ser um presente especial.
Entre a ideia inicial, fotografar e editar o livro, foram 15 anos por este Brasil adentro. Os textos são reflexões poéticas, politicas e filosóficas com a ternura que o querido fusquinha merece.
Apareçam!
Juvenal Pereira
“Livro de fotografia? Reportagem? Romance? Álbum de figurinha? Documentário? Arte? História? Ficção? Roteiro? Oráculo? Gibi? Fotonovela? Biografia? Fusca Reflexões não é nada disso. Tem de tudo isso, um pouco”, diz o autor, Marcos Santilli. Arquiteto pela UnB, dirigiu o Museu da Imagem e do Som (MIS) entre 1997 e 2003. Hoje, vive na Pousada dos Anjos, em Cunha, cercado da maior frota de fuscas dos municípios brasileiros.
Fusca Reflexões. Exposição de Marcos Santilli na Galeria Imã (Rua Fradique Coutinho, 1239, Vila Madalena, São Paulo), no dia 7 de agosto, às 19 horas. Música ao vivo de Rogério Botter Maio no baixo e Fábio Leandro nos teclados. Presença ilustre de Erwin Moretti com seu fusca Horácio, autografado pelo cartunista Maurício de Sousa.