Morreu na tarde desta segunda-feira, 8, no Hospital de Trauma de Campina Grande, na Paraíba, o cantor, compositor, ritmista e pandeirista Severino Xavier de Souza, de 75 anos, mais conhecido como Biliu de Campina, um mestre da cultura nordestina, reserva moral do São João de Campina Grande e discípulo dileto de seus conterrâneos Jackson do Pandeiro e Rosil Cavalcanti.
Nascido em 1º de março de 1949, Biliu estava internado desde o dia 24 de junho, em virtude de uma queda que provocou um sangramento na sua cabeça. Também sofria de hipertensão e diabetes, o que agravou seu quadro de saúde. Segundo o Hospital de Trauma, a morte do artista foi provocada por uma parada cardiorrespiratória por volta das 16h30 desta segunda.
Formado em Direito, Biliu iniciou sua carreira artística em 1978, tornando-se fiel defensor das matrizes do forró (o coco, o xaxado, o xote e o baião), além de ser um notável poeta do improviso. Entre os discos que gravou, figuram “Tributo a Jackson e Rosil”, “Forró o ano inteiro”, “Matéria paga”, “Do jeito que o diabo gosta”, “Forrobodologia” e “Diga sim a Biliu de Campina”, seu comentário artístico acerca da campanha “Diga não à pirataria”.
“O maior carrego de Campina” como chamava a si mesmo, ele teve sua importância reconhecida não apenas pelos folcloristas, intelectuais e forrozeiros do Nordeste, mas também por artistas de outros gêneros, como Zezé di Camargo e Luciano.