
Com a exposição coletiva “Preamar”, três maranhenses participam, de hoje (24), até o próximo dia 28 de agosto, da Expansão da SP-Arte (Festival Internacional de Arte de São Paulo), a feira Rotas Brasileiras. O evento acontece no Espaço Arca (Av. Manuel Bandeira, 360, Vila Leopoldina), em São Paulo.
O artista visual Dinho Araújo, a multiartista Silvana Mendes e o fotógrafo Márcio Vasconcelos, em “Preamar”, abordam temas como questões raciais, políticas de afirmação, rituais de encantaria e as festas do bumba meu boi do Maranhão.


A participação do trio maranhense no evento em São Paulo é fruto de pesquisas e intercâmbios anteriores. “O movimento Preamar é um verdadeiro mergulho na cena artística contemporânea maranhense. Idealizado coletivamente pelo Chão SLZ, a Casa do Sereio [em Alcântara] e a Lima Galeria, o objetivo desse movimento é conectar a força da arte maranhense aos demais pólos artísticos do Brasil e do exterior. A repercussão que houve com o lançamento do projeto em São Luís logo chamou a atenção da curadoria da SP-Arte e assim fomos chamados como artistas convidados”, lembra Márcio Vasconcelos.
Ele também comenta os temas das obras com que comparecem à feira Rotas Brasileiras. “Os artistas do movimento Preamar já trabalhavam individualmente com temáticas de afirmação políticas e raciais, manifestações de cultura popular e afro-religiosidade ao redor do tambor de mina. Dessa forma, com o grupo de curadores do movimento buscou alinhar e evidenciar a força da cultura ancestral, que faz do Maranhão uma potência das tradições afro-brasileiras”, afirma.
“Preamar”, a exposição, tem curadoria coletiva assinada por Samantha Moreira, Frederico Silva, Yuri Logrado, Marco Lima e Germano Dushá. O nome é sinônimo de maré alta, evocando a vazão das águas do oceano na orla de São Luís, uma das maiores do Brasil.
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Este conteúdo foi produzido em parceria do Farofafá com as rádios Timbira AM e Universidade FM. Ouça a reportagem que foi ao ar nas citadas emissoras: