O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, mudou a instituição de lugar em outubro, tirando-a de sua bem-estruturada sede tradicional, para instalá-la em um local precário, sem água e esgoto em conta exclusiva. Somente no último dia 12, um mês depois da mudança, é que a fundação contratou os serviços de água e esgoto da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal por 15 mil reais, conforme publicado hoje no Diário oficial da União.

O TCU já investiga a contratação do transporte da mudança dos bens da fundação.

Além de emprestar desprestigio, a estratégia de Camargo em sua gestão também parece incluir o sucateamento da fundação. Sem uma agenda efetiva, burocratizada, a atuação da instituição se circunscreve às diatribes do seu presidente no Twitter, especialmente no ataque sistemático a lideranças negras. No Dia da Consciência Negra, sob a comoção de um assassinato brutal em Porto Alegre, Camargo afirmou que não há racismo estrutural no Brasil, mas “racismo circunstancial”. É um racismo “circunstancial” muito sistemático, já que 75% das vítimas de homicídio são pessoas negras, e os números de crimes contra mulheres e adolescentes negros cresceu barbaramente sob o governo que ele representa. “É um imbecil”, resumiu a cantora Leci Brandão.

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