The Fevers
The Fevers, 55 anos de atividade no pop e no rock nacional

Em tributo aos Dia dos Pais, este sábado, 8, tem mais uma live imperdível às 18h30. Trata-se de uma das bandas de maior tempo de atividade no País, The Fevers, monumento da Jovem Guarda, 55 anos de estrada. É um bis, na verdade: no dia 27 de junho, os Fevers fizeram sua primeira live, que teve 300 mil visualizações. Eles devem fazer um medley de canções de sucesso da Jovem Guarda que pode servir como uma verdadeira masterclass da música brasileira.

Em 1965, o celeiro do rock no Rio de Janeiro estava no Bairro da Piedade, na Zona Norte. Ali viviam, de um lado da linha do trem, os integrantes do grupo Renato e Seus Blue Caps. Do outro lado da linha do trem, viviam os rapazes de outro grupo seminal, The Fevers. Se considerarmos que nas proximidades, no Engenho de Dentro, viviam os Golden Boys, é já o caso de procurar saber qual a água que era fornecida a essa região nos anos 1960.
Os Fevers começaram de brincadeira, de curtição, lembra o baixista Liebert (pronuncia-se Liébert), um dos fundadores ainda em atividade. Um dia, o guitarrista Pedrinho foi até a Rádio Mayrink Veiga pedir para dar uma canja no programa de Jair de Taumaturgo, Hoje é Dia de Rock. O apresentador os aceitou. Nessa época, flanavam pelo programa Erasmo Carlos, Wanderléa, Roberto Carlos, Wanderley Cardoso.
“Foi a primeira vez que eu fui à praia”, diverte-se hoje Liebert, em entrevista ao Farofafá. “Eu morava no Rio de Janeiro e nunca tinha ido”. Com vocação de puro entretenimento, começaram a acompanhar todos os grandes artistas do seu tempo como banda de apoio, em apresentações e gravações. Quando você ouve Eu Não Sabia Que Você Existia, de Leno e Lílian, a banda que toca é The Fevers. Quando você ouve Pode Vir Quente Que eu Estou Fervendo, de Erasmo Carlos, a banda é The Fevers. Conhece Eu Te Darei o Céu, com Roberto Carlos? A banda é The Fevers. Já ouviu O Bom, com Eduardo Araújo? Fevers. Acompanharam Simonal, Silvinha, Paulo Diniz, Eduardo Araújo e mais uma infindável galáxia de astros.

Um dia, quando saíam de um programa de auditório na TV Rio, havia um rapaz com um saxofone na porta esperando. Mal sabia falar português, mas tinha visto na TV que, das bandas da Jovem Guarda, a única que não tinha saxofone era The Fevers. O nome do rapaz, que tinha vindo da Romênia em 1963, era Miguel Plopschi.  Fez um teste, eles o admitiram, viraram um quinteto. Em 1966, quando tinha 18 anos, Liebert e seus amigos já estavam na TV Record, em São Paulo, acompanhando as estrelas da emergente Jovem Guarda.

Também em 1966, gravaram seu primeiro disco, A Juventude Manda, só com sucessos da Jovem Guarda. Foi tanto sucesso que gravaram A Juventude Manda II, no ano seguinte. Em 1968, com uma versão de It’s Too Late, de Johnny Rivers, rebatizada como Já Cansei, viraram um dos maiores fenômenos discográficos do País. Aí foi um corolário de sucessos: Agora eu Sei (1969), Cândida (1968), Mar de Rosas (1971). Gravaram Alguém na Multidão, co os Golden Boys. Passaram por todas as casas discográficas: Sony, BMG, Som Livre, Odeon.

The Fevers tem uma marca registrada em praticamente todas as décadas da música no País desde os anos 1960. Em 1980, tinha entrado na banda um rapaz chamado Michael Sullivan para substituir o vocalista Almir, que tinha saído para tentar uma carreira solo. O rapaz também compunha, mas tinha certo prurido em mostrar suas músicas. Como Tim Maia tinha sido convidado a participar do álbum de 1983, e estava meio em baixa na época, Sullivan mostrou uma canção para Tim Maia que eles cantaram juntos no disco. A canção era Me Dê Motivo. A partir daí, Michael Sullivan ficou tão exigido para compor para outros artistas que teve de sair dos Fevers.

A live dos Fevers, hoje formada por Liebert (baixo), Luiz Claudio (vocal), Rama (guitarra e violão), Otávio Henrique (bateria) e Claudio Mendes (teclados e vocal), terá apresentação ao vivo pelo canal do grupo no YouTube – www.youtube.com/thefevers .

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