A Justiça do Rio não conseguiu localizar em sua casa o ex-diretor presidente da Ancine, Christian de Castro, para citá-lo a se manifestar em um dos processos em que é réu. Segundo as notas de uma Oficial de Justiça, ele foi procurado nos dias 6 e 11 de dezembro em sua residência, em São Conrado, e não foi encontrado. Em contato com Christian via aplicativo WhatsApp, a oficial foi informada de que ele estaria viajando, fora do Rio. A Oficial de Justiça regressou no dia 15 de janeiro, mas o porteiro informou que Christian tinha se mudado para a Barra da Tijuca e não tinha o novo endereço. Em um outro endereço em São Conrado, na Estrada das Canoas, a servidora foi informada que Castro não morava naquela casa havia mais de 10 anos. De novo pelo WhatsApp, o ex-diretor disse que continuava fora do Rio, mas que seu advogado entraria em contato. De fato, o advogado Pedro Yunes ligou, informando que levaria o cliente à Central de Mandados para tomar ciência da citação. Em casos desse tipo, o réu é obrigado a informar à Justiça eventuais mudanças de endereço.
Christian de Castro renunciou à presidência da Ancine em agosto após denúncias do Ministério Público Federal (MPF). Ele é acusado de improbidade administrativa, dano ao erário, violação de princípios administrativos, entre outras coisas. Nesse momento, o MPF tem pedido à Ancine informações sobre projetos, produtoras, distribuidoras e exibidoras, além de atos do ex-diretor e de alguns servidores. Em defesa preliminar, alguns dos acusados acusam o MPF de não ter observado o princípio do contraditório, ter se valido de provas ilícitas (de que pedem nulidade) e alegar eventuais irregularidades que teriam ocorrido antes de Castro ter sido nomeado diretor-presidente da Ancine.