Radicada em Paris, a cantora carioca Evinha dedica o CD Evinha Canta Guilherme Arantes, de voz e piano, à obra pop do compositor paulistano que fez sucesso nos anos 1970 e 1980 com sucessos como Cuide-Se Bem (1976), Amanhã (1977), Êxtase (1979), Deixa Chover (1981) e Um Dia, um Adeus (1987), todas presentes no álbum-tributo.
Evinha fez história bonita no início dos anos 1970 como intérprete de música soul aveludada inspirada em nomes como Burt Bacharach, Elton John e Marcos Valle, que a unem ao imaginário pianista de Guilherme Arantes. Antes, foi integrante infantil do grupo iê-iê-iê Trio Ternura, de sucessos infanto-juvenis como Bolinha de Sabão, Filme Triste (1963) e A Festa do Bolinha (1967). De família musical, a cantora formou o Trio Esperança com dois irmãos, enquanto quatro outros irmãos compunham o grupo Golden Boys, de hits como Erva Venenosa (1965), Alguém na Multidão (1966) e Fumacê (1970). Como exímia intérprete solo, Evinha cravou sucessos de pop negro como Casaco Marrom (1969), Teletema, Abrace Paul McCartney por Mim (1970), Feira Moderna, Que Bandeira (1971) e No Meio da Madrugada (1973).
Evinha mudou-se para Paris em 1978 e vive lá até hoje. O disco para Guilherme Arantes foi gravado com o pianista Gérard Gambus, seu marido, e inclui versões mansas para Antes da Chuva Chegar, A Cidade e a Neblina (1976), Brincar de Viver (1983, cantada originalmente por Maria Bethânia) e a ultrapop Pedacinhos (Bye Bye So Long) (1983). Há uma única canção inédita, Sou o Que Ele Quer, à la Marcos Valle.
Evinha Canta Guilherme Arantes. De Evinha. Kuarup.