Em oito encontros, 14 artistas negras refletiram sobre a questão de existência em meio a um universo excludente que é o da arte contemporânea. E, então, cada artista produziu uma obra para a exposição coletiva “Sob a Potência da Presença”.
As 14 artistas produziram obras que revelam o sentimento de se fazer arte enquanto mulher negra. Elas fazem parte do grupo de acompanhamento em arte contemporânea promovido pela Nami, que se autodefine como uma “rede de mulheres que usa as artes urbanas para promover seus direitos em específico pelo fim da violência doméstica”.
Nos encontros, realizados desde abril no Museu da República e na Residência Artística Capacete, sob a orientação da curadora Keyna Eleison, as artistas puderam apresentaram suas pesquisas artísticas, além de trocar referências de artistas e bibliografias sobre diversos temas. As obras, inéditas, são de escultura, instalação, performance, tela, fotografia, colagem, entre outros.
A exposição entrou em cartaz desde 15 de novembro, feriado da Proclamação da República. É no mínimo irônico que o Museu da República, passados 5 dias da abertura da exposição, não destaque em seu site nenhuma informação a respeito da Exposição Sob a Potência da Presença.
Além da exposição principal, são apresentadas 40 telas das alunas do curso “AfroGrafiteiras” de formação política por meio da arte, também promovido pela Rede Nami.
Exposição Sob a Potência da Presença. No Museu da República (Rua do Catete, 153, Rio de Janeiro), de terça-feira a domingos e feriados, até 2 de fevereiro de 2020. Grátis.