FAROFAFÁ é um site independente que trata de música brasileira, e o faz com as ferramentas do jornalismo independente – entenda-se, por “independente”, um jornalismo mambembe, desempregado, sem-verbas, sem-teto, sem-patrão, o termo que melhor couber. Temos uma parceria com o site da revista CartaCapital, através da qual chegam até aqui muitos dos nossos leitores – mas essa parceria nunca se traduziu, até este momento, em lucro monetário para nós.
Nesta semana, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (de quem eu e o sócio de pindaíbas Eduardo Nunomura somos entusiastas há cerca de três décadas) participou do 2º Congresso dos Diários do Interior organizado pela Associação dos Diários do Interior do Brasil,. A fala de Lula para os diários interioranos aconteceu na terça-feira, 13 de maio, data “comemorativa”da abolição (ao menos oficial) da escravatura braZileira e também dia de aniversário de três duros anos de FAROFAFÁ.
Embora este site não seja propriamente um diário, nem do interior, o discurso soou como música em meus ouvidos e, por essas & outras razões, decidi reproduzir na íntegra o discurso do Barba aqui no MEU blog, dentro do meu (NOSSO) site, onde, ora bolas!, falo sobre o que eu bem entender.
Trata-se de um discurso de altíssima densidade, como o(a) leitor(a) inteligente de FAROFAFÁ identificará com facilidade. Reverbera nos ouvidos o humor provavelmente involuntário de um número citado por Lula, de 4.692 veículos de comunicações nos quais o governo federal publicava anúncios em 2009 – o número, você sabe, é bem maior que um certo 3.378 sacado nesta mesma semana pelo governo do riquíssimo estado de São Paulo, a propósito do tema difícil do esgotamento dos recursos hídricos no Sistema Cantareira.
Uma última observação antes de introduzir a fala de Lula (perturbada por uma multidão de negritos introduzidos por mim): FAROFAFÁ tem por princípio não censurar nenhum comentário de leitor, a não ser que contenha ofensas, calúnias, injúrias, a pataquada toda que a mídia tradicional nos ensina diariamente a reproduzir sem freios nem responsabilidades. Mas este tópico do blog do PAS, excepcionalmente, será censurado. Não aprovarei NENHUM comentário que não trate expressamente de pontos levantados no discurso de Lula.
Se você quiser tocar o samba de uma nota só das sempre mesmas reclamações contra o Brasil atual, é favor usar o tópico ao lado, a caixa de comentários do blog do sicrano, o site da vizinha, o escambau. Brincadeira tem hora, e agora o assunto é sério.
Fala, Barba!:
“É sempre um prazer dialogar com os jornalistas e empresários da imprensa regional brasileira. Por isso agradeço o convite da Associação dos Diários do Interior do Brasil para participar desse Congresso.
“Vocês acompanharam as transformações que ocorreram no Brasil nesses 11 anos e que beneficiaram o conjunto do país, não apenas os privilegiados de sempre ou as grandes capitais. Sabem exatamente como essa mudança chegou às cidades médias e aos mais distantes municípios.
“O Brasil antigo, até 2002, era um país governado para apenas um terço dos brasileiros, que viviam principalmente nas capitais. A grande maioria da população estava condenada a ficar com as migalhas; excluída do processo econômico e dos serviços públicos, sofrendo com o desemprego, a pobreza e a fome.
“Os que governavam antes de nós diziam que era preciso esperar o país crescer, para só depois distribuir a riqueza. Mas nem o país crescia o necessário nem se distribuía a riqueza. Nós invertemos essa lógica perversa, adotando um modelo de desenvolvimento com inclusão social. Criamos o Fome Zero e o Bolsa Família, que hoje é um exemplo de combate à pobreza em muito países.
“Adotamos uma política de valorização permanente do salário e de expansão do crédito, que despertaram a força do mercado interno, e ao mesmo tempo garantimos a estabilidade, controlando a inflação e reduzindo a dívida pública. O resultado vocês conhecem: 36 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza, 42 milhões alcançaram a classe média e mais de 20 milhões de empregos foram criados.
“O Brasil não é mais um país acanhado e vulnerável. Não é mais o país que seguia como um cordeirinho a política externa ditada de fora. Não é só o país do futebol e do carnaval, embora tenhamos orgulho da alegria e do talento do nosso povo. O Brasil tornou-se um competidor global – e isso incomoda muita gente, contraria interesses poderosos.
“A imprensa cumpre o importante papel de traduzir essa nova realidade para a população. E isso não se faz sem uma imprensa regional fortalecida, voltada para aquela grande parcela do país que não aparece nas redes de TV.
“Todo governo democrático tem a obrigação de prestar contas de seus atos à sociedade. E tem obrigação de divulgar os serviços públicos à disposição da população. A publicidade oficial é o instrumento dessa divulgação, que se faz em parceria com os veículos de imprensa – desde a maior rede nacional até os jornais do interior profundo do país.
“Uma das mudanças mais importantes que fizemos nestes 11 anos foi democratizar o critério de programação da publicidade oficial. Quero recordar que esta medida encontrou muito mais resistências do que poderíamos imaginar, embora ela tenha sido muito importante para aumentar a eficiência da comunicação de governo. Essa medida foi também uma questão de justiça, para reconhecer a importância do interior no desenvolvimento do Brasil.
“Quando o companheiro Luiz Gushiken, que era o ministro da Secom em meu primeiro mandato, começou a democratizar a publicidade oficial, muita gente foi contra. As agências de publicidade, os programadores de mídia e os representantes dos grandes veículos achavam que era uma mudança desnecessária. Reclamaram quando o Luiz Dulci incluiu a imprensa regional na programação de publicidade do governo federal. E reclamaram ainda mais quando o Franklin Martins aprofundou a política de democratização da publicidade, abrangendo as empresas estatais.
“Diziam que para falar com o Brasil bastava anunciar nos jornais de circulação nacional e nas redes de rádio e TV. Hoje é fácil ver como estavam errados, pois a imprensa regional está cada vez mais forte. São 380 diários que circulam 4 milhões de exemplares por dia, de acordo com os dados da ADI-Brasil. Isso ocorre porque temos políticas que levam progresso e inclusão social ao interior do país. De cada três empregos criados no ano passado, dois se encontram em cidades do interior e apenas um nas regiões metropolitanas.
“Nunca antes o governo federal investiu tanto no desenvolvimento regional, para combater desequilíbrios injustos e injustificáveis. Nunca antes a relação entre o governo federal, os Estados e as prefeituras foi tão republicana quanto nestes 11 anos. E são jornais do interior – e não os veículos nacionais – que traduzem essa realidade.
“Quando chegamos ao governo, a publicidade oficial era veiculada em anunciava em 249 rádios e jornais. Em 2009, o governo federal já estava anunciando em 4.692 rádios e jornais de todo o país.
“Meus amigos, minhas amigas. Pediram-me para contar aqui uma experiência com a imprensa regional no período em que fui presidente da República. Vou contar o que aprendi comparando a cobertura da imprensa regional com a que fazem os grandes jornais.
“Quando o Luz para Todos chega numa localidade rural ou numa periferia pobre, está melhorando a vida daquelas pessoas e gerando empregos. Isso é uma notícia importante para os jornais da região. Os grandes jornais nunca deram valor ao Luz para Todos, mas quando o programa superou todas as expectativas e alcançou 15 milhões de brasileiros, um desse jornais deu na primeira página: ‘1 milhão de brasileiros ainda vivem sem luz’. Está publicado, não é invenção.
“Onde é que estava esse grande jornal quando 16 milhões de brasileiros não tinham luz?
“Quando chega o momento de plantar a próxima safra, são os jornais regionais que informam sobre as datas, os prazos, os juros e as condições de financiamento nas agências bancárias locais. Mas na hora de informar à sociedade que em 11 anos o crédito agrícola passou de R$ 30 bilhões para R$ 157 bilhões, o que a gente lê num grande jornal é que a inflação pode aumentar porque o governo está expandindo o crédito.
“Quando uma agência bancária da sua cidade recebe uma linha do BNDES pra financiar a compra de tratores e veículos pelo Mais Alimentos, vocês sabem que isso aumenta a produtividade e aquece o comércio local. É uma boa notícia. Mas quando o programa bate o recorde de 60 mil tratores e 50 mil veículos financiados, a notícia em alguns jornais é que o governo ‘está pressionando a dívida interna bruta’.
“Quando nasce um novo bairro na cidade, construído pelo Minha Casa Minha Vida, essa é uma notícia local muito importante. Mas um programa que contratou 3 milhões de unidades, e já entregou mais da metade, só aparece na TV e nos grandes jornais se eles encontram uma casa com goteira ou um caso qualquer de desvio.
“Quando o governo federal inaugura um hospital regional, isso é manchete nos jornais de todas as cidades daquela região. O mesmo acontece quando chega o Samu ou um posto do Brasil Sorridente. Mas lendo os grandes jornais é difícil ficar sabendo das quase 300 UPAs, 3 mil ambulâncias do SAMU e mais de mil consultórios odontológicos que foram abertos por todo o país nestes 11 anos.
“A maior cobertura de políticas públicas que os grandes jornais fizeram, nesse período, foi para apoiar o fim da CPMF, que tirou R$ 50 bilhões anuais do orçamento da Saúde.
“Quando sua cidade recebe profissionais do Mais Médicos, vocês sabem o que isso representa para os que estavam desatendidos. Vão entrevistar os médicos, apresentá-los à população. Mas quando 15 mil profissionais vão atender 50 milhões de pessoas no interior do país, a imprensa nacional só fala daquela senhora que abandonou o programa por razões políticas, ou daquele médico que foi falsamente acusado de errar numa receita.
“Quando um novo câmpus universitário é aberto numa cidade, os jornais da região dão matérias sobre os novos cursos, as vagas abertas, debatem o currículo, acompanham o vestibular. Lendo os grandes jornais é difícil ficar sabendo que nestes 11 anos foram criadas 18 novas universidades e abertos 146 novos campi pelo interior do país.
“É nos jornais do interior que se percebe a mudança na vida de milhões de jovens, porque eles não precisam mais sair de casa, deixar para trás a família e os valores, para cursar a universidade.
“O número de universitários no Brasil dobrou para 7 milhões, graças ao Prouni, ao Reuni e ao Fies. Os grandes jornais não costumam falar disso, mas são capazes de fazer um escândalo quando uma prova do Enem é roubada de dentro da gráfica – que por sinal era de um dos maiores jornais do país (Lula está se referindo ao jornal Folha de São Paulo).
“Quando uma escola técnica é aberta numa cidade do interior, essa é uma notícia muito importante para os jovens e para os seus pais, e vai sair com destaque em todos os jornais da região. Quando eu informo que nesses 11 anos já abrimos 365 escolas técnicas, duas vezes e meia o que foi feito em século neste país, os grandes jornais dizem apenas que o Lula ‘exaltou o governo do PT e voltou a atacar a oposição’.
“Quando chega na sua cidade um ônibus, um barco ou um lote de bicicletas para transportar os estudantes da zona rural, essa é uma boa notícia. O programa Caminho da Escola já entregou 17 mil ônibus, 200 mil bicicletas e 700 embarcações, para transportar 2 milhões de alunos em todo o país. Mas só aparece na TV se faltar combustível ou se o motorista do ônibus não tiver habilitação.
“Eu costumo dizer que os grandes jornais me tratam muito bem. Mas eu gostaria mesmo é que mostrassem as mudanças que ocorrem todos os dias em todos os cantos do Brasil.
“Meus amigos, minhas amigas. Quanto mais distante estiver da realidade, mais vai errar um veículo de comunicação. Basta ver o que anda publicando sobre o Brasil a imprensa econômica e financeira do Reino Unido. O país deles tem uma dívida de mais de 90% do PIB, com índice recorde de desemprego, mas eles escrevem que o Brasil, com uma dívida líquida de 33%, é uma economia frágil. Não conheço economia frágil com reservas de US$ 377 bilhões, inflação controlada, investimento crescente e vivendo no pleno emprego.
“Escrevem que os investidores não confiam no Brasil, mas omitem que somos um dos cinco maiores destinos globais de investimento externo direto, à frente de qualquer país europeu. Dizem que perdemos o rumo e devemos seguir o exemplo de países obedientes à cartilha deles. Mas esquecem que desde 2008, enquanto o mundo destruiu 62 milhões de postos de trabalho, o Brasil criou mais de 10 milhões de novos empregos.
“O que eu lamento é que alguns jornalistas brasileiros fiquem repetindo notícias erradas que vêm de fora, como bonecos de ventríloquo. Isso é ruim para a imprensa, porque o público sabe distinguir o que é realidade do que não é.
“Alguns jornalistas dos grandes veículos passaram o ano de 2013 dizendo que a inflação ia estourar, mas ela caiu. Passaram o ano dizendo que a inadimplência ia explodir, mas ela também caiu. Diziam que o desemprego ia crescer, e nós terminamos o ano com a menor taxa da história. Chegaram a dizer que o Brasil entraria em recessão, mas a economia cresceu 2,3%, numa conjuntura internacional muito difícil.
“Eu gostaria que esses jornalistas viajassem pelo interior do país, conhecessem melhor a nossa realidade, estudassem um pouco mais de economia, antes de repetir previsões pessimistas que não se confirmam.
“E vou continuar defendendo a liberdade de imprensa e o direito de opinião, porque sei que, mesmo quando erra, a imprensa livre é protagonista essencial de uma sociedade democrática.
“Meus amigos, minhas amigas. A democracia é o único sistema que permite transformar um país para melhor. E ela não existe sem que as pessoas participem diretamente da vida política. Por isso digo sempre aos jovens: se querem mudar a política, façam política. E façam de um jeito melhor, diferente. Negar a política é o caminho mais curto para abolir a democracia.
“Aprimorar a democracia significa também garantir ao cidadão o direito à informação correta e ao conhecimento da diversidade de ideias, numa sociedade plural. Esse tema passa pela construção do marco regulatório da comunicação eletrônica, conforme previsto na Constituição de 1988. O Código Brasileiro de Telecomunicações é de 1962, quando no país inteiro havia apenas 2 milhões de aparelhos de TV. Como diz o Franklin Martins, havia mais televizinhos do que televisores. É de um tempo em que não havia rádio FM, não havia computadores, não havia internet. De um tempo em que era preciso marcar hora para fazer interurbano.
“No Brasil de hoje é preciso garantir a complementariedade de emissoras privadas, públicas e estatais. Promover a competição e evitar a contaminação do espectro por interesses políticos. Estimular a produção independente e respeitar a diversidade regional do país.
“Uma regulação democrática vai incentivar os meios de comunicação de caráter comunitário e social, fortalecer a imprensa regional, ampliar o acesso à internet de banda larga. Por isso foi tão importante aprovar o Marco Civil da Internet.
“Este é o desafio que se apresenta aos meios de comunicação, seus dirigentes e seus profissionais, neste novo Brasil: o desafio de ser relevante num país com uma população cada vez mais educada, com um nível de renda que favorece a independência de opinião e com acesso cada vez mais amplo a outras fontes de informação.
Quero cumprimentar a ADI-Brasil, mais uma vez, pela realização desse Congresso, e dar os parabéns aos seus associados, que levam notícias para a população do interior desse imenso país. Muito obrigado”.
(P.S.: as fotos que ilustram este tópico foram tiradas por Ricardo Stuckert em 12 de maio de 2014, no município de São Francisco do Conde, Bahia, na inauguração do campus local da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira. É o segundo campus da Unilab – o primeiro fica na cidade de Redenção, no Ceará.)
(P.S. 2: para os mais preguiçosos com as letrinhas, há aqui uma versão em vídeo da fala de Lula. Não recomendado para lulofóbicos não-tratados.)
Sinto-me aliviada ao ser apresentada a discursos como esse e a blog sérios como o de vocês. Grandes jornalistas fechando os olhos pra real situação de melhoria do país, esse é o cenário. Sou dessas que torce pelo Brasil e sigo desejando que nossos comunicadores também torçam!
Nina, estamos juntos! Os jornalistas da mídia tradicional de modo geral estão fazendo um papelão histórico com o Brasil, e não é de hoje. Passou da hora de tomarem um simancol daqueles.
Sou uma das leitoras que chegaram através da Carta Capital e gostaria de parabeniza-lo pela seus artigos, musicais ou não. Somente aqui li (na íntegra) o discurso do Lula (perfeito, como sempre), a imprensa, que se considera grande, não fez sequer menção a este discurso. Obrigada.
Falou e disse, Cleusa!
Esse tipo de jornalismo deveria ter mais visibilidade. Quem sabe a reprodução do senso comum ganharia um pouco de relevância.
Se esse tipo de jornalismo tiver mais visibilidade acaba o BraZil, Tathiana. É nisso que estão ligadões Globo, Folha, Estado e aquela revista da Abril que a gente não diz o nome.
No Brasil a concentração de renda sempre foi um escândalo. Lula conseguiu fazer tudo que relatou sem romper com o capital e destinando à esses programas sociais migalhas se comparado ao superávit primário, tanto que os empresários nunca lucraram tanto quanto em seu governo, nas palavras do próprio ex-presidente, e estão loucos para sua volta. O que existe na Folha e na Veja, por exemplo, é um preconceito de classe contra o PT porque esses veículos sabem que aquele PT do passado que iria alterar as estruturas sociais do Brasil não existe mais. A situação é mais complexa do que a exaltação do farofafá faz parecer. Mudanças estruturais na realidade social de um país não são realizadas com governos “conciliadores” como o do PT de Lula e muito menos com governos “liberais” como o do PSDB. A realidade atual exige outro tipo de política e para isso tanto este PT que está aí quanto o PSDB devem ser superados.
Respeito sua análise, Cleibson, só acho que ela desrespeita os milhões de brasileiros beneficiados pelos governos petistas, como se eles simplesmente não existissem. Isso sim eu chamaria de conciliação – conciliação de elite para elite, desconsiderando dois terços da população, como os colonizadores sempre fizeram com o Brasil, desde o tempo da escravidão.
Muito obrigada por ter divulgado a integra do discurso, brilhante!
Tenho 38 anos e ha 24, desde a primeira eleição em 1988, que estou do lado do Lula. Em cem anos nao aparecerá ninguém como ele, presidentes passarão, bons ou ruins, mas um estadista “analfabeto”, isso é só uma vez na vida… E Salve Lula!
Ops,1990. 1988 foi na Constituinte!
Somos dois, Janaína! Eu, desde 1989!, época meu primeiro voto… Tenho muito orgulho, inclusive, de nunca ter desistido do meu voto e das minhas convicções.
Relatório parcial a(o)s navegantes: até agora excluí um único comentário, de um sujeito que não trazia nenhuma informação sequer e xingava Lula de bandido, no mais manjado esqueminha passivo-agressivo revoltadinho com a vida. Catiça!
Não li todo o discurso (e nem preciso). Não adianta explicar conjunturas econômicas externas que favoreceram a liquidez de capital e etc para uma população que porcamente consegue interpretar um texto (me refiro aos milhões de recém graduados), muito menos àqueles milhões e milhões de analfabetos funcionais. Mas tudo que eu gostaria de explicar pormenorizadamente se resume a: Os fins não nustificam os meios. Se eu posso fazer 10 e faço 2, mesmo que seja o dobro do 1 do passado, eu ainda assim sou um ladrão, safado e sem vergonha.
Olha eu sou leitora da Carta Capital a tanto tempo e só agora descobri vcs!! Antes tarde que nunca!! Adorei os textos o blog tudo muito legal!! Eu também tenho um só que é sobre futebol! Minha primeira e eterna paixão, por fim, quero ficar antenada com vcs, estão de parabéns!! Abraço a todos que colaboram no blog!
Eita, esse Lula….excelente!
K
I
M
E
L
D
A
!
Como disse recentemente Nélida Piñon no Roda Viva,o Lula,é sim,um grande orador.Gostaria de ver o Caetano Veloso e sua gente num debate sobre política com o “analfabeto”,coitadinhos.
Se a parceria com a CC “nunca se traduziu, até este momento, em lucro monetário” para a Farofafá, qual seria então o sentido da parceria? Apenas a hospedagem dentro do site da revista?
Amplificar nossa audiência, Fabio.