FAROFAFÁ fecha 2011 com um balanço das reportagens mais lidas, as nossas farofas + ‘consumidas’ por vocês. Desde sua estreia em 13 de maio e ainda em fase teaser, o site já produziu perto de 200 reportagens. Algumas delas, em particular, estiveram no centro dos debates que parecem ter sintetizado o cenário cultural do novo Brasil. Servem de exemplo as derradeiras polêmicas do (fim do) ano sobre ser a favor ou contra o Circuito Fora do Eixo ou a transformação do rapper Criolo em um popstar midiático. Em cada uma delas, acreditamos que demos nossa pequena contribuição para refletir, antes de mais nada, sobre o futuro da música brasileira. Blogs amigos têm nos direcionado leitores, o que desde já agradecemos a todos pelas referências. As redes sociais são, de longe, o nosso principal cartão de visita, o que tem potencializado em muito a nossa visibilidade – muito além das microcomunidades de “formadores de opinião”. Também por meio do oráculo Google, os fãs de O Teatro Mágico chegaram até nós, a quem recompensamos com o lançamento, em primeira mão, do terceiro disco da trupe, A Sociedade do Espetáculo, em uma série de três reportagens falando desse grupo ignorado pela mídia. Outra pesquisa muito freqüente de quem nos encontra virtualmente é pela palavra “farofafá”. O nome do nosso portal é um empréstimo e uma homenagem a uma música de Mauro Celso, cantor e compositor de poucosmas conhecidos sucessos nos anos 1970. Também registramos nossos sinceros agradecimentos aos nossos colaboradores, guerreiros e valiosos pensadores da cultura brasileira, que têm nos presenteado com textos ricos e inteligentes. Mas chega de conversa e vamos falar do que + se falou por essas bandas:
Tá legal, eu aceito o argumento, Criolo é o cara. Ganhou prêmios em 2011 e esteve presente na maioria das listas dos melhores do ano. Mas, peraí, alguém já parou para falar de/criticar/resenhar seu disco Nó na Orelha? Ou só por que virou o queridinho da mídia tradicional chegou a vez dele?
O Teatro Mágico e a sociedade do espetáculo, parte 1
Ouvimos em primeiríssima mão o tão aguardado terceiro disco do grupo paulista. Já é tradição ver os espetáculos musicais do Teatro Mágico, que mesclam circo, teatro, commedia dell’arte, lotarem as casas por onde apresentam – para surpresa e irritação de dezenas de críticos que adoram achincalhar o trabalho independente da trupe.
Angélica, Augusta e Consolação
Havia uma bomba no meio do caminho e ela foi lançada por uma polícia contra manifestantes que marchavam pela liberalização da maconha. Na verdade, foram jogadas inúmeras delas que atacaram a democracia brasileira. FAROFAFÁ queria registrar as músicas que fariam parte do ato, mas a única coisa que ouviu foi o barulho das bombas.
Se eu fosse americano a vida não seria assim…
Ed Motta se embananou em 2011 e, pelo Twitter, vociferou contra “pobres” e “feios”. Não deu outra, virou alvo preferencial de tuiteiros, que o tornaram por dias um trending topic. Não que tenha sido apenas achincalhado. Nessas horas, muitos se mostraram que também são tão preconceituosos quanto o ex-jovem funkeiro carioca que gostava de música americana.
Esse trending topic que tomou conta do Twitter foi uma resposta da galera do forró que quis desbancar os metaleiros que, horas antes, havia ocupado a mesma posição, por causa da apresentação do grupo Metallica, no Rock in Rio. Até aí, nada de novo – ação e reação. O que os forrozeiros não esperavam foi o surgimento de toda sorte de preconceitos que muitos destilaram contra o Nordeste e o povo que aprecia esse gênero musical.
Ferréz, escritor da chamada literatura marginal, cedeu-nos esse texto que é um tapa na cara dos mocinhos do CQC, programa dispensável da televisão brasileira – aliás, produto de matriz importada. Num típico exercício de mau jornalismo com entretenimento sensacionalista, o programa deturpou a imagem do Capão Redondo, na periferia paulistana. “Respeita nossa quebrada”, exigiu Ferréz.
FAROFAFÁ esteve presente na Feira de Música de Fortaleza, em sua 10ª edição, onde presenciou que a cena musical brasileira está mais viva do que nunca, porém cheia de indagações, dúvidas e incertezas sobre o futuro a ser construído. Em agosto, já havia ali o prenúncio da polêmica que fechou este 2011, ser ou não ser fora do eixo.
Ferve a panela da NOVA música brasileira
A partir de uma troca de tuites entre @DanielGanjaman (músico e produtor de Criolo), @chinaina (China, músico e apresentador da MTV) e @pdralex (Pedro Alexandre Sanches, jornalista musical deste FAROFAFÁ) sobre o IV Congresso Fora do Eixo, iniciou-se um debate que ainda está em curso sobre o Circuito Fora do Eixo e sua forte inserção na cultura brasileira.
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