o povo é rápido no gatilho: já saiu o jogo “onde está belchior” (amplie para achar); o cantor cearense está sumido há mais de ano.
eu e meu roomate dimi vigarista (hoje doutor em arquitetura pela usp, mas eternamente um embusteiro), nos idos de 1983, ouvíamos belchior numa vitrola amarela no quarto um da casa do estudante.
o dimi chegava em casa com um disco novo do belcha, unanimemente desprezado pela crítica, e a gente se deliciava rodando a bolacha.
foi ali que ouvi “rock romance de um robô goliardo”, entre outras doideiras fabulosas.
desde a semana passada, rola na blogosfera a notícia do sumiço do belchior, que ganhou reportagem sensacionalizante no fantástico.
o carro dele tá lá no estacionamento do aeroporto, abandonado há um ano.
o ateliê dele na bela vista tá abandonado há tanto tempo quanto.
ele foi visto publicamente pela última vez no show do tom zé, foi içado da platéia pelo tom.
eu o encontrei na 2001 da pedroso de morais há uns dois anos, e o cumprimentei, e ele me olhou meio assustado. tava com a mulher.
duvido que tenha sumido, deve estar tramando alguma.

PUBLICIDADE
Anterioraquela casa simples
PróximoBIOGRAFIA
Jotabê Medeiros, paraibano de Sumé, é repórter de jornalismo cultural desde 1986 e escritor, autor de Belchior - Apenas um Rapaz Latino-Americano (Todavia, 2017), Raul Seixas - Não diga que a canção está perdida (Todavia, 2019) e Roberto Carlos - Por isso essa voz tamanha (Todavia, 2021)

DEIXE UMA REPOSTA

Por favor, deixe seu comentário
Por favor, entre seu nome