o melhor do debate sobre o pensamento pop-tropicalista do zé agrippino, no Centro Cultural, na sexta, foi quando o aguilar leu trecho de uma peça dele (aguilar) de 1981. reproduzo o trecho que ele leu:
Artaud: Que país é este?
Agripino: É o Brasil.
Artaud: Tem jeito de México.
Agripino: É que as cucarachas estão cantando.
Artaud: Não são cucarachas. São grilos.
Agripino: Temos que descobrir uma casa para nos abrigar.
Artaud: Tem uma lá na frente.
Agripino: Vou bater na porta.
Macunaíma: Quem são vocês?
Artaud: Eu sou um poeta francês do absurdo e me chamo Antônio Artaud. Este é o poeta brasileiro José Agripino.
Macunaíma: Eu sou o absurdo e gosto de poetas. Macunaíma, o inconsciente coletivo do Brasil. Uma lenda.
Artaud: Eu estudo lendas.
Macunaíma: Você estuda lendas ou coleciona lendas?
Artaud: Eu como lendas.
Macunaíma: Ah, está chegando mais perto. Idiota você não é.
PUBLICIDADE