o melhor do debate sobre o pensamento pop-tropicalista do zé agrippino, no Centro Cultural, na sexta, foi quando o aguilar leu trecho de uma peça dele (aguilar) de 1981. reproduzo o trecho que ele leu:

Artaud: Que país é este?

Agripino: É o Brasil.

Artaud: Tem jeito de México.

Agripino: É que as cucarachas estão cantando.

Artaud: Não são cucarachas. São grilos.

Agripino: Temos que descobrir uma casa para nos abrigar.

Artaud: Tem uma lá na frente.

Agripino: Vou bater na porta.
Macunaíma: Quem são vocês?

Artaud: Eu sou um poeta francês do absurdo e me chamo Antônio Artaud. Este é o poeta brasileiro José Agripino.

Macunaíma: Eu sou o absurdo e gosto de poetas. Macunaíma, o inconsciente coletivo do Brasil. Uma lenda.

Artaud: Eu estudo lendas.

Macunaíma: Você estuda lendas ou coleciona lendas?

Artaud: Eu como lendas.

Macunaíma: Ah, está chegando mais perto. Idiota você não é.
PUBLICIDADE
AnteriorSOUTH PARK
PróximoPEQUENAS GRANDES REPORTAGENS – I
Jotabê Medeiros, paraibano de Sumé, é repórter de jornalismo cultural desde 1986 e escritor, autor de Belchior - Apenas um Rapaz Latino-Americano (Todavia, 2017), Raul Seixas - Não diga que a canção está perdida (Todavia, 2019) e Roberto Carlos - Por isso essa voz tamanha (Todavia, 2021)

DEIXE UMA REPOSTA

Por favor, deixe seu comentário
Por favor, entre seu nome