“um grupo de porcos-espinhos ia perambulando num dia frio de inverno. para não congelar, os animais chegavam mais perto uns dos outros. mas, no momento em que ficavam suficientemente próximos para se aquecer, começavam a se espetar com seus espinhos. para fazer cessar a dor, dispersavam-se, perdiam o benefício do convívio próximo e recomeçavam a tremer. isso os levava a buscar novamente a companhia uns dos outros, e o ciclo se repetia, em sua luta para encontrar uma distância confortável entre o emaranhamento e o enregelamento.”

de deborah anna luepnitz, em “os porcos-espinhos de schopenhauer” (2002), remetendo à célebre fábula do misantropo (e demófobo?) arthur schopenhauer. a autora está falando sobre o amor, e você sabe que eu também estou, não sabe? estamos de volta à luta (pelo amor), sabendo que nada nunca foi fácil, nem nunca será.

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Editor de FAROFAFÁ, jornalista e crítico musical desde 1995, autor de "Tropicalismo - Decadência Bonita do Samba" (Boitempo, 2000) e "Como Dois e Dois São Cinco - Roberto Carlos (& Erasmo & Wanderléa)" (Boitempo, 2004)

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