O governo exonerou na manhã desta quinta-feira, 31 de março, Mario Frias do cargo de Secretário Especial de Cultura. Para seu lugar, foi nomeado Hélio Ferraz de Oliveira, que vinha exercendo a função de Secretário Adjunto da pasta.
Frias sai para disputar a eleição. É candidato a deputado federal pelo PL de São Paulo. Jair Bolsonaro também exonerou o superior hierárquico de Frias, Gilson Machado, do cargo de ministro do Turismo. No seu lugar, foi nomeado Carlos Alberto Gomes de Brito. Outros ministros e secretários foram exonerados hoje para as eleições, como João Roma, da Cidadania, Damares Alves, da Família e Direitos Humanos, Tarcisio Gomes, da Infraestrutura, Marcos Pontes, da Ciência e Tecnologia, e Onyx Lorenzoni, do Trabalho.
Sérgio Camargo também foi exonerado da presidência da Fundação Cultural Palmares para disputar as eleições pelo PL, mas ainda não foi nomeado um substituto. Quem ficou como substituto foi Marco Antonio Evangelista da Silva, mas ainda como interino, sem efetivação.
A nomeação de Helio Ferraz é, de certa forma, uma vitória de Frias para manter o seu bunker. Sua ascensão foi meteórica no bolsonarismo. Ferraz era um produtor de TV cuja única linha no currículo era justamente a produção de um game show de Mario Frias na Rede TV. Em dezembro, foi indicado a uma sabatina no Senado para ocupar um cargo de diretor da Agência Nacional de Cinema (Ancine) pelos próximos 5 anos. Uma de suas proezas no governo foi ter ido com a Polícia Federal à sede da Cinemateca Brasileira, em São Paulo, em agosto de 2020, para retomar a sede do maior acervo audiovisual da América Latina e despejar seus técnicos e servidores.
Hélio Ferraz de Oliveira está indicado ao cargo de diretor da Ancine na vaga deixada por Mariana Ribas, e seu mandato deverá começar em 25 de junho de 2022, mas a nomeação a Secretário Especial de Cultura pode melar o plano.