Morreu hoje em São Paulo, aos 76 anos, o maior fotógrafo da música ao vivo do País, Mário Luiz Thompson. Ao longo de quase 50 anos, Thompson registrou apresentações de artistas da MPB e astros internacionais de passagem pelo País. Também é autor de fotos para capas de discos antológicos – é dele a foto na capa do primeiro disco do cantor Belchior (de quem era grande amigo), “Mote e Glosa” (1974).

O fotógrafo era diabético e teve Covid-19. Estava internado há um tempo, em recuperação, mas teve outra infecção e passou por diálise. Há 5 dias, teve uma parada cardíaca, mas continuou resistindo com medicamentos. O velório será neste domingo,  22, no cemitério do Araçá, às 13h. E o sepultamento será no Cemitério São Paulo, às 14h.

Thompson nasceu em 26 de abril de 1945 na cidade de São Paulo. Iniciou sua carreira em 1967, como jornalista da revista Veja. Nessa época, já fotografava shows de MPB como diletante, por prazer. Em 1973, uma declaração de Gilberto Gil motivou uma reviravolta em sua vida profissional: “Existem muitas maneiras de fazer música. Eu prefiro todas”. Foi quando ele se deu conta de que podia tratar apenas da música por meio da imagem. Tornou-se um dos fotógrafos mais requisitados do cenário musical brasileiro. Seu trabalho rendeu inúmeras capas de discos e um acervo de mais de 100.000 fotos, que hoje está sendo preservado e divulgado pelo Projeto Bem Te Vi MPB.

Para se ter uma ideia da abrangência de sua atuação, o perfil do fotógrafo no Instagram tem uma boa amostragem.

Seu acervo de fotos, que registra emergentes e veteranos com igual dedicação, guarda um dos inventários históricos mais ricos do desenvolvimento da música. No alto, o trompetista Chet Baker durante show no antigo Palace, em São Paulo, em 1985. Abaixo, com um dos seus grandes anigos, Raul Seixas.

Abaixo, os Mutantes com Gil, o artista da fotografia e o gigante Charles Mingus no Brasil em 1975.

 

ATUALIZADA NESTE DOMINGO, 22, ÀS 9H30

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