Ancine
Logotipo da Agência Nacional de Cinema (Ancine)

O Ministério Público Federal (MPF) abriu inquérito para investigar a paralisação proposital das atividades na Agência Nacional de Cinema (Ancine), que vem sendo denunciada pelo Farofafá desde maio. O procurador da República Sérgio Gardenghi Suiama começa a ouvir as testemunhas do caso na próxima quarta-feira, às 14h30, por meio de videoconferência.

A Ancine demonstra, há dois anos, intenção deliberada de levar ao colapso a atividade audiovisual no Brasil por meio de estratagemas de excessiva burocracia, trancamento inexplicável do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), escamoteamento de relatórios financeiros díspares e, o mais grave, perseguição interna de servidores que não se sujeitem a participar do esquema. Essa estratégia já levou à abertura de investigação também no Tribunal de Contas da União (TCU), também noticiado aqui.

A paralisação de fato da Ancine é articulada em diversas frentes. Há poucos dias, a agência enviou circular a produtores audiovisuais para exigir que expliquem de que forma a pandemia de Covid-19 afetou suas atividades para, só depois disso (em um prazo de 30 dias), voltar a analisar a liberação de recursos. Os sucessivos anúncios de novos editais de financiamento ecoam na imprensa de forma acrítica, mas, desde a última reunião do Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audivisual (CGFSA), há um mês, a Ancine não liberou um centavo para estimular as atividades produtivas (e tem dezenas de compromissos firmados em editais dos últimos dois anos que estão levando ao colapso produtoras no País todo). Hoje, a agência divulgou a data de uma nova reunião do CGFSA para a segunda semana de agosto. Os produtores temem que os dirigentes bolsonaristas (a agência é dirigida por um interino desde o ano passado, Alex Braga Muniz, alinhado com os interesses do governo) estejam planejando um grande calote em todos os editais já aprovados de 2018.

 

 

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