O frevo desaforado de Joãozinho Ribeiro

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O compositor Joãozinho Ribeiro. Foto: Paulo Caruá
O compositor Joãozinho Ribeiro. Foto: Paulo Caruá

O cantor e compositor Zeca Baleiro acaba de disponibilizar o ep “Escória” nas principais plataformas de streaming. As composições estão antenadas com o momento político que o Brasil atravessa no governo de extrema direita de Jair Bolsonaro. O maranhense, cuja trajetória é pautada por manifestações a favor da democracia e contra a censura, entre outros temas que voltaram à tona em anos recentes, apresenta um trabalho coerente, à altura de sua obra autoral.

Baleiro ainda arranjou tempo para participar de “Frevo desaforado”, faixa que dá título a outro ep carnavalesco, também já disponível nas plataformas de streaming, do compositor Joãozinho Ribeiro.

Parceiro de Baleiro de longa data, Ribeiro celebrou ano passado 40 anos de carreira com uma turnê que passou por Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, além de São Luís e municípios do interior do Maranhão.

Artista engajado, cuja obra é desde sempre permeada por críticas políticas e denúncia social, Joãozinho Ribeiro acercou-se de parceiros e sob produção e direção musical de Luiz Jr. Maranhão, disponibiliza o ep com as faixas “Frevo desaforado” e “Chega de sofrência”.

“Frevo desaforado” faz referências a clássicos da música popular brasileira produzidos no Maranhão, a exemplo de “Oração latina” (Cesar Teixeira) e “A serpente (Outra lenda)” (Zeca Baleiro/ Ramiro Musotto/ Celso Borges), além de também tocar em feridas nacionais. “Chega de sofrência” é o protesto do compositor contra a onda de violência que paira sobre o Brasil sob a égide bolsonarista e a invasão de ritmos que ele considera alienígenas no carnaval.

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Ouça “Frevo desaforado”:

Serviço
O lançamento de “Frevo desaforado” acontece hoje (30), com audição pública do ep e ato político no Centro de Criatividade Odylo Costa, filho (Praia Grande), com entrada gratuita.
Dia 15 de fevereiro Joãozinho Ribeiro é um dos artistas convidados do 11º. Baile do Parangolé, que celebra os 41 anos da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH). A partir de meio-dia, no Solar Cultural da Terra Maria Firmina dos Reis (Rua Rio Branco, 420, Centro), com feijoada, concentração e desfile do Bloco do Parangolé pelas ruas do Centro de São Luís.
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