Tarsila Popular - As melhores exposições de 2019
Quadro "Trabalhadores", da exposição Tarsila Popular, entre as melhores exposições de 2019 - Foto Divulgação

Ao mesmo tempo em que tivemos tragédias na área museal, como a ameaça de fechamento do Museu de Arte do Rio (MAR), ainda não afastada, e do Museu do Amanhã, tivemos notáveis exposições em outras instituições. As artes visuais nasceram no meio das elites brasileiras, o que não é, em si, um problema. Tarsila do Amaral, entre as melhores exposições de 2019, mostra que consciência e espírito crítico não estão relacionados a classes, gênero ou raça. Neste ano, diversas exposições têm se caracterizado por lançar mensagens declaradas contra o fascismo em curso no País. E ao evidenciar a arte sendo feita nas mais diversas regiões brasileiras, o Brasil democrático e diverso segue resistindo.

1) (Re)conhecendo a Amazônia negra: povos, costumes e influências negras na floresta. Marcela Bonfim (fotografia). Na Galeria Sesc Deodoro, em São Luís.

Paulista de Jaú, formada em Economia pela PUC de São Paulo, a fotógrafa Marcela Bonfim só foi entender o que era racismo ao senti-lo na pele, ao enfrentar, com o diploma, o mercado de trabalho. Após um ano procurando trabalho e esbarrando no racismo, ela revelou-se fotógrafa e mudou-se para Rondônia, onde vive. As 33 imagens reveladas em madeira que compõem “Amazônia negra: povos, costumes e influências negras na floresta” revela a diáspora negra interna, de uma região desconhecida para a maioria dos brasileiros além dos clichês. (Zema Ribeiro)

2) Susan Meiselas, no IMS

A fotógrafa norte-americana trabalhou num registro de envolvimento dentro da atividade fotojornalística, com ênfase na sensibilidade feminina e na intervenção artística. Strippers, guerrilheiras, meninas de subúrbio, guerras e visões masculinas da sexualidade pontuam as fotos de Susan, uma paulada na consciência do nosso tempo. Linda mostra. (Jotabê Medeiros)

3) Tarsila Popular, no Masp

A mais ampla exposição já realizada da artista Tarsila do Amaral (1886-1973), figura central do modernismo brasileiro, resgatou o espírito dos modernistas, que perseguiam uma “identidade nacional”. Gerou longas filas nos quatro meses em que ficou em cartaz. (Eduardo Nunomura)

Veja os votos da equipe na lista “As melhores exposições de 2019”:

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