Anastácia, a Rainha do Forró

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Anastacia
A cantora Anastacia, a Rainha do Forró, campeã feminina em composições no Brasil

Algumas carreiras se constróem nas ondas da mídia, mas a carreira de mais de 60 anos da Rainha do Forró, Anastácia, a poucos meses de seus 80 anos, tem sido feita de muita ralação de bucho e arrasta-pés em todos os quadrantes e paredes de reboco.

No sábado, 21 de dezembro, no restaurante Feijão de Corda, em Taboão da Serra, é a chance de ver e celebrar a Rainha do Forró (e mais Alan Dias, Trio Sabiá, Fatel Barbosa e Luiz Wilson, O Forrozeiro Poeta). Entre pratos com baião de dois, pirão e cabrito, parte da história da música brasileira estará sendo recontada.

Anastácia, nascida Lucinete Ferreira no Recife, em 30 de maio de 1940, foi casada com Dominguinhos (1942-2013), que foi seu grande parceiro na música (escreveu mais de 200 canções com ele). Em 1969, ela lançou o disco Caminho da Roça, no qual tinha participação de Luiz Gonzaga nas canções Minha Gente eu Vou Me Embora e Feira do Pobre. Em 1973, Gilberto Gil, em parceria com Dominguinhos, gravou seu sucesso Eu Só Quero um Xodó, que teve mais de 20 versões. Em 1974, Gal gravou De Amor eu Morrerei e Angela Maria cantou Amor Que Não Presta não Serve Pra Mim, todas dela.

Foi indicada ao Grammy na categoria “álbum de música de raízes em língua portuguesa”, em 2017, pelo álbum Daquele Jeito. Prolífica compositora, foi gravada, entre outros, por Nana Caymmi, Marinês, Nara Leão, Elba Ramalho, Emílio Santiago, Zeca Baleiro, Fagner, Fala Mansa, Trio Nordestino, Quinteto Violado, Zizi Possi e Alcione.

Há 10 anos, durante apresentação na Virada Cultural de São Paulo, Anastácia discursou: “O povo paulistano ficará regojizado em saber que o Nordeste trabalha para todo o País. Para a gente, é difícil deixar o Nordeste, mas o povo paulista precisa saber que a gente só sai em busca de trabalho”, afirmou ela, antes de iniciar seu show com O Último Pau de Arara, composição dos pernambucanos Marcos Cavalcanti de Albuquerque (o Venâncio), Manoel José do Espírito Santo (o Corumba), e J. Guimarães (mais conhecido como Palmeirinha). “Vocês que estão aqui não vieram ver um cantor americano. Vieram ver uma cantora de cabeça chata”, brincou, antes de dar início a uma grande conspiração contra a cintura dura com baião, xote, forró de pé de serra, coco e outros gêneros.

 

FEIJÃO DE CORDA. Anastácia, Trio Sabiá, Alan Dias, Fatel Barbosa, Luiz Wilson. Sábado, 21, 21 horas. Praça Nicola Viviléchio, 287, Taboão da Serra, São Paulo. Informações e reservas: 11 4786-1550 e 3120-4765
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