Ney Matogrosso
Ney Matogrosso - Foto Marcia Hack

Depois de ficar cinco anos em cartaz com a turnê Atento aos Sinais, Ney Matogrosso estreou novo repertório no início de 2019, e agora o apresenta também nos formatos de CD gravado em estúdio e de DVD gravado ao vivo, sob o título Bloco na Rua. Num arco de 20 canções, o artista sul-mato-grossense de 78 anos começa vibrante com Eu Quero É Botar Meu Bloco na Rua (1973), de Sérgio Sampaio, e termina soturno com Como 2 e 2 (1971), que Caetano Veloso compôs do exílio londrino para Roberto Carlos cantar, e novamente atual: Meu amor/ tudo em volta está deserto, tudo certo/ tudo certo como dois e dois são cinco.

De uma ponta a outra, Ney faz desfilar temas raros de seu repertório (como Postal de Amor e Ponta do Lápis, lançados originalmente em duo com Fagner, num compacto em 1975, entre o fim dos Secos & Molhados e o início da carreira solitária), sucessos dos Secos & Molhados (Sangue Latino e Mulher Barriguda, de 1973) e da fase solo (Tem Gente com Fome, de 1979, e Coração Civil, de Milton Nascimento, que gravou em 1983).

No setor de temas inéditos ou pouco explorados na voz de Ney, há uma versão solene para Pavão Mysteriozo (1974), de Ednardo, Raul Seixas (a libertária A Maçã), duas canções da fase mais roqueira de Rita Lee (Corista de Rock, de 1976, e Jardins da Babilônia, de 1978), duas raridades de Itamar Assumpção e Alzira E (Já Sei e Já Que Tem Que), Paralamas do Sucesso (O Beco, de 1988) e um Chico Buarque recente (Tua Cantiga, de 2017). De 2014, Álcool (Bolero Filosófico), de DJ Dolores, sai do filme Tatuagem para colar passado, presente e futuro na voz incansável de Ney. – PAS

"Bloco na Rua", de Ney Matogrosso

Bloco na Rua. De Ney Matogrosso. Som Livre.

 

 

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