Jaloo, guarde esse nome. Melhor, pesquise sobre esse artista e comece a ouvi-lo. Ele é um dos nomes mais interessantes da nova safra criativa da música paraense. O DJ e produtor cultural tem se destacado na cena eletrônica brasileira com eletrizantes remixes misturando funk, kuduro, indian beat, carimbó, tecnobrega, pop e outros ritmos. Todos dançantes, todos periféricos.
Nascido em Castanhal, cidade a 70 quilômetros de Belém, Jaloo foi registrado como Jaime de Souza Melo Jr. Sua carreira musical é recente, porém meteórica. O jovem Jaime cresceu influenciado pelo brega, pelo carimbó e, claro, pelo tecnobrega das aparelhagens, ritmos que fazem a alegria da juventude nas periferias paraenses.
Na época do cursinho, um amigo lhe apresentou as cantoras Björk, Kate Bush e M.I.A. Apaixonou-se pela música eletrônica e pelo pop internacional. Passou então a dividir as apostilas com as aparelhagens e os bailes da saudade, onde o brega domina, e as raves que aconteciam perto da capital paraense.
De maneira tímida, começou a produzir algumas músicas com programas de computador bem simples como o Audacity. Ao assistir ao documentário Brega S.A., conheceu um dos programas mais usados pelos produtores de tecnobrega, o Fruity Loops. Foi um divisor de águas em sua vida.
Munido de uma nova ferramenta tecnológica, remixou a música “Rude Boy”, de Rihanna, com tecnobrega. Mas, antes de soltar a primeira música na internet, era preciso mudar algo mais. Em uma reunião com amigos, decidiu adotar um nome artístico. Jaloo se impôs.
Jamais poderia imaginar que, com uma simples divulgação nas redes sociais, a sua primeira música produzida no coração da floresta amazônica teria tanta repercussão. O remix foi parar no renomado site Mad Decent, do DJ Diplo.
Foi o suficiente para Jaloo querer mais. Fez um estágio na Rádio Unama, da Universidade da Amazônia, onde cursava publicidade. Foi lá que conheceu Rui Montalvão, do Coletivo Rádio Cipó, quando recebeu o incentivo para continuar nesse caminho singular. Depois recebeu o convite de Lewis Robinson, da Mais Um Discos, para remixar “Cira, Regina e Nana”, de Lucas Santtana. Passou a ser visto como o produtor que misturava tecnobrega com diversos ritmos.
Como muitos artistas periféricos desse continental Brasil, viu em São Paulo a chance de mostrar seu trabalho. As portas se abriram quando soube, por intermédio de um amigo, que um projeto sociocultural na capital paulista estava contratando produtores para operarem estúdios de música instalados nas comunidades. Foi quando se deparou com uma realidade completamente diferente do que estava acostumado.
“Assim como lá nas periferias das cidades que conheci no Pará a febre é o tecnobrega, aqui é o funk-ostentação que faz a cabeça da maioria dos jovens”, conta Jaloo. Surgia um novo desafio. Mas nada muito diferente do que já fazia em suas saladas musicais no norte do país. No projeto, incorporou a onda do funk paulista, produzindo alguns artistas como na música “Os Parças”, do MC Rickzinho, de Guaianases.
Jaloo também remixou divas do pop internacional e lançou o EP Female & Brega, que lhe rendeu críticas positivas em blogs e sites de música, entre eles o Papel Pop. Na semana de lançamento do EP, seu nome ficou em primeiro lugar entre os mais ouvidos no site Last FM.
O artista participou do evento Invasão Paraense, em Brasília, no qual, pela primeira vez, cantou e fez uma performance. Tempos depois teve o desafio de mesclar seu tecnomelody com funk, quando produziu a música “Prostituto”, que marca o retorno ao cenário musical da funkeira carioca Deize Tigrona. A música foi lançada internacionalmente dentro do CD Funk Globo, pela gravadora inglesa Mr. Bongo.
Em abril deste ano, Jaloo lançou o EP Couve, no qual canta e produz várias músicas que vão de Rihanna em “Diamonds” a Caetano Veloso, com “Baby”.
Em um show no Rio de Janeiro, Jaloo foi convidado pelo cineasta Candé Salles a conhecer Caetano Veloso, quando teve a oportunidade de cantar para o autor. Segundo o DJ e ídolo assumido do baiano, Caetano se mostrou muito impressionado e gostou da nova interpretação de uma das canções mais famosas da MPB.
“Caetano nos perguntava sobre essas coisas do nosso tempo,, com uma simplicidade que me fazia flutuar: ‘Exportar?’ ‘pra onde?’ ‘Como chama? Fruity Looping?’ ‘Wav…’. Acho que ganhei aquela noite quando ouvi Caetano Veloso falar ‘Fruity Loops’ o programa que me tirou de casa, me fez conhecer o Brasil,, e me fez conhece-lo, Caetano,,, Caetano…”
Jaloo pretende agora partir para uma nova fase musical, cantando e produzindo o primeiro tecnobrega em inglês. A música se chama “Downtowm” e promete vir com um “inovador” videoclipe. Aos 25 anos, esse artista ainda vai longe.
Eu o conheci por causa de um remix de “Xirley” que a Gaby Amarantos apresentou antes de lançar o CD.
Vocês acham maravilhoso tecnobrega, porque não tem que aguentar essas músicas até o último volume !
Levem pra casa e escutem o dia todo, e depois digam que acham que é maravilhoso !
Antonio Rocha HAUAHAUAHHAUAHA
vc que convive e conhece com certeza fala por experiência, então não seguirei seu conselho, NÃO levarei pra casa!!! hauahahaa
Não gostei , muito parado repetitivo e lento , há quem goste , mas gosto é gosto , onde que o autor viu “eletrizante” nisso? pelo amor.
Esse garoto deve usar mta droga….meu deus!!
É triste, mas as pessoas ainda não tem o ouvido necessário, o sentido musical dentro de si, a música é ESTUDO!
Parabéns artista paraense, Dj Jaloo! A vertente de um universo musical.
Preuiça de gente que acha que tem gosto “superior”, é gente que não entende de nada.
Tecnobrega ou brega, foi e é a realidade de quem nasceu e cresceu no Norte, o som dele já é um grande passo pro cenário musical regional e só mostra a riqueza do nosso país.