O que deu certo, deu errado e o que pode ser melhorado na comemoração dos dez anos do evento.

PONTOS FORTES

Viradinha Cultural – São Paulo precisa de mais espaços gratuitos para a diversão das famílias. As edições anteriores pecavam em atender a esse público. A programa foi variada e divertiu a plateia infantil. Uma ressalva, evitem os atrasos, e uma sugestão, cadeiras de plástico para o público. Quem tem filhos pequenos, 20 minutos de espera pode ser uma eternidade.

Curadoria – Houve críticas de que a programação deste ano foi mais “fraca” que a de anos anteriores. Sim e não. Com a transição de governos, a passagem de bastão acabou por prejudicar a preparação antecipada do evento. Mas em termos de atração não houve nada muito diferente das edições passadas. O processo de curadoria parece ter funcionado bem.

Transparência – Valeu o esforço por tornar público os preparativos. Nesse quesito, quanto mais publicidade, melhor.

Alimentação – As grades na frente das barracas funcionaram, mas o espaço da Avenida São Luís ainda ficou um pouco apertado.

Aplicativo – Melhorou em relação ao ano passado, mas deveria disparar alertas no celular próximo da hora das atrações escolhidas previamente.

PONTOS FRACOS

Atrasos – com tantas programações, o público podia até torcer para que um ou outro espetáculo não tivesse começado. Mas não dá para aceitar espetáculos que começaram com quase uma hora de atraso.

Iluminação – uma varredura nos dias que antecedem a Virada Cultural pode ajudar a verificar quais pontos merecem uma simples troca de lâmpadas ou um reforço policial.

Limpeza – foi rápida e eficiente, os banheiros químicos estavam relativamente limpos, mas quando se fala em mais de 4 milhões de pessoas nas ruas é preciso ser mais ousado. Uma campanha educativa para não urinar nas ruas seria bem-vinda.

Pistas e palcos escondidos – se a ideia é esconder algumas atrações, como pareceram alguns desses locais, por que montá-los? Será que o funk, por exemplo, ficou menor por que não agradou ao público ou pelo confinamento em uma pista escondida a que os artistas foram submetidos?

Ônibus circular – por que não criar linhas especiais que passem próximos dos palcos e facilitem a mobilidade do público?

Municipal – é, talvez, uma das atrações mais interessantes, mas quem não chega cedo não consegue um lugar. O telão do lado de fora é precário e o som, péssimo.

Interatividade – em tempos de realidade aumentada e redes sociais, o evento teria no público a sua melhor forma de divulgação, mas não havia estrutura facilitada para que isso acontecesse.

Policiamento – ou a Prefeitura e o Estado sentam e chegam a um acordo ou podem por em risco um evento que já faz parte do calendário cultural da cidade. Mas algo nesse quesito precisa ser elogiado: os policiais foram muito prestativos para orientar os espectadores a encontrarem os locais das atrações.

 

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Editor de FAROFAFÁ e da agência Amazônia Real, professor da Cásper Líbero, é doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo. Vê menos peças do que gostaria e muito mais do que pode publicar. Prefere exposições e livros do que as redes sociais.

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