fiquei caladinho até o último momento, porque eu mesmo estava custando a acreditar, só acreditava vendo. mas chegou esta semana às bancas “rc – emoções”, uma espécie de revista oficial dos 50 anos de carreira de roberto carlos, editada pela joyce pascowitch. lá dentro está, logo no começo, um texto da minha autoria, um super-hiper-mega-condensado sobre o que veio acontecendo na música brasileira em todos esses anos de existência de roberto carlos.
minha surpresa se deve ao fato de eu ser autor de “como dois e dois são cinco – roberto carlos (& erasmo & wanderléa)” (boitempo, 2004), um livro que até aqui tem sido largamente ignorado pela, er, “cultura oficial” brasileira. se tem sido assim, imagina só eu ter esperança de ter algum tipo de aval (e nenhum tipo de censura) do personagem principal – sonho meu, sonho meu, vai buscar quem mora longe…
mas não é que, oficialismos à parte, aconteceu algo interessante com esse meu amado “como dois e dois são cinco”?
já no dia de seu “nascimento”, o rebento recebeu o aval de wanderléa, que compareceu ao lançamento e ficou lá o tempo todo, maravilhosa, e depois esticou até à festinha chuvosa no fofo puteiro executivo’s, no centrão. o meu exemplar pessoal, o que guardo aqui em casa, tem dedicatória escrita e assinada por wanderléa, como se ela fosse (e é) a co-autora indireta do meu livro.
erasmo carlos também chegou a emitir alguns sinais bem indiretos, mas foi só quase dois anos e meio mais tarde que recebi dele um aval também indireto, mas formidável.
e agora isto. por um chamado da joyce acabei escrevendo na revista oficial do pai da matéria (pelo que ouvi e entendi, ele liberaria pessoalmente o conteúdo da revista, texto por texto, tintim por tintim)! bem, esse pode ser o indireto do indireto do indireto, mas acho que posso considerar como um tipo de aval, não posso? posso!