encontrei ontem numa caixa velha os prints originais de reportagem que escrevi em 1990, sobre viagem de cargueiro entre o brasil e a itália, entre o porto de santos (minha narrativa começa no porto do rio de janeiro) e o porto de livorno. eu usava cabelo comprido e jeans bag, o que tornava um cara feio e magricela ainda mais assustador.
considero a grande viagem até agora. foram 12 dias ao mar. levei uma máquina de escrever portátil verde, e também escrevi um diário.
para o jornal no qual trabalhava, escrevi 17 páginas, nem todas publicadas.
comigo, estava o nem de tal, fotógrafo e grande amigo que estava se mudando para bruxelas, onde estava a mulher dele, a belga marianne, e seus dois filhos.
era véspera da copa do mundo. meu filho nasceria em agosto. o collor tinha acabado de sequestrar a poupança, e nós só tínhamos dólares porque nos deram pouco antes do confisco.
resolvi republicar aqui, editando um pouco, o que julgo o melhor da narrativa (e olha que não aconteceu nada. fumamos no convés e torramos ao sol, eis tudo).
encontrei também um “contato” (tipo de prova fotográfica) com fotos do nem de tal. ampliei mal e porcamente, porque sei que hoje ele tá ocupado com a pousada em diamantina.
no próximo post, a primeira parte.

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Jotabê Medeiros, paraibano de Sumé, é repórter de jornalismo cultural desde 1986 e escritor, autor de Belchior - Apenas um Rapaz Latino-Americano (Todavia, 2017), Raul Seixas - Não diga que a canção está perdida (Todavia, 2019) e Roberto Carlos - Por isso essa voz tamanha (Todavia, 2021)

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