trago péssimas noticias para os que somos admiradores do spirit.
primeira: o filme não é bom. vi ontem em ny.
frank miller o tornou enfadonhamente autoreferencial, uma mistura de sin city com elektra com 300 de esparta.
tem bons momentos, que lembram o approach teatral dos grupos armazém e cemitério de automoveis, na movimentação dos personagens.
mas falta lirismo, falta humor.
o lado bom: as garotas do filme estraçalham (eva mendes engole scarlett johansson), o ator escolhido (gabriel macht) é o proprio spirit e a central city do filme é igualzinha a do eisner, até as bocas-de-lobo e as latas de lixo das ruas.
ebony não existe no filme, foi limado.
visualmente, é bonito pra cacete, mas é só isso.
falarei sobre isso mais tarde, com imagens.
nova york ferve, apesar do frio.
não vi as famosas filas de desempregados que alimentaram nossos telejornais durante alguns dias.
mas estou num hotel delirante, o waldorf-astoria, cuja diária mais barata é de US$ 300, e está completamente lotado.
convenções de todos os tipos, festas, limusines na porta.
não sei se é um sintoma da crise…
o avião da american airlines no qual vim para cá estava lotado de brasileiros.
estão por aqui, comprando em todo lugar.
estranha crise essa.
tem sinais, de fato, como as demissões na chrysler, mas será que esse sintoma não é o efeito colateral de golpes milionários, como esse de US$ 50 bilhões que descobriram de um financista chamado ma(l)doff?

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Jotabê Medeiros, paraibano de Sumé, é repórter de jornalismo cultural desde 1986 e escritor, autor de Belchior - Apenas um Rapaz Latino-Americano (Todavia, 2017), Raul Seixas - Não diga que a canção está perdida (Todavia, 2019) e Roberto Carlos - Por isso essa voz tamanha (Todavia, 2021)

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