confesso que fiquei assustado.

heath ledger fez um coringa terrível, homicida, psicopata, um cirurgião plástico do inferno.

é verdade, é diretamente saído de uma costela da história em quadrinhos A PIADA MORTAL, de alan moore e brian bolland, gibi fantástico de 1988. mas tem muito também de BATMAN ANO UM, de david mazzuchelli.

há muita coisa a favor desse novo batman. por exemplo: se o sujeito vai em busca de ação, não vai encontrar a ação que já se tornou clichê nos filmes do tipo, com a radicalização das lutas marciais de socos contínuos, aquelas coisas.
nada disso: não tem porrada ética nesse filme, é tudo golpe baixo.
se vai em busca de uma fantasia inteligente, capaz de balançar as convicções mais plácidas das multidões, vai encontrar.

há uns probleminhas de roteiro, coisa de nada (afinal, se o coringa é um psicopata, que comete homicídios em massa, porque na delegacia deixam só um sujeito, e desarmado, cuidando dele, e ele ainda sem algemas?).
tem uns diálogos também que não estão à altura.

mas, de fato, heath ledger faz a gente esquecer o coringa camp de jack nicholson.
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Jotabê Medeiros, paraibano de Sumé, é repórter de jornalismo cultural desde 1986 e escritor, autor de Belchior - Apenas um Rapaz Latino-Americano (Todavia, 2017), Raul Seixas - Não diga que a canção está perdida (Todavia, 2019) e Roberto Carlos - Por isso essa voz tamanha (Todavia, 2021)

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