desperta, américa do sul!

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hoje eu queria falar sozinho, mas como se estivesse conversando com as pessoas de quem mais gosto. hoje eu queria falar aos eleitores “decepcionados” de lula. hoje eu queria falar aos brasileiros que deram o voto mais maduro de suas vidas em nome da mudança, da construção de uma sociedade diferente, e hoje se sentem “órfãos”. hoje eu queria falar aos meus amigos que, entre tristes e tristíssimos, entre defensivos e agressivos, se dizem putos com o pt, me dizem que tudo acabou e que o pt tem de tirar o t dos trabalhadores de seu nome, porque “rouba” – e “trabalhador não rouba”.
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hoje eu queria soletrar a essas pessoas todas o t de traição, aquele de que não gosto, mas que, sim, me atormenta também. era a ele que eu me remetia no tópico elogios à “traição”: pra quê?, lá dos primórdios deste blog, 10 de fevereiro de 2005. reli-o indagorinha e constatei que acredito ainda mais no que já acreditava ao escrevê-lo, antes de irromperem os escândalos atuais do governo petista. convido a comunidade a relê-lo, pausa.
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pois bem. ouço pessoas das mais entusiastas de pouco tempo atrás enchendo a boca para falar que “o pt traiu”, que o pt trocou o t de trabalhador pelo t de traidor. uma ova, meus queridos companheiros, minhas caras amigas. o que possa haver de verdadeiro nessa proposição não passa da metade defensiva da história toda, que é muito maior e mais luminosa.
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ao que me conste, ninguém no brasil pegou em armas ou inverteu a ordem constitucional para conduzir lula ao poder. nenhum esquerdista ferrenho articulou-se junto dos seus para quebrar a ordem republicana e entronizar no poder o sapo barbudo, à força e às fuças da elite da nação. sua eleição se deu por um pacto nacional, em que pela primeira vez a horda popular concedeu se aproximar das opiniões dos autoproclamados “formadores de opinião” e “intelectuais” mais “esclarecidos” e “progressistas”. o candidato fez campanha de acordo com as normas eleitorais (anti)constitucionais, e nós votamos, “iludidos” em parte por nossos próprios sonhos, em parte pelo discurso cor-de-rosa que os publicitários engendraram. o povão converteu-se ao candidato que professava convicções que nossa patota sempre pregou, sempre quis, sempre esperou – mas esperou, constitucionalmente, pacientemente, de acordo com as normas anormais.
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(aliás, até este momento não vejo muita contrapartida. não vejo os “intelectuais” brasileiros acreditando nos saberes do povão que, afinal, subiu um degrau nos valores de nossa suposta “escadaria da inteligência”. não, na maior parte das vezes, nossos “inteligentes” se revelam a cada instante mais intransigentes, intolerantes e ignorantes que as gloriosas marocas, porocas e indaiás que vagam marginalizadas em todas as esquinas do brasil. ooops, esse já é outro assunto, ao qual voltaremos num próximo tópico.)
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como eu dizia, ninguém aqui pegou em armas para impor lula e romper com um ciclo escravocrata de 505 anos. votamos nele dentro dos princípios legais “democráticos” republicanos blablablá de nossa semi-escravocracia. votamos nele para que ele governasse dentro das regras políticas existentes – e foi o que ele fez, e deu no que está todo mundo vendo. é decepcionante, também acho, mas vai uma enorme distância daí até me declarar ludibriado, chocado, escandalizado e evocar a fúria santa de quem nem suspeitava que é desses modos que funciona há 500 anos a república dependente dos brasis e, de quebra, ainda exigia que as mazelas nacionais se dissolvessem num piscar dos olhinhos da lula. se é isso que queremos, nos resta esperar a fada sininho com seu condão, polvilhar pó de pirlimpimpim sobre a nação – ou afetar a indignação das virgens, ou, mais ainda, fundar a luta armada que vai apropriar o poder às mãos “revolucionárias” de stédile, heloísa helena, eduardo suplicy, edir macedo ou qualquer outro santo católico ou evangélico. sinto avisar aos meninos perdidos da terra do nunca que dará tudo na mesma, enquanto a pseudo-indignação moralista for a baioneta preferencial.
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mas, se queremos continuar falando na língua do pê da traição, que cada eleitor tome para si de volta sua cotinha de traição. eleger o atual estado de coisas dentro das regras postas e abandonar o barco que faz água à guisa da traição dos outros é, desculpem-me os mais queridos amigos, pura, líquida e cristalina traição.
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se não adotamos a perspectiva evasiva da traição, o que o atual governo vem fazendo, além dos “erros” que comete um atrás do outro, é reflexo diário da reclameira crítica ansiosa e intransigente e da sangria constante de militantes e eleitores, que foram desembarcando desde o primeiro minuto, de franciscos das oliveiras e heloísas helenas às novas levas de desertores que devem surgir mais e mais daqui por diante. quero dizer que todos nós, sejamos eleitores petistas ou locatários tucanos de mídia ou banqueiros de direita, somos co-autores do governo, no que ele tem de ruim e no que ele tem de bom. tirar o corpo fora não preserva ninguém, até porque não é o barco que pode destroçar nas pedras – o oceano inteiro está à deriva, se você, brasileirinho(a) indefesa(o) se portar como criança mimada que por falta de tinta não pôde pintar de ruivo o cabelo da boneca emília.
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é que traição com traição se paga, e eu não quero nem saber se quem nasceu primeiro foi o (p)ovo ou a galinha. a sanha acusatória é um espelho, todo espelho tem reflexo e o reflexo, embora invertido, é sempre “fiel” ao objeto que originou a imagem, nunca é “traidor”. lula é reflexo de você, xingar o espelho de feio-burro-bobo não resolve nada. não faz diferença nenhuma se quem começou a vendetta foi a traída coitadinha ou o traidor trator. deu tudo na mesma. se estreparam os dois. a instituição (o casamento) faliu. se quer a instituição preservada, trate de zelar por ela, pessoalmente, sem procuração e sem fingir que o casamentinho não era com você.
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mas, no meio do pânico pelo desconhecido em que já estamos mergulhados há três anos, parece que o mais evidente ninguém quer ver. a mudança, a tão sonhada mudança, está se dando em todos os planos, do mais dramático dos níveis aos detalhes mais ínfimos de nossas vidinhas (compute tudo que já mudou em sua própria vida nos três últimos anos, experimente fazer esse brinquedo um minutinho só – talvez se espante com o resultado, entre uma lágrima e outra pela mudança que não veio). enquanto isso, as pretensas viúvas virgens dos sonhos não atendidos só fazem reclamar e reclamar e reclamar de… traição. só lhes servia a mudança do exato modo como sonhavam, sem sangue nem carnificina, mas também, de preferência, sem ter de mover um fio de sobrancelha na santa face “imaculada”. por mais que pensemos que mudança nos olhos dos outros é veneno, o vendaval da mudança é, ele, sim, democrático. apanha a todas as crianças, não adianta fazer pirraça nem espernear os bracinhos para o ar.
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“nunca se vence uma guerra lutando sozinho, cê sabe que a gente precisa ficar em contato com toda essa força contida que vive guardada”, ecoaria mr. raul seixas.
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tanto se compara lula a collor, na atual voga vaga de viúvas virgens. não ocorre a ninguém que, sim, as lavagens públicas de roupa imunda se dão nesses dois governos por razões que não tem nada a ver com coincidências – mas também não com semelhanças especulativas entre collor e lula. quem promoveu tais faxinas fedorentas, caros amigos, foram os cidadãos que elegeram collor e que elegeram lula – foi o povo brasileiro, eis ele aqui outra vez, essa tão temida fera fedida de que nós, “formadores de abobrinhas”, só nos lembramos para sentir pena, dar (ou recusar) esmola no sinal, seduzir eleitoralmente, sentir medo-pânico-terror perante qualquer tentativa de aproximação. collor foi eleito, entre tantas razões, porque emergiu da obscuridade para falácia de “caçador de marajás”. lula foi eleito, entre tantos motivos, porque seu núcleo de militância fez história corpulenta pregando ética, correção, moralidade. o desejo coletivo de transparência e correção, manifestado nas urnas nas duas ocasiões, culmina nas duas grandes saídas coletivas de armário das pilantragens nacionais. em outras palavras, foi a gente, essa gente de quem se diz que “não sabe votar”, que solicitou, votando nesses caras, que as mamatas públicas fossem escancaradas. lula, assim como collor, cumpre o próprio mito. collor se afogou na própria imagem, porque era mero narciso. lula não é mero narciso, lula é a minha, a sua, a nossa imagem no espelho.
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pois então. sob esse prisma, lula está dando a vocezinho(a) que reclama tanto exatamente o que você pedia. é impossível que ele saia ileso dessa entrega e da cobrança que cada um de seus (não)eleitores lhe faz incessantemente, muitas vezes de forma cruel e auto-indulgente. a carne dele, que se sangra em público, é também a sua carne, a carne que depositou na carne dele suas esperanças e ilusões, a carne que faz suas trambicagens pequenininhas por aí e depois enche a boca de ovo para açoitar o land rover de silvio pereira. jabaculê é símbolo nacional, do mesmo quilate que pau brasil, saci pererê e roberto carlos, não adianta a gente se fazer de sonso imbecilizado, não adianta zurrar. o material humano de que são feitas esses miasmas todos, dos menores aos maiores, é o mesmo – é célula, tecido, órgão, cérebro, insegurança, medo, rejeição, erro, tolice, ignorância, intolerância, tolerância, nobreza, constrangimento, competitividade, impotência, potência, solidão.
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lula, eu tenho certeza, também se sente traído a cada vez que é apedrejado por um eleitor decepcionado, por um jornalista que não sabe direito o que quer o seu patrão, por camadas da população que projetam nele toda a carga de suas próprias frustrações cotidianas, pelos desamparados que querem vê-lo como super-herói (ou super-vilão), enquanto são iguaizinhos a ele, sem tirar nem pôr. nada de bom poderá sair desse tipo doentio de relação – se há um abismo à espreita, lula ainda está de mãos dadas com seus eleitores, na condução ao abismo. mas não é nisso que acredito, não é, não é.
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o que estou querendo dizer, se é que consigo agora condensar as idéias, é que o que interessa a uma nação que não tenha vergonha de si própria não é que o pt tenha sido eleito para mudar, mas tenha se atolado nas mesmas práticas pútridas de sempre. o que interessa a uma nação altiva é que, justamente no governo que se apregoou como o da mudança, os valores estão sendo todos revirados do avesso. estamos passando pelo frio na barriga da maior mudança de nossa história. me dirão (já me disseram) que lula não caiu porque quis nesse escândalo de saída geral do armário, que ele teria evitado isso se conseguisse. pode ser. mas estamos falando de simbologia, de espírito do tempo, de inconsciente coletivo, ou, melhor ainda e graças a deus, da emergência de um inédito “consciente coletivo”. como nunca, sabemos onde estamos pisando, e é desse terreno aparentemente movediço que daqui a pouco iremos emergir, eclodir, germinar, florescer.
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nada disso aconteceria num governo de elite, num governo de cabresto, num governo ditatorial – porque os teóricos-práticos das dependências se sentem à vontade e confortáveis diante do status quo que suas próprias impotências armaram. é incrível que nunca se avalie psicologicamente o semblante de lula, que não perceba o imenso desconforto exibido diariamente no rosto do flagelado que virou presidente. não é porque ele se sentisse desencaixado da vida de flagelado que ele não se sinta igualmente desconfortável na máscara do poderoso. lula é um desconfortado por natureza, e essa é sua certidão de sobrevivência e é isso que permite que estejamos vivendo com cores tão fortes mais esse episódio de lavanderia generalizada.
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isso significa, meus queridos, que o brasil está mudando de forma célere, vivaz, abrupta, emocionante. estamos numa montanha russa – e, segundo diziam os publicitários, era isso mesmo que o povo brasileiro queria quando topou, após quatro tentativas, eleger luiz inácio lula da silva (ou seja, se auto-eleger). tentamos eleger lula quatro vezes seguidas, e tanto tentamos que afinal conseguimos. não jogamos nosso voto no lixo, já não é mais hora (lá vou de novo na velha palavra podre) de trairmos a nós mesmos. fugir do barco depois que conseguirmos atingir objetivo tão esperado e dar uma de “eu não tenho nada a ver com isso” não seria só a velha e corroída “traição”. seria autismo, paralisação impotente fantasiada de indignação moral. elegemos lula para virar o brasil do avesso, eis aí todo dia o brasil virado do avesso. a mim, não importa que não seja do modo como eu sonhava nos meus idílios infanto-juvenis de que o super-lula viria para nos salvar e redimir a todos, rumo a um inquebrantável “felizes para sempre”.
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volto a dizer, o brasil está sendo virado do avesso em todos os aspectos, e as viúvas virgens só conseguem ver o lado negativo da mudança – é assim que o medo vencerá a maltrapilha esperança, se quisermos dar meia-volta no sonho e reconduzir ao trono quem mais compactuou com a farsa empolada de ocultar 75% da realidade dos “pobres” cidadãos dependentes do patrimonialismo e do paternalismo.
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mas, não, o brasil está mudando vertiginosamente, e para melhor. já reivindicam seu direito à igualdade dezenas ou centenas de grupos marginalizados da sociedade – reporte-se, no minuto que quiser, aos avanços de grupos de negros, homossexuais, favelados, esquizofrênicos, ciganos, rappers, deficientes físicos, funkeiros, religiosos alternativos, crianças, idosos, pedintes de rua (marocas, porocas, indaiás), presidiários, até se quiser as dondocas da hiper-daslu e outros milionários falidos, entre tantos outros subgrupos que possamos lembrar. a sociedade brasileira já não é tão vertical, e essa nova realidade só vem em desespero de quem se sinta superior demais em seus complexos de inferioridade. se você não é capaz de se sentir feliz ao ver três mendigas paraibanas emergindo da mendicância e da marginalidade, você não é capaz de se sentir feliz por si mesmo(a).
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à fatia da sociedade que conserguir mirar que a chegada desses novos cidadãos é fato positivo sem precedentes, sua chegada é notícia sensacional, espetacular, inédita – é também aos próprios segmentos resistentes às mudanças, ouso palpitar. estamos melhorando todos juntos, ninguém ficará de fora desse elevador que sobe um andarzinho a mais na escala de nossas seculares misérias coletivas. a escravidão há de acabar, a cada dia erguemos um fiapo novo para desmoronar sua fortaleza.
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as “maracutaias” (não foi lula quem cunhou esse termo?) estão vindo à tona uma a uma, mesmo quando grupos de lá e de cá tentam calar, chantagear e neutralizar jeffersons, valérios, dirceus, quem quer que seja. o desejo de sinceridade e transparência é maior que o desejo de ocultação e manutenção da ordem velha – e esse desejo está sendo construído aos poucos, não vem de hoje nem vai acabar amanhã (só para dar um exemplo íntimo, meu livro “como dois e dois são cinco”, escrito ao longo de três anos antes e depois da eleição de lula, é um confessionário maldisfarçado, diante do qual não posso me declarar “chocado”, nem quando “descubro” que o brasil é uma república federativa cheia de malas voadoras). foi esse desejo de transparência que elegeu lula, e é ele, virgens viúvos, que está sendo cumprido nesse final vertiginoso do primeiro governo petista, do primeiro governo lula.
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mais coisas? como revelou no jornal minha amiga laura mattos, hoje o norte também fica no sul. o equacionamento conflituoso entre elites que vêm e elites que vão não é um fenômeno local nosso, é também o que ocorre entre estados unidos e o mundo oriental, ou entre estados unidos/europa e américa latina/ásia (ó, mãe áfrica, onde estará você?). a distensão, que já causava terremotos ocidente-oriente (alô, 11 de setembro), também causa maremotos norte-sul. falo, por exemplo, da telesur noticiada pela laura, uma rede pan-americana do sul elaborada sob as asas de hugo chávez – são movimentos para reequilibrar o mundo (um pouquinho que seja), não para desequilibrá-lo. há tsunamis que vêm para o “bem”, há desejos de emergir da emergência por parte de todos os povos maltratados do mundo.
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também aí, no reposicionamento do brasil perante o mundo obtido por lula e alguns de seus mais valorosos colaboradores, está a realização de sonhos sonhados por dez entre cada dez “revolucionários” “progressisas” do passado. só na música popular posso citar uns 500, e nesta hora remeto ao segundo texto que existiu neste blog, o “che”, em cujas entrelinhas eu insinuava que todos nós, na américa não-estadunidense, temos hoje em dia um quê de che guevara e queremos um pouco mais de igualdade neste mundão de nosso(a) deus.
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não devo ter chegado a nenhuma conclusão objetiva, mas esse é o sentimento que me move, na procura incessante da derrocada da retórica da traição (& da dependência), para que eu possa um dia ser a voz de mim mesmo – e não das de patrões-máquinas que se chamem “estados unidos”, “elite”, “ricos”, “império de comunicações”, “indústria fonográfica”, “et – o extraterrestre” etc. porque de lula também já não quero que seja pai nem patrão – companheiro, prefiro companheiro. nem que seja de infortúnio (mas palpito que não será).
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para terminar, duas musiquetas velhas que espelham bem todos esses sentidos que, espero, me reúnam a meus amigos & não-amigos (“inimigo” é papo careta, sai dessa, neném – “o inimigo sou eu”, confirmariam os titãs do iê-iê-yeah). primeiro, “américa do sul”, de paulo machado, cantada por ney matogrosso em sua estréia solo (a solidão pode ser um tipo de independência, pois não?), “água do céu – pássaro” (continental, 1975). depois, “soy latino americano”, de zé rodrix e livi, do terceiro disco solo pós-sá-rodrix-guarabyra do cigarra-formiga zé rodrix, “soy latino-americano” (emi-odeon, 1976).
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“deus salve a américa do sul/ desperta, ó, claro e amado sol/ deixa correr/ qualquer rio que alegre esse sertão/ essa terra morena, esse calor/ esse campo e essa força tropical. desperta, américa do sul/ deus salve essa américa central/ deixa viver/ esses campos molhados de suor/ esse orgulho latino em cada olhar/ esse canto, essa aurora tropical”
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“não acordo muito cedo/ mas não fico preocupado/ muita gente me censura/ e acha que eu estou errado/ deus ajuda quem madruga/ mas dormir não é pecado/ o apressado come cru/ e eu como mais descansado. soy latino americano/ e nunca me engano/ e nunca me engano. meu caminho pro trabalho/ é um pouco mais comprido/ eu vou sempre pela praia/ que é muito mais divertido/ chego sempre atrasado/ mas eu não corro perigo/ quem devia dar o exemplo/ chega atrasado comigo. soy latino americano/ e nunca me engano/ e nunca me engano. é legal voltar pra casa/ mas eu não volto correndo/ quem tem pressa de ir embora/ no transporte vai morrendo/ e eu que não me apresso nunca/ pro meu bar eu vou correndo/ encontro a minha turma toda/ sentada na mesa dizendo assim: soy latino americano/ e nunca me engano/ e nunca me engano. quando eu abro a minha porta/ muita gente está jantando/ quando eu ponho a minha mesa/ muita gente está deitando/ eu me arrumo e vou pra rua/ e na rua vou achando/ muita gente que trabalha/ se divertindo e cantando. soy latino americano/ e nunca me engano/ e nunca me engano”

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Editor de FAROFAFÁ, jornalista e crítico musical desde 1995, autor de "Tropicalismo - Decadência Bonita do Samba" (Boitempo, 2000) e "Como Dois e Dois São Cinco - Roberto Carlos (& Erasmo & Wanderléa)" (Boitempo, 2004)

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