adubando dá!

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minha irmã mais velha, a myriam, hoje com 50 anos, é uma autêntica “outsider” (qual seria a palavra equivalente – mas positiva, veja bem – em português?). acho que por isso mesmo sempre acreditei piamente e sigo pela vida copiando várias dessas coisinhas que ela sempre “oculta” dentro das “maluquices” que fala.

por exemplo, olha só esse diálogo telefônico maringá-são paulo, que tivemos outro dia mesmo (e eu sei que cê tá entendendo que cada “e aí” que eu soltava personificava o pânico previamente sentido pela próxima resposta):

myriam: eu sou vidente.

pedro: é nada.

myriam: sou, sim.

pedro: então, se é vidente, me diz aí: o que é que vai acontecer com o lula?

myriam: ele vai ser corroído.

pedro: e aí?

myriam: vai esfarelar.

pedro: e aí?

myriam: a estátua vai cair.

pedro: e aí?

myriam: vai adubar o solo.

pedro: e aí?

myriam: vai brotar um monte de lulinha.

aaaaaaaaaaaaaaaaah. filosofia é poesia, bem dizia minha avó!!! dá um medão de ouvir essas profecias aparentemente macabras, mas me fala se não é lindo esse percurso (o próprio ciclo da vida) que começa na máquina corroída, passa pela areia esfarelada e termina no solo fofo adubado, germinando vida feito brotinho de feijão, broto de bambu e, ôôô, que broto legal?

lula é inevitável, já é fato consumado, queridos derrotistas e estimados mal-humorados. não há mais quem arranque as raízes que ele fincou na gente, e essa concretude já é o tronco forte e garboso da árvore grande, do pau-brasil.

podem gritar e espernear quanto quiserem, mas eu também quéli profetizar: sei por experiência e por investigação que já existem milhares de lulinhas incubados no quentinho por aí brasil afora, brasil adentro.

um dos mais inteligentes de todos eles que eu conheço estará falando livre, leve e solto nas páginas da “carta capital” desta semana (que vai sair no dia do meu aniversário, ê!), você não perde por esperar.

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