o dia em que elke maravilha quase apanhou de aracy de almeida

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era uma vez o programa do chacrinha na televisão.

diz que um belo dia o chamado “velho guerreiro” fez uma edição especial de seu programa de calouros, na qual competiriam ex-calouros que haviam ficado famosos no panorama nacional, como por exemplo joana (aquela do “meu namorado é um sujeito ocupado”) e paulo sérgio (por vezes detratado como “imitador” de roberto carlos, mas proprietário por usucapião do clássico pop “última canção”). cada competidor representava uma instituição de caridade, ou coisa parecida, e o prêmio daquele que vencesse seria transferido para a respectiva instituição.

aracy de almeida era jurada do chacrinha, e foi jurada naquele certame.

elke maravilha também.

aracy de almeida, maravilhosa, era totalmente apaixonada com o paulo sérgio (e nisso eu acho que ela estava certíssima, porque ele era um baita cantor mesmo – assim como a própria aracy também era, aliás).

elke maravilha, no dia daquele certame, tinha um cabelo deeeesse tamanho e uma pomba branca na cabeça – e era uma pomba de verdade, empalhada. uma pomba empalhada, mas de verdade. uma pomba da paz, mas empalhada.

havia outros cantores conhecidos competindo, quem mais, meu deus? estavam todos lá, inclusive a joanna, e o paulo sérgio.

e havia uma outra ex-caloura, uma moça que tinha recém-ganho a corrida de calouros do chacrinha. ela se chamava maria de fátima.

apresentados os platinados competidores, coube à jurada “do bem”, elke maravilha, decretar o primeiro voto. e ela pensou, ali com seus botões, que ia votar na maria de fátima. coitadinha, todo mundo ia votar na joanna ou no paulo sérgio, não ia sobrar voto para a maria de fátima.

votou.

“maria de fátima.”

os jurados que vinham a seguir eu não lembro quais eram (alguém lembra? estaria o pedro de lara presente naquele dia?), mas o fato é que eles vieram em seqûência a elke e vota, em seqüência, todos, na maria de fátima. “maria de fátima.” “maria de fátima.” “maria de fátima.” gente, todo mundo votou na maria de fátima! (será que esse episódio ajudou a indicar nome de batismo para a vilã de glória pires na novela “vale tudo”?)

aracy, jurada “do mal” e apaixonada com o paulo sérgio, ficou fula. teve certeza de que a “boazinha” da elke havia armado tramóia com os demais jurados para emplacar aquele diacho de maria de fátima contra o incrível paulo sérgio.

“ni qui” aracy deparou com elke nos bastidores do homem da buzina e do bacalhau, partiu com tudo por cima da loura alta que carregava a pomba branca da paz (embora empalhada) no alto do coco. maravilhosa, a morena atarracada e encaracolada estava disposta a pregar porrada no sorrisão branco da outra, hoje a cobra ia fumar.

a turma do deixa-disso teve de aparar o princípio de crise, se não um crash propriamente dito. um monte de homem teve que segurar a aracy, maravilhosa, porque ela ia encher a elke de porrada mesmo.

acalmados os ânimos nos bastidores globais, chacrinha, bem paxá, veio ralhar com a afilhada (a elke, não a araca): “mas elke maravilha, o que foi que você fez?!”.

elke arregalou aqueles olhões dela e armou o escudo defensivo: “painho! eu não fiz porra nenhuma!, eu votei na maria de fátima!, porque achava que eu ia ser a única!”. babado.

(mas e a rita cadillac?, teria a rita cadillac testemunhado todo esse quiproquó?, teria a rita cadillac incentivado sutilmente o duelo, com aquele seu dedinho de “roda e avisa”?)

depois a crise passou, até porque algumas crises são assim, vão-se embora do mesmo jeito que vieram. elke ficou na sua, nunca brigou com aracy, não se atreveu a tanto (até porque não era besta nem nada, né?). e logo a própria aracy esqueceu o entrevero, e tudo voltou a ser como dantes no quartel de abrantes.

e como é que eu sei disso tudo? agüenta um pouco aí, que eu já te conto.

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