pensamentos soltos para 2010

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Eu ando meio cansado de sentir vontade de começar a escrever, sabendo que no final vai sair um texto looooooongo e pretensamente profundo…

Noite dedicada a afro-latino-americanidades musicais ontem: Cascatinha & Inhana, Los Indios (“Quizas, Quizas, Quizas”), Trini Lopez, Chubby Checker, Charo, Perla, Barry Manilow, Brigitte Bardot en español (“El Cuchipe”), Miriam Makeba, Eddy Grant, Trio Los Angeles, Rita Pavone, Rita Cadillac, Stevie Wonder, Dolly Parton, Bonde do Rolê, coleção “Disquinho”… Delicioso…

Só se falou de Sean Não-Sei-Quem no final do ano, mas o que é essa história dos filhos adotivos do “El Clarín” na Argentina, hein?

Eu adoro a Cristina Kirchner.

É muito bacana ver a Argentina reelaborar Evita e o Brasil reelaborar Getúlio Vargas. A história NÃO se repete como farsa.

O que faz um cara que foi moldado desde o berço a ser “crítico” quando descobre que não quer ser “crítico”, pelo menos não daquele jeito que sua profissão e seu país consagraram?

É a tristeza queM some, morre o burro (“crítico”), fica o homem!

(Com 41 para 42 anos acho que já posso dizer que sou um homem. Pelo menos me esforço um bocado para.)

Fez agora oito anos que morreu Cássia Eller. O mais explosivo talento desperdiçado desde Elis Regina. Nunca paro de me lastimar por essa, e fico triste nos finais de ano (também) por ela.

A homofobia é mais venenosa que estricnina. A externa e a interna.

Eu respeito os suicidas (quaisquer, mas estou falando dos de fato).

A música brasileira está resplandecente de novo, só não ouviu quem não quis. E, não, eu não estou me referindo ao gosto pretensamente ditado pela sociedade média(ocre) desta Sidade de Ção Paulo.

Dói deveras dizer, porque há 18 anos faço parte desta massa, mas hoje Ção Paulo é uma das Sidades mais desgraçadamente atrasadas do Brasil.

Uma cidade que faz com seus rios o que fez a Sidade de Ção Paulo não se dá ao respeito. Por piores que sejam Serra e Kassab, não se pode tapar o pÇol com a peneira de culpá-los centralmente pelas enchentes nossas de cada dia.

Mas e pelos incêndios de favelas? É inacreditável que os jornaiÇ e as tevêÇ que ficam na encruzilhada da avenida Roberto Marinho com a ponte Octavio Frias de Oliveira finjam que esses incêndios não aconteceram e que não Çabem por que eles acontecem com tanta frequência.

Será que alguém algum dia vai se interessar por investigar e esclarecer os porquês de tantas emissoras de TV paulistanas foram destruídas por incêndios na alvorada pós-AI-5?

A que DeuÇ-dará anda abandonada esta Sidade de Ção Paulo, meu DeuÇ-padim-padre-Çíçero? Çerá por iÇo que ninguém mais te canta?

Falei do desânimo de criticar à moda antiga e me pus a criticar à moda antiga a insalubridade de Ção Paulo, ó, doída contradição?

Dorme o homem, fica o burro?

Eu adoro o Roberto Carlos e o Luiz Gonzaga. Luiz Gonzaga é o rei do iê-iê-iê, Roberto Carlos é o rei do baião. Chico Science também dói.

Nos próximos dias, farei jorrar aqui neste velho blog de guerra um tanto dos trabalhos escritos que fiz e foram publicados nos ultimos meses de 2010. Para preservar nossas memórias, tal como numa comissão de verdades relativas, se é que você me entende.

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