O Ministério do Turismo exonerou hoje o militante olavista Marcos Petrucelli, ex-braço direito de Sérgio Camargo na Fundação Cultural Palmares, do cargo de Diretor de Fomento e Promoção da Cultura Afro-brasileira. Extremista de direita, Petrucelli passava (a exemplo de seus superiores hierárquicos) seus dias nas redes atacando as políticas afirmativas e fazendo o elogio de seu mentor ideológico, Jair Bolsonaro, e espicaçando candidaturas rivais às do seu grupo político, como as de Ciro Gomes e Lula. Mais recentemente, dedicava-se a achincalhar o Supremo Tribunal Federal – chamou o ministro Alexandre de Moraes de “empregado de mafioso” e difundiu a fake new de que teria havido um encontro afetuoso entre o ministro e Lula (isso foi amplamente desmentido, a imagem que Petrucelli postou é antiga, da posse).
Petrucelli chegou a assumir funções de Sérgio Camargo quando este esteve à frente da fundação, por imposição de decisão judicial. Nessa ocasião, desdenhou da decisão judicial que afastou Camargo da gestão de pessoas da instituição sob acusação de assédio moral. É um mastim do ex-presidente Camargo, repetindo até suas barbaridades sociológicas – como a de que as atividades de afirmação racial seriam coisa de “negros vitimistas”. A foto acima é de um almoço entre Camargo, à esquerda, e dirigentes da fundação nomeados por ele (Petrucelli é o de camisa marrom, com os óculos escuros na gola; na extrema direita, está Marco Frenette, outro negacionista do grupo).
O momento político é de pânico, expurgos em cima da hora ou debandada no “politburo” cultural bolsonarista. O próprio Secretário Especial de Cultura, Hélio Ferraz de Oliveira, faz lobby para que seja agendada rapidamente sua sabatina no Senado Federal para ocupar um cargo de diretor na Agência Nacional de Cinema (Ancine), para a qual foi indicado por Bolsonaro. Em face da derrota iminente, os olavistas tentam se garantir no aparato de Estado para manter salários e benesses face à iminente derrocada eleitoral do bolsonarismo.
Abaixo, posts de Petrucelli:
