Autor de megahits como Agonia e Lume de Estrelas, sucessos de Oswaldo Montenegro, o músico Arlindo Carlos Silva da Paixão, o Mongol, foi intubado por conta de complicações da Covid-19, no Rio de Janeiro. Seu estado é considerado grave e deve ser transferido nesta quarta-feira, 5, para o hospital da Fiocruz, de referência no tratamento da Covid-19. Ele completou 64 anos no hospital, no segundo dia após a internação.
Mongol tomava diariamente, há um ano, o coquetel de “prevenção” da Covid-19 indicado pelo presidente Jair Bolsonaro – de 15 em 15 dias, segundo sua esposa Deborah Turturro, ele e ela tomavam 3 comprimidos de Ivermectina e Hidroxicloroquina, além de vitaminas D e C, zinco, selênio e magnésio. No dia 6 de abril, Mongol tomou a primeira dose de vacina da AstraZeneca e então suspendeu a ingestão dos comprimidos de Ivermectina, segundo Deborah.
Mongol tinha começado recentemente o curso de Pedagogia na UniRio, e seguia produzindo música com intensidade. Em janeiro, no Festival Canto dos Araçás de música online, ele inscreveu a canção Canto para Oyá, que ganhou como Melhor Letra. Ele cresceu em um cortiço no Grajaú, no Rio, filho de empregada doméstica, e tem uma carreira muito diversificada como ator, compositor e intérprete.