Foto: Ricardo Stuckert. Reprodução
Foto: Ricardo Stuckert. Reprodução

Ano passado um grupo de intelectuais brasileiros se uniu em torno de um projeto literário que ousava, já ali, denunciar a prisão arbitrária de Luiz Inácio Lula da Silva: organizado por Ademir Assunção e Marcelino Freire, o livro “Lula Livre Lula Livro” reuniu cerca de 90 escritores, poetas, religiosos, cartunistas e fotógrafos, num documento precioso.

Apesar do grito coletivo, a história é por demais tristemente conhecida: através de um processo viciado, baseado em “convicções” em vez de provas, o então líder das intenções de votos nas pesquisas eleitorais acabou preso por “motivo indeterminado”, sendo retirado da disputa eleitoral, pavimentando a estrada para a ascensão do neofascista Jair Bolsonaro, que acabaria eleito pelo voto popular, influenciado por fraudes de correntes de whatsapp, as popularíssimas fake news.

Os recentes vazamentos de promíscuas trocas de mensagens via telegram entre membros do Ministério Público e do Poder Judiciário, notadamente o “power point man” Deltan Dallagnol e o ex-juiz Sérgio Moro – que acabou se tornando Ministro da Justiça e Segurança Pública do governo militar/izado de Jair Bolsonaro, evidenciando uma escancarada troca de favores – reafirma o caráter eminentemente político da prisão de Lula e os interesses que o mantêm sequestrado em cárcere.

A vigília Lula Livre, em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba, não arredou pé desde que o ex-presidente ali chegou. Por todo o país, artistas têm se mobilizado em torno da causa, com destaque para o Festival Lula Livre, realizado em São Paulo mês passado.

O poeta maranhense Celso Borges, um dos autores presentes em “Lula Livre Lula Livro”, teve o poema “Now” musicado pelos parceiros Alê Muniz e Luís Lima, com a interpretação plural de Dicy Rocha, Santacruz, Célia Sampaio, Alê Muniz e Preto Nando.

A música recentemente ganhou um singelo videoclipe, com edição de Clarisse Borges, filha adolescente do poeta. Para gritar, em som e imagem, o quanto é necessária e urgente a liberdade de Lula: agora! Now!

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