Brasil, anos 2000: do aboio ao sonar, parte 1

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Quase dá vontade de pensar no “Zé do Caroço” de Leci Brandão, “está nascendo um novo líder/ no Morro do Pau da Bandeira”. Mas estamos aqui mais no território dos filhotes de Gilberto Gil – do Gil tropicalista de quatro décadas atrás e do Gil ministro do Min(im)istério da Cultura de oito ou menos anos atrás.

Agora mesmo, enquanto a gente pisca o olho, está nascendo um novo tipo de artista da música, em vários cantos do Brasil. A velha indústria desmoronou, um disco não vale mais um tostão etc. e tal. O mineiro nascido no Piauí Makely Ka é um entre dezenas, centenas, se não milhares e milhões, de zés do caroço da música brasileira dos anos 2000. Eles crescem em muitos morros do pau da bandeira, e talvez você e eu nem tenhamos os notado ainda, principalmente se estivermos ocupados demais resmungando de “como anda parada a música brasileira” ou de que “já não se fazem mais chicos e caetanos como antigamente”.

Você terá de acreditar em mim para continuar neste texto e acompanhar a entrevista relativamente longa que se segue. Mesmo que nunca tenha ouvido falar de Makely Ka. Mesmo que não entenda por que um paulistano nascido no Paraná vai parar no Acre entrevistando um mineiro que nasceu no Piauí, para que ele fale de sua música (que música?) e de sua atuação política (hein?, atuação política?).

Lado a lado com a Cooperativa da Música do Acre, Makely é um dos organizadores do I Seminário Nacional de Cooperativismo Musical, que acontece aqui em Rio Branco. Presidente da Cooperativa de Música de Minas Gerais, ajuda a reunir zés do caroço como ele, que antes viviam invisíveis em seus respectivos paus de bandeira. A prática (não se trata uma teoria), em tudo oposta às das antigas gravadoras de discos e editoras de “direitos”, aposta num desenvolvimento colaborativo – e não competitivo – de cada um de seus mais de 300 associados. Makely afirma, alto e bom som, que deve muito do despertar disso que poderíamos chamar de artista-cidadão à semeadura inaugurada por Gilberto Gil à frente do MinC.

Evidentemente, não estamos aqui para falar de política (estamos?). Eu conhecia os discos de Makely e seus parceiros em Minas, mas os ouvia talvez com aquela cara tipicamente paulista de muxoxo, meio de bode com o que me parecia, à distância, mais alguma safra indigesta de MPB universitária (como se MPB já não fosse universitária desde o berço…).

Aqui, além de debates e discussões que não param o dia inteiro, pude assistir a um show do artista no lindo Cine Teatro Recreio. Além do discurso literário-musical espirituoso (e da militância político-musical, que eu também conhecia de longe), me vi transportado – pelos violões (e viola caipira), pelas sonoridades mouras, africanas e nordestinas, por certas letras que cutucam um diálogo com os muitos Brasis que o Brazil com Z não conhece – a uma das escolas mais vigorosas de música brasileira e mineira.

Não, não estou falando do clube da esquina, mas sim de um saber musical que, por falta de nome, batizo por um instante de escola Bosco-Blanc, escola mineira-carioca dentro da qual cabe bem mais que um país. Os espectros do João Bosco e do Aldir Blanc, principalmente daquele samba-MPB popularíssimo das décadas de 1970 e 1980, habitaram nessa noite o teatro de madeira da capital do estado natal de João Donato.

No show, houve rap, e ciranda, e martelo, e aboio, e (sim) MPB, e moda de viola, tudo na cadência bonita dos (não-)sambas dos zés do caroço. E houve “Código Aberto” (o título já diz muito), que integra e atualiza o “tudo é perigoso/ tudo é divino, maravilhoso” do ex-ministro tropicalista em “sei que viver é perigoso/ nunca houve uma época segura/ o perigo também é prazeroso”.

Mais uma vez, tenho a pedir, qual um jornalista-político, seu voto de confiança para estar atento e forte para as palavras e histórias que vêm abaixo – até sobre uma história pouco popular na “grande” mídia, sobre um tal manifesto do cantor e compositor Sérgio Ricardo (aquele que quebrou o violão em 1967) que Chico Buarque a princípio subscreveu e depois voltou a trás, supostamente a “pedido” da irmã hoje chefe do minimistério da (contra)cultura, Ana de Hollanda.

Ainda que nunca tenha ouvido falar de Makely Ka, aí abaixo vai um resumo de assuntos presentes, essenciais para todos nós que gostamos de música etc., e a história dos melhores anos de nossas vidas, estes nos quais os brasileiros temos aprendido a nos portar como adultos e a gostar de nós mesmos como somos, não como outros (não) gostariam que nós (não) fôssemos. A nova música brasileira está viva e pujante no coreto da praça, mas é preciso ter olhos e ouvidos bem abertos para não ficar apenas esperando ela passar, carolina ou lindoneia, pela janela imóvel.

Pedro Alexandre Sanches: De onde vem seu nome? É verdadeiro?

Makely Ka: É, meus pais criaram os nomes. Eu sou o mais velho, Makely, aí vêm Makeline, Makênia, Maken e Makeber. Quando os irmãos nasciam, eu e minha irmã fazíamos as listas e íamos pro hospital pra minha mãe escolher. Eles falam que foi um filme que eles viram, mas dizem que isso é uma mania de famílias nordestinas. O Ka eu incorporei, é uma homenagem a um poeta russo, Klebnikov, que tem um livro chamado Ka, que inspirou os futuristas.

PAS: Qual é o sobrenome verdadeiro?

MK: É Oliveira Soares Gomes.

PAS: Você nasceu no Piauí?

MK: Nasci em Valência do Piauí, no sudeste do estado, a 300 quilômetros de Teresina. Meu pai é do Piauí, foi trabalhar em Brasília, como operário. Foi transferido pra Belo Horizonte, e de lá, visitando o interior do estado, conheceu a minha mãe, que é de Barão de Cocais, próximo ao Parque do Caraça. Casaram e foram pro Piauí, depois voltaram, e eu fui criado a partir dos 3 anos em Minas. Depois descobri que eles voltaram pro Piauí porque minha mãe se casou grávida, e minha avó materna, beata, não podia saber. Eles ficaram escondidos numa fazenda, pra anunciar que eu tinha nascido três meses depois, pra dar o tempo.
Minha irmã foi registrada um mês depois, porque ela tem uma diferença de 11 meses de mim, não daria tempo. Essa fraude durou até recentemente (risos).

PAS: Você sabia seu aniversário errado?

MK: A vida inteira era errado. Com 20 e poucos anos a gente descobriu. Minha irmã fez o mapa astral e não batia nada, ela falou: tem alguma coisa errada.

PAS: Sua avó está viva? O que ela achou o que ao saber?

MK: Está viva. Ela não sabe ainda (risos).

PAS: Ela não deve ler FAROFAFÁ

MK: (Risos) Tenho dois aniversários. O real é 26 de junho – gosto muito dessa data, é a data do Gil, e descobri que ele fez uma música no dia que eu nasci. E tem a outra data, que é 26 de setembro, comemoro as duas.

PAS: Sobre etnia, vejo que você é misturado, mas não sei de quê.

MK: É, tem um pouco de árabe, negro, índio e português. Quando vou pra Europa, na Espanha, eles me consideram árabe. Aliás, a única vez que senti algum preconceito foi lá. Eu estava no metrô em Madri, com uma mochila pesada, e tinha um banco com um árabe caracterizado, e ninguém sentava com ele. Eu estava pesado, fui sentar do lado, ele fez um gesto de gratidão, e todo mundo ficou me olhando, todo mundo se afastou, ninguém chegou perto. Eu nunca tinha sentido isso.

PAS: Como e por que a música entra na jogada?

MK: A família do meu pai é uma família de vaqueiros, que têm uma tradição de aboio. Tenho essa relação muito forte com a música nordestina e o aboio por essa tradição familiar. E da parte da minha mãe tenho um tio que tinha uma escolinha de violão, e eu aprendi com ele. A gente tinha uma formação de música brasileira, a gente aprendia a tocar as músicas, mas no colégio, nos anos 1980, não podia tocar música brasileira. Era considerado cafona, brega. Mas eram as músicas que a gente aprendia, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Chico Buarque.

PAS: Levava vaia se tocava?

MK: A gente nem tocava, já tinha uma pré-censura. Na adolescência, eu ouvia rock’n’roll, camisa preta, teve aquela negação.

PAS: Você foi pego ali, no manguebit? Qual é sua idade?

MK: Eu tenho 36, ou 35 pela outra data (risos). O manguebit possibilitou um desenvolvimento de carreira de novo, fazendo música brasileira, sem estar ligado a um nicho tão específico.

PAS: O show que vi ontem (quinta-feira) é brasilidades de todos os lados… Mas você está dizendo que já foi roqueiro de camisa preta. Você teve que fazer algum tipo de ruptura?

MK: É, no início dos anos 1990, aquele momento do grunge, a gente ainda estava naquela rebordosa do rock Brasil, e e a música brasileira ainda não estava tão liberada. Ela nunca deixou de ter prestígio, mas foi perdendo público, perdendo espaço na imprensa. Nesse sentido acho que o movimento mangue recupera.

PAS: Mas aí a axé music também, por outro viés.

MK: Também, a axé music, como diz Jorge Mautner, é uma tradução do tropicalismo, que ela traz pra grande massa. A importância do manguebit é que ele traz a crítica, traz o intelectual de novo pra pensar a música brasileira dentro dessa perspectiva. Teve um período que a gente ficou sem essa crítica, né? É muito significativo o aval tanto do Ariano Suassuna quanto do Hermano Vianna, que são talvez extremos da coisa da brasilidade, um que recusa tudo e o outro que considera tudo.

PAS: E você foi para a formação musical tradicional?

MK: Não, eu nunca estudei música, sou analfabeto musical Fiz faculdade de filosofia, a música foi uma relação que veio da poesia. Comecei em 1998, lançando um livro de poesias, depois comecei a musicar uns textos e a fazer uns espetáculos de poemas falados, com uma cantora que me acompanhava, Sílvia Gomes. Entrei nesse universo da música mesmo depois que estudei em Ouro Preto, fui pra Belo Horizonte e comecei a atuar. A gente morava numa casa que dividia entre vários artistas, atores, cineastas. E teve um momento que a gente considera inaugural dessa nossa cena mineira, belo-horizontina, que foi o Reciclo Geral. Em 2002 a gente montou uma mostra de composições inéditas, que reuniu mais de 70 músicos, só com novos compositores apresentando só músicas inéditas. A gente fez no espaço dos catadores de papel, o Reciclo Geral era uma forma de incorporar a noção de reciclagem que eles estavam propondo. Tinham acabado de inaugurar esse espaço, faziam o cenário e a gente propunha uma nova música reciclada, devolvendo tudo que a gente tinha ouvido.

PAS: Havia uma comunicação real com os catadores? Em geral classe média faz música, mas não convive com o pessoal que faz rap, por exemplo.

MK: Havia, porque o espaço foi criado por eles. A gente fazia oficinas de música com eles, e eles davam oficina de reciclagem de material pra gente. Era muito interessante.

PAS: Isso me lembra esse seu rap que você pontua no show, “você me diz que é artista/ artista você não é”…

MK: Isso foi uma brincadeira com a minha avó, de ela sempre falar: “Mas, meu filho, você já arrumou emprego?”. E eu: “Mas, vó, eu trabalho com música”.

PAS: É a mesma avó que não pode saber que sua mãe casou grávida?

MK: É (risos). “Mas vó, eu trabalho com música.” “Mas eu nunca te vi na televisão, meu filho.” “Mas vó, a gente aparece na TV Cultura, na TV Minas, a senhora só assiste Globo e SBT, a gente não vai aparecer no programa do Faustão nem do Ratinho.” “Meu filho, você fica fazendo isso, mas arruma um cartão pra bater.” Enfim, aquele foi nosso momento inaugural, também porque a gente começou a se posicionar como artista num estado que tem esse peso quase esmagador do clube da esquina. Naquele momento não tinha interlocução nenhuma com eles. A geração do pop também não tinha essa interlocução. Hoje, talvez a gente tenha mais interlocução com o clube que com a geração Skank, Jota Quest e Pato Fu. Com o clube a gente teve interlocução, também porque em 2003 eu e mais dois compositores, Kristoff Silva e Pablo Castro, lançamos um disco-manifesto claramente inspirado no clube da esquina, mas também negando ele um pouco, como uma forma de diálogo de geração.

PAS: Vocês classificaram como um disco-manifesto mesmo? Atualmente todo mundo foge desse rótulo…

MK: É, porque a gente reuniu aquela geração, era programático.

PAS: Qual era o manifesto, resumindo?

MK: A gente propunha “A Outra Cidade”, porque Belo Horizonte sempre era a cidade que estava fora do circuito, que não tem uma tradição reconhecida, tanto que todo mundo foi pra fora pra ser reconhecido lá em Minas.
A gente estava falando de outra cidade, que estava ali e não era cartão postal. A gente fala da rodoviária, dos camelôs, de uma outra relação com a cidade. Belo Horizonte não tem isso que o Rio e São Paulo têm, de os músicos gostarem de falar da cidade. A gente falou: não, a gente tem uma cidade, a gente vive aqui.

PAS: De longe, de São Paulo, e sem entender muito nem me interessar muito, me pareceu mais uma turma de MPB tradicional surgindo. Começo a achar que estava enganado…

MK: Eu vinha dessa formação com a poesia, com a música nordestina, e vinha sendo muito solicitado pra fazer letras. Tem muito pouco letrista atuando. O Kristoff é um cara que tem formação acadêmica e é uma referência pra todos os músicos, tem um trabalho de excelência como cantor, harmonizador, instrumentista, professor da UFMG. E o Pablo é um cara que vinha da experiência da noite, tinha uma banda cover dos Beatles, mas tocava todo o repertório do clube da esquina, João Bosco, Edu Lobo. Ele falava da música 3 do lado B do disco do Beto Guedes de 1974, nem os caras lembram mais o que é isso. Eram formações muito diferentes, e a gente juntou e chamou todo mundo que a gente conhecia naquele momento pra tocar no disco. Tem faixas que têm a Orquestra Mineira de Rock, grupos de percussão, quarteto de cordas, cravo… Tinha essa diversidade, mas basicamente a proposta de trabalhar a harmonia, a escola harmônica mineira, dentro dessa concepção nova que a gente vinha trazendo.

PAS: Esse foi o seu primeiro disco?

MK: Foi, mas eu já vinha fazendo um trabalho com a Maísa Moura, a gente lançou um disco juntos, Danaide, em 2006.

Quando fiz Autófago, em 2008, fiz um disco com uma pegada mais rock’n’roll. Ele veio no mesmo ano que o Kristoff também lançou o disco dele, com cinco músicas minhas. A gente tem um diálogo, uma espécie de competição saudável, eu não podia lançar um disco de MPB no mesmo ano que o Kris estava lançando um disco. Ele canta e toca muito melhor do que eu. E aí eu fiz um disco mais político, mais barulhento. Não que fosse um disco pensado a partir do disco dele, mas depois fui perceber que foi uma forma de distanciar. Enquanto ele fazia um disco com quarteto de cordas, eu fiz um disco com duas guitarras sujas, barulhento, com palavrão, e uma pegada política mais forte. Minas é um estado muito conservador, é uma forma de provocar. “A Outra Cidade”, que gravei no Autófago, tem um texto chamado “Linha Branca”, que é uma crítica bem-humorada até, a uma certa cristalização política no estado de Minas. Tive problemas com ela, de tocar no jornalismo da TV Minas, ao vivo, e oferecer ela pro governador.

PAS: Ao governador Aécio Neves? E o que aconteceu?

MK: Ao Aécio. Aconteceu que sou persona non grata no jornalismo da TV Minnas, a TV de cultura do estado. Até faço outros programas, mas esse não, por eles acharem que foi uma falta de respeito… São essas coisas que incomodam, mas é a nossa função também, né? (Recita o texto, meio em tempo rápido de rap.) “A cidade não explode, mas não se contém/ ela cada dia tem mais carros, sem metrô nem trem/ esse trânsito catravo entra em colapso/ um espaço entre as carcaças convida ao esbarro/ se eu não morro eu me mato de nervo ou cansaço/ mas não ando a pé aqui no sol, no céu, mormaço/ eu não reconheço, eu não tenho salvo-conduto e o governador planeja um novo viaduto/ quem tem grana sai da selva/ a salvo em condomínio/ quem não tem tem de render o seu salário mínimo/ eu me pico, eu me capo, eu me regenero e uma puta não é páreo pro meu aparelho/ eu me culpo, mas escapo de papo Lutero se chuto a santa/ taco fogo em monastério/ queimo o sacripanta, abro conta no estrangeiro/ e quem é contra eu mando pro chuveiro/ eu sou o único que presta no país inteiro/ esse é o novo código de conduta do Brasil real de um neto filha da puta do homem cordial”.

PAS: E você dedicou ao governador?

MK: É. Aconteceu uma situação curiosa, eu fui tocar em São João del Rey, na terra do governador. A gente ficou com receio, mas fizemos a música. Quando estava no camarim, chegou um senhor mais velho, sério, e falou: “Eu não concordo com aquele texto”. A gente ali no berço, todo mundo ficou atento, nossa, e agora, o que vai acontecer? “Tudo bem, tem direito de discordar, mas por que você discorda?” “Porque o avô também era filha da puta”, era um inimigo político deles. Todo mundo riu.

PAS: É fato que no governo Aécio existiu um sufocamento, como também em São Paulo, em que ninguém pode se expressar na “grande” mídia fora dos domínios do PSDB?

MK: É, tem, é quase uma paranoia. Independente do governo, ele vai exercer o poder de autoridade. É a função do artista, da sociedade civil como um todo, se manifestar.

PAS: É uma questão importante, porque nos dois estados, Minas e São Paulo, o PSDB se coloca como o poder civilizado, que não reprime, não censura quem não está alinhado com as convicções deles. Mas é mentira, um coronelismo supostamente “civilzado”.

MK: É, isso é uma questão muito combatida. Por exemplo, a gente não tem uma força jornalística que se contraponha. São Paulo tem projeção nacional, se a Folha de S.Paulo coloca uma coisa todo mundo vem e bate. Se O Estado de Minas coloca uma coisa, ninguém bate.

PAS: Mas a Folha nunca coloca nada grave que seja contra o governo do próprio estado.

MK: É, esse posicionamento não é saudável. Existe esse tensionamento. A gente, por exemplo, como Fórum de Música de Minas, tem uma parceria com o governo do estado, o que não impede de artisticamente a gente se manifestar e ter um posicionamento político contrário. A gente está discutindo agora a formação do Conselho Estadual de Cultura, e ali a gente tem uma posição contrária à da secretaria, e isso é saudável. A gente está em todos os espaços, então não tem essa conversa de que a gente está fazendo crítica irresponsável. Eu faço a crítica na música, mas estou lá na audiência pública, na mesa, debatendo essa crítica.

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