depois de tanto download, um disco velho de vinil. olha só que novidade incrível a indústria fonográfica nos aprontou desta vez.

a sony music (ex-cbs, ex-sony bmg etc.), que nunca colocou assim em primeiro plano o próprio acervo, resolveu não sei se tentar correr atrás do prejuízo ou de um naco desse prejuízo todo de que temos falado nos últimos vários tópicos.

pelo blog do mauro ferreira, eu tinha ficado sabendo que vão reeditar, finalmente, três álbuns até aqui desaparecidos da discografia de milton nascimento – são “yauaretê” (1987), “miltons” (1988) e “txai” (1990), entre mais outros três.

agora chega aqui à redação (jabá?) uma esquisitíssima sacola grandona (daquelas que empacotavam velhos discos de vinil quando eu ainda não era jornalista), ornamentada com o logotipo da (já extinta) sony bmg. e o que sai de dentro da sacolona? cinco discos de vinil, novinhos em folha!

eu havia recebido (e não tinha entendido direito) o comunicado da sony sobre a série “meu primeiro disco”, que propõe recuperar, “em um kit que traz o lp original com áudio remasterizado, cd em formato de mini-vinil e reportagens e fotos da época do lançamento dos discos”, 30 discos de estreia de figuras que a gente conhece de outros carnavais.

não consegui descobrir quais são os 30, mas os que chegaram aqui são os seguintes, em ordem alfabética:

chico science & nação zumbi, “da lama ao caos” (1994)
engenheiros do hawaii, “longe demais das capitais” (1986)
inimigos do rei, “inimigos do rei” (1989)
vinicius cantuária, “vinicius cantuária” (1982)

e, fora da ordem alfabética,

joão bosco, “joão bosco” (1973).


e os projetos gráficos são realmente caprichados, e tem as letras, e fragmentos de notícias de época sobre os discos, e os textos históricos são de (ele de novo) mauro ferreira. e dentro vem um disco de vinil, de verdade!

e seis dos arranjos originais do primeiro lp de joão bosco eram (ou melhor, são) do maestro rogério duprat, ninguém mais, ninguém menos.

e eu fico olhando os sulcos pretos de um vinilzão recém-lançado no b-r-a-s-i-l, e eu fico achando que o mundo está realmente de cabeça para baixo e que o norte mudou mesmo para o sul.

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