sexta-feira, março 29, 2024

O Rock in Rio e a morte da política

Amigo meu disse que o Rock in Rio simboliza a morte da política. Ele não desenvolveu, mas achei a ideia intrigante e resolvi aprofundar. Estive lá no final de semana (o Rock in Rio recomeça nesta quinta-feira, 24/9) e colhi amostras para análise. Primeiro, devo advertir que não sou um hater por vocação, não falo mal por impulso ou para...

Zona zen

Por falar na #MarchadaLiberdade, eu tava aqui pensando, pensaaaando... Pensando, pensando... Tem uma única pessoa no mundo que eu sei que me bloqueou no Twitter, sabe quem? Foi a @LitaRee_real, a Rita Lee... É... Essa doeu, ai..., doeu, ai, ai... Sobrou pra mim o bagaço da laranja... Mas não tem nada, não (nem tem o meu violão, que eu não toco...

“Expõe pra queimar!”, defende o Black Pantera

Black Pantera - foto soundcloud Black Pantera
Em ininterrupto processo de conquista de espaço, a causa antirracista no Brasil alcança um meio quase sempre branquíssimo, o do heavy metal, nas figuras dos três integrantes da banda mineira Black Pantera, Charles Gama (vocais e guitarra), Chaene da Gama (baixo) e Rodrigo Augusto (bateria). O combate é explícito na letra e no videoclipe do novo "Fogo nos Racistas", composição do trio com letra de...

Som Imaginário 2012, sem cenouras

A novidade surgiu discreta, mas com pinta de potencial evento histórico: o Som Imaginário ia se reunir, 42 anos após sua fundação. Som Imaginário foi uma banda de existência curta, entre 1970 e 1974, mas que deixou marcas indeléveis na música brasileira moderna, em três discos individuais históricos e acompanhando shows de Milton Nascimento e Gal Costa, entre outros. Originalmente,...

Elza Soares contra os homens

Os versos são de Vinicius de Moraes, o poetinha ex-diplomata que nunca chegou a ser o mais progressista dos brasileiros. A música é de Baden Powell, que no final da vida extirpou a palavra "saravá" de suas canções e substituiu os antigos cantos de candomblé pela religião evangélica. Transtornado por Elza Soares, o "Canto de Ossanha" (1966) de Baden e Vinicius constituiu-se, para boas entendedoras,...

Leonard Cohen e o teto do abismo

Leonard Cohen, Tom Waits, Gil Scott-Heron, Lou Reed, Johnny Cash: algumas vozes, na música popular, soam diferentes de outras, como se não existissem para preencher um espaço na canção, mas para usar a canção como um espaço de sua autoridade, tornando-a um território sagrado. Não só pela guturalidade, pela aparição tonitruante, pelo grave cerimonial, mas pela própria presença física...

Lobão, patafísico

O Manifesto do Nada na Terra do Nunca é o percurso patafísico de Lobão. Só com o conhecimento das verdades absurdas e ridículas pode-se explicar algo tão "psicodélico" e "esquizofrênico". Só a patafísica pode explicar um texto daqueles. Ele escreveu um ensaio cheio de pretensões acadêmicas. Lobão cita fontes, mas deixa subentendido que leu e acompanha as polêmicas da direita: o artigo de Walter Navarro...

Pororoca

O paraense Otto Ramos nasceu há 33 anos em Breves, na Ilha do Marajó, e se radicou aos 16 anos em Macapá, capital do Amapá. Neste ano de 2013, ele e seus companheiros têm R$ 400 mil em dinheiro público para gastar na sexta edição do festival Quebramar, que acontece neste fim-de-semana, a céu aberto e gratuitamente, à beira...

O roqueiro do eixo

O autor de "Me Chama" (1984), "Corações Psicodélicos" (1984), "Decadence avec Élegance" (1985) e "Vida Louca Vida" acaba de lançar mais um "Blá Blá Blá", ops, uma música, chamada "Eu Não Vou Deixar". A canção vem acompanhada de texto-bula, no qual Lobão procura explicar a si mesmo: "A unidade é o indivíduo e sem o florescimento integral de cada indivíduo, teremos, invariavelmente, uma...

O reencontro histórico do Ira!

E aqui estou eu sozinho com um tempo, o tempo que você me pediu. Isso é orgulho do passado, um presente pra você. (...) Eu morreria por você, na guerra ou na paz. Eu morreria por você sem saber como sou capaz. São 23 horas de 30 de outubro de 2013, um dia antológico, e estamos presenciando o reencontro histórico...