Sergio Sá Leitão
Sérgio Sá Leitão, secretário de Cultura e Economia Criativa de São Paulo

Mais de 400 entidades, artistas e agentes culturais do Estado de São Paulo responderam nessa terça-feira, 26, ao ataque desferido pelo secretário da Cultura e Economia Criativa de São Paulo, Sergio Sá Leitão, que chamou de “delirantes” as acusações relativas ao retrocesso histórico no setor em uma rede social (leia abaixo).

Além de responder, a Frente Ampla em Defesa da Cultura apontou impropriedades e mentiras do secretário (como a acusação de que se trata tudo de conspiração de PT e PSOL, sendo que 8 partidos assinam o documento que ele contesta) , cada vez mais isolado no governo.

Leia a íntegra da resposta:

NOTA OFICIAL DA FRENTE AMPLA EM DEFESA DA CULTURA SP EM RÉPLICA À “RESPOSTA” DE SERGIO SÁ LEITÃO À NOSSA CARTA ABERTA E PÚBLICA

Essas declarações acima do Sr. Secretário Sérgio Sá Leitão, em “resposta” à nossa recente Carta Aberta já notória, apenas revelam e reforçam o profundo desrespeito que ele insiste em reiterar à maior parte do Setor Cultural e de Economia Criativa Paulistas, cuja pasta estadual ele é o responsável há dois anos aqui em SP já, portanto deveria, (desde o início e) sempre, zelar pelo diálogo e respeito absoluto com todos os segmentos, linguagens e perfis, profissionais ou amadores técnicos e artísticos, formais ou informais, de toda e qualquer orientação ideológica, igualmente parte do Setor.

Chamar de “delirantes” cerca de 400 organizações sociais e culturais sérias que, prontamente, resolveram firmar nossa Carta, várias delas históricas e de caráter nacional inclusive, respeitadíssimas por todo mundo, só releva a completa indisposição prévia para o diálogo republicano e construtivo com o próprio Setor dele, demonstrando, ele sim, uma profunda alienação sobre a realidade e os desafios que todos nós temos enfrentado no dia dia – de quem faz arte e produz economia criativa no Estado de SP.

Além disso, é também um profundo desrespeito com os diversos outros Mandatos (dos três níveis) e Frentes Parlamentares que já assinaram nossa Carta Aberta independente e suprapartidária, que não se restringem apenas aos “delirantes do PT e do PSOL”, mas já abarcam importantes Mandatos e Representações de partidos políticos importantíssimos como o PV, o PSB, o PROS, o PC do B, a REDE, entre outros, que seguem em diálogo, adesão e construção progressiva conosco para soluções efetivas ao Setor, com o interesse público acima de tudo.

Por fim, o Sr. Secretário Sérgio Sá Leitão está tão distanciado da realidade do seu próprio setor cultural e criativo paulista que, talvez, ainda sequer saiba que já está em curso construtivo, neste exato momento, além da nossa Carta, ao menos 3 outras grandes e significativas iniciativas de novos Documentos Públicos (de diferentes perfis), tão importantes quento a nossa, com questionamentos e queixas sobre as recentes mudanças, sem prévio diálogo, sequer, com o próprio Conselho Estadual de Cultura formado e integrado pelo próprio Sr. Secretário. Demais iniciativas que já contam também com a participação ativa de setores do próprio PSDB, do MDB, do PSD entre outros da base governista, da FIESP, de outros Fóruns Empresariais, Sociais e Culturais.

Por outro lado, devolvemos a questão ao nobre Sr. Secretário: se as cerca de 400 organizações do Setor signatárias de nossa Carta são ” apenas delirantes ligados ao PT e ao PSOL”, se não há crise alguma, espaços culturais parados e vazios, desemprego, fome, pandemia, isolamento e paralisação econômica: pedimos ao Secretário que cite para nós apenas 1 (uma) organização social ou cultural que tenha saído publicamente em defesa de sua gestão específica à frente da SEC, e sobretudo das recentes mudanças-surpresas, como o fim abrupto do ProAc ICMS. Apenas uma desde que o anúncio foi feito. Não houve até aqui. Haverá?!

Ante o “delírio”, quem está “na realidade” defendendo a sua gestão à frente da SEC bem como as mudanças anunciadas para o Setor neste início de 2021?! *Quem não está delirando?!

Estado de São Paulo, 26 de Janeiro de 2021

FRENTE AMPLA EM DEFESA PERMANENTE DA CULTURA E DA ECONOMIA CRIATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO

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