sábado, abril 20, 2024

Linn das Quebradas

"O seu corpo é uma ocupação", descreve-se em terceira pessoa a artista paulistana Linn da Quebrada, no vídeo BlasFêmea. Autora de sucessos em tempo de funk carioca (ou melhor, brasileiro) como Bixa Preta e Enviadescer, ela descreve a obra mais radical de sua ainda breve história como "experimento audiovisual", que engloba, mas não se restringe ao videoclipe da canção...

Branca de Neve caiu no funk

Foi-se o tempo em que o funk no Brasil era só o carioca... Depois do funk-ostentação de São Paulo, do pagofunk da Bahia e do brega funk do Nordeste, entre outros funks, um estilo nascido em Curitiba, no Paraná, desponta como promessa de sucesso musical.A história do eletrofunk começou há muitos anos, quando, em 1988, o jovem Alexandre Alves,...

Os passinhos (largos) do funk carioca

O gênero que provoca tanto amor quanto ódio renasce sob a forma de passinhos de jovens conectados dos morros, onde a dança ganha contornos antropofágicos e funde frevo com samba.À sua maneira, no seu ritmo, o funk carioca volta a brilhar na cena musical brasileira, gostem ou não. Os funkeiros MC Federado & os Leleks ("Ah Lelek Lek Lek...

DJ Perera, a incrível história que começa em uma lanhouse

Poucos músicos alcançaram sucesso tão rápido quanto o jovem de 22 anos Lucas Perera da Silva, mais conhecido como DJ Perera. De cada dez funks de sucesso cantados nas periferias do Brasil, oito foram produzidos por ele. Perera começou a aprender música na Igreja Batista que frequentava quando pequeno. Ao tocar no grupo de jovens, teve oportunidade de se...

Funk brasileiro no país do futebol

Não é uma música propriamente nova. O videoclipe foi instalado no YouTube em 3 de novembro de 2013 (e acumula mais de 20 milhões de visualizações no momento de escrita deste texto, em 27 de abril de 2014). Chama-se "País do Futebol", e é uma loquaz fusão entre o funk-ostentação de MC Guime e o rap(-ostentação?) de Emicida.A música é uma cápsula...

Sobre o funk carioca e a cultura do estupro

Boa parte do funk é, sim, expressão do horror e da barbárie que nos assola. Mas é possível criticá-lo sem criminalizar a periferia? Uma reflexão de Acauam OliveiraDiante da comoção geral ocasionada pelo caso estarrecedor de estupro de uma jovem de 16 anos por 33 homens no Rio de Janeiro, diversos textos e artigos passaram a enfatizar a necessidade...

40 anos com Leci Brandão

Numa manhã gripada de julho, caminho pela primeira vez nos corredores internos da Assembleia Legislativa do estado de São Paulo. Estou em busca de música, será que existe música na casa dos deputados? Num dos gabinetes, encontro três colegas de Jornalistas Livres, o Rafael Vilela, a Ísis Vergílio, o Christian Braga, que já chegaram para acompanhar e gravar a entrevista com...

25 horas e ½ de Virada

Um evento realizado em 28 ruas abertas, 8 bibliotecas municipais, 9 centros culturais, 7 teatros municipais, 11 casas de cultura, 16 Viradinhas voltadas para o público infantil, 10 CEUs (Centros Educacionais Unificados) e 5 palcos montados nos bairros das zonas sul, leste e norte. A Virada Cultural impacta pela variedade de atrações. É preciso ser mais de um para...

O endereço dos bailes

O funk das periferias invade casas noturnas caras de São Paulo, cai no gosto dos endinheirados e levanta uma questão: será esse um futuro substituto do sertanejo universitário?Quinta feira de uma noite fria pré-inverno, uma e meia da manhã, jovens bem vestidos se aglomeram frente a uma casa noturna em São Bernardo do Campo. Dentro da danceteria uma decoração...

Metal Sheherazade

A descoberta do rock é uma experiência libertadora. Não é por acaso que, pra grande maioria, aconteça na adolescência. O rock é uma espécie de mecanismo que destrava as amarras do superego, construído ao longo de qualquer infância mais ou menos normal. E existe algo de solitário neste desbravo: na casa, ninguém mais; na rua, ninguém mais; na escola,...