Fim de tarde no Beco do Silva. Escadaria tornou-se novo cartão postal de São Luís após intervenção do artista Gil Leros. Foto: Zema Ribeiro
Fim de tarde no Beco do Silva. Escadaria tornou-se novo cartão postal de São Luís após intervenção do artista Gil Leros. Foto: Zema Ribeiro

Em solenidade realizada ontem (2), no auditório do Palácio dos Leões, foi assinado um protocolo de intenções entre o Governo do Maranhão, a Fundação Vale e a Vale. A empresa torna-se a primeira a investir no Programa Nosso Centro, anunciado pelo governador Flávio Dino semana passada. Ainda em 2019 a mineradora aportará recursos da ordem de 15 milhões de reais, para a recuperação de casarões tombados no Centro histórico ludovicense.

“A ​Vale se junta a movimento já em curso de revitalização do Centro Histórico de São Luís, patrimônio cultural da humanidade. O Brasil precisa de rapidez nas respostas”, comentou Hugo Barreto, diretor de investimentos sociais da empresa, referindo-se ao fato de a mineradora ser a primeira empresa a aderir ao Programa Nosso Centro, mas também a tragédia em Brumadinho/MG. “Nós temos duas lições a tirar de Brumadinho, para sermos uma empresa melhor. São dois pilares: segurança e um pacto com a sociedade”, disse.

Ontem, no Senado Federal, o relator da CPI de Brumadinho, Carlos Viana (PSD/MG) pediu o indiciamento de 14 pessoas, entre representantes da Vale e das empresas de auditoria TUV SUD e Tractebel pelo crime de omissão. Segundo o relatório da CPI as empresas conheciam os riscos que resultaram na morte de quase 300 pessoas no município mineiro.

Outro destaque do protocolo de intenções é o investimento em ações de educação: o Programa Escola Digna, às vésperas de chegar a 1.000 inaugurações, entre reforma e construção de novas escolas, ganhará novo fôlego, com o aporte de 16 milhões de reais; até 2030 a Vale investirá mais de 97 milhões de reais na alfabetização plena de crianças de até oito anos nos 23 municípios maranhenses cortados pela Estrada de Ferro Carajás (EFC). Também serão doados laboratórios a unidades do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema).

Além de educação e patrimônio, os investimentos da Vale também abarcam ações em cultura (ações de promoção do livro e leitura), saneamento básico (realização de um diagnóstico sobre abastecimento de água e saneamento básico em São Luís e Raposa) e segurança (cessão de prédios da Vale em Vitória do Mearim, Alto Alegre do Pindaré, São Pedro da Água Branca e Açailândia para instalação de companhias das polícias civil e militar e corpo de bombeiros e doação de veículos).

“É preciso que outras empresas, aproveitando a vereda aberta pela Vale, adiram a este importante programa, que no fundo é um programa de desenvolvimento da economia criativa. Valorizar a capital é valorizar o Maranhão”, comentou o governador Flávio Dino. “O Programa Nosso Centro vai gerar oportunidades de trabalho, lazer e fruição de vida, por moradores do estado e por quem visita o Maranhão. A nossa maior obra não é feita de aço, pedra, ferro, asfalto ou concreto. É feita do que de melhor Deus botou no mundo: gente!”, finalizou.

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